Edição XXIV (Revista Terça Livre 114, revista A Verdade 54, opinião e mais)

Resumo semanal de conteúdo com artigos selecionados, de foco na área cultural (mas não necessariamente apenas), publicados na Revista Terça Livre, da qual sou assinante, com autorização pública dos próprios autores da revista digital. Nenhum texto aqui pertence a mim, todos são de autoria dos citados abaixo, porém, tudo que eu postar aqui reflete naturalmente a minha opinião pessoal sobre o mundo. Assinem o conteúdo da revista pelo link e vejam muito mais conteúdo.



BRASIL

Erros táticos e acertos estratégicos
(por Cristian Derosa)


O que esperar da política conservadora

Em meio aos reveses frequentes da política, as novas gerações lotam as fileiras do Twitter em busca de respostas e soluções urgentes, resoluções práticas e vitórias acachapantes frente à esquerda e globalistas. Coisas que não existem, não obstante estejam firmes no imaginário, no anseio que encheu a Paulista e a Esplanada na última semana. O medo da escravidão e das prisões políticas que crescem sob o trono obscuro do império do Supremo, atravessa os olhares atônitos de uma direita recém-formada e malformada. O que esperar? O problema está muito além do que pode ser percebido pelos mais preocupados.

A guerra política é diária, mas a vitória é filha do tempo. O problema de não haver uma política não é percebido por todos os que estão envolvidos nas notícias políticas, que vêm com facilidade influenciar o debate. As prisões, perseguições e censuras estão aí para mostrar isso. Embora os conservadores já tenham uma vitória no horizonte, por meio da publicação de livros e de uma muito provável superioridade intelectual sobre a esquerda, a continuidade desse processo demanda uma atenção muito mais aguda à conjuntura estratégica, mais do que meramente tática.

O professor Olavo de Carvalho já disse: “vamos perder as eleições nos próximos 20 anos, está bom assim? Mas vamos tomar universidades, jornais, igrejas”, explicou. Quem quer fazer isso? Aparentemente ninguém que está diariamente no Twitter tentando conduzir os rumos da política e falhando miseravelmente. Todos querem atuar política e diretamente na opinião pública. Mas isso só é possível atraindo para si toda a ira do sistema, o que tem lá o seu valor. Não terá, porém, muita efetividade no longo prazo. É preciso acertar o alvo. E onde ele está? A explicação é mais fácil de entender do que fazer com que as pessoas sentem a bunda e ouçam ou leiam.

 Tão logo se começa a explicar, desfaz-se a atenção e se dispersam os olhos antes tão preocupados. Não se ouve a resposta tão desejada. Um déficit de atenção nos açoita, resultado premeditado de uma atenção formada na internet. O que fazer? A solução para a política não está na política, eis a resposta indesejada, odiada e por isso ignorada. Como não está na política? Tenho dedicado boa parte do meu tempo, entre exigências diárias de dispersões jornalísticas, a delimitar o terreno do combate para quem perceber o fio e alinhar a mira. Sou obrigado a citar-me. No livro A transformação social: como a mídia se tornou uma máquina de propaganda, lançado no já tão distante 2016, delineei boa parte do aspecto técnico das teorias da comunicação, isto é, como o conhecimento produzido pôde ser convertido pela esquerda em técnicas de manipulação. Por que fiz isso? Para conhecimento do método do inimigo apenas? Desde então tenho sugerido formas de persuasão dentro dessas linhas inimigas, embora poucos se deem ao trabalho de discuti-las ou mesmo ouvi-las. O resultado disso é uma indigência intelectual fruto da pressa e do medo gerado pelo inimigo. Exemplos eu vejo todos os dias.

Outro dia vi um site utilizar o termo “dissonância cognitiva” como sinônimo de contradição ou de hipocrisia. Ouviu o termo e saiu repetindo sem ter parado um segundo para compreendê-lo. Isso é a pressa de atuar, a sanha ativista de influenciar sem saber exatamente o quê. Outro, motivado também pelo medo, sugeriu aplicar no adversário da esquerda a “espiral do silêncio” silenciando sobre o ataque que recebeu. Ora, quem silencia é a vítima da espiral e silenciar não é “aplicar” a espiral, já que ela não é uma técnica, mas um fenômeno mais ou menos permanente da opinião pública. Saber utilizá-lo demanda entender do que se trata e identificá-lo onde ocorre. Ninguém “faz” uma espiral do silêncio. E não estou falando de pessoas que chegaram na direita ontem, que não leram livros, mas de gente com altíssima erudição em matéria de literatura, linguagem e obras clássicas. Seu único e derradeiro erro foi ficar tempo demais no Twitter e estar seduzido pela urgência de uma ação. De novo, o ativismo. 

O ativista, já dizia Joseph Ratzinger, é aquele que dá tanta atenção ao que é mutável que perde completamente a capacidade de identificar na realidade aquilo que é imutável, universal, permanente e, portanto, a condição na qual se desenrola uma luta ideológica, política. É preciso ter um zelo pela ação permanente. É urgente termos paciência e constância. Quem está decepcionado com Bolsonaro é porque não entendeu nada do que aconteceu desde 2013 até 2018. O processo de um levante nacional é lento e a vitória de Bolsonaro não apressou o processo, pelo contrário. Pode tê-lo, na verdade, atrasado. Cabe a cada um fazer a sua parte, sem esperar que ninguém dê saltos históricos impossíveis.

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CULTURAL


O que queremos conservar (Parte II)
(por Paulo Moura)

O legado do Império Romano

Esse artigo é o segundo de uma série de três, nos quais pretendo abordar a questão dos fundamentos da civilização ocidental moderna, que resulta da herança a nós legada pelas experiências da Civilização Grega Clássica, do Império Romano e do Cristianismo. No primeiro artigo (nota: Ed. 108) abordei o legado da Civilização Grega, nesse abordarei o legado romano.

Lembro ao leitor que, para efeitos da análise que aqui farei, baseio-me na obra “História das Ideias Políticas”, escrita a seis mãos por François Châtelet, Olivier Duhamel e Evelyne Pisier-Kouchner, editada em 1982 na França e na versão em português, no início dos anos 1990, pela Jorge Zahar Editor.

Assim como ocorreu com a história da Civilização Grega, a história de Roma também pode ser dividida em em dois momentos, sendo o primeiro o período da República e o segundo o do Império.

A fase da República se caracteriza pela criação, em Roma, de um modelo de sistema social baseado em uma combinação entre um subsistema jurídico amparado num conjunto de leis escritas, num subsistema político representativo cuja principal instituição era o Senado Romano (SPQR), num subsistema administrativo baseado em castas encarregadas da gestão e num subsistema militar amparado nas legiões, sem precedentes no mundo da época.

Se por um lado os romanos não tiveram a criatividade e espírito inovador dos gregos, por outro, souberam beber na fonte das invenções sociais deles para construir um modelo institucional altamente eficaz e que, de certa forma, foi o parâmetro inspirador do Estado Moderno, tal como se instituiu no ocidente séculos depois.

A Península Grega foi ocupada pelos romanos no ano 146 a.C. que, no ano 167 a.C., anexaram também o sul da Grécia, até então dominado pela província Macedônica. As ilhas do Mar Egeu foram anexadas em 133 a.C. Atenas, cidade símbolo da democracia dos gregos, e outras cidades se rebelaram em 88 a.C. No entanto, o general romano Sila derrota os rebelados e, em 27 a.C., o Imperador Augusto completa o domínio romano constituindo-o como a Província de Acaia.

O domínio da Grécia, convertida em província oriental, foi fundamental no Império Romano. A influência que a cultura grega exerceu sobre as instituições romanas, dada a característica dos romanos de incorporarem valores e referências dos povos conquistados, constituindo o segundo pilar inspirador da civilização Ocidental moderna, a partir daquilo que os historiadores  definem como Cultura Greco-Romana.

As chamadas virtudes republicanas de Roma amparavam o sistema jurídico, político e administrativo em três pilares que eram:

O direito: a partir do ano 450 a.C., os decênviros (conjunto de dez cidadãos que compunham a magistratura judicial juntamente com o pretor definiram a gravação das chamada “Lei das Doze Tábuas), constituindo a base do direito romano a partir da ideia de organização política e social amparada numa “constituição escrita”.

O objeto central do direito romano é a família em primeiro lugar, entendida como célula central e fundamental da organização social. Segundo a concepção romana, a figura do “homem livre” é o “pater famílias” (chefe do clã familiar), a quem caberia representar junto aos juízes quando julgasse que ele próprio, os seus ou suas propriedades tenham sofrido algum dano que requeresse reparação.

As prescrições jurídicas decorrentes das decisões dos juízes (ideia de jurisprudência) foram gradativamente sendo aperfeiçoadas, assim como a condição de cidadania era estendida aos “peregrinos”, que passavam a se beneficiar dos direitos e liberdades dos nascidos em Roma, constituindo um código estrito que regulamentava a vida social. (p.23)

O segundo pilar da República amparava-se nas instituições romanas, dentre as quais a principal era o Senado (SPQR – Senatus Populusque romanus), que planta a semente da ideia de democracia representativa incorporada também, séculos depois, pelas democracias ocidentais modernas.

O terceiro pilar decorreu da difusão universal desse modelo de civilização por todas as extensões dos territórios conquistados pelas legiões romanas. Assim como os romanos incorporaram ao seu sistema político a contribuição da cultura grega, a ocupação do Oriente mediterrâneo pelo Império em expansão, também trouxe a incorporação de aspectos religiosos ao poder imperial. (p. 26)

Os historiadores costumam dividir o período Imperial em dois momentos, sendo eles a fase do apogeu que se estende até o século III d.C., e a fase da decadência e da desagregação durante os séculos III a V d.C..

A decadência do Império decorreu de três causas principais:

  • A Pax Romana;
  • O dilema da sucessão do Imperador; e,
  • A ascensão do cristianismo.

Ao atingir seu apogeu após derrotar “todos” os povos bárbaros nas fronteiras dos territórios conquistados, o Império, sem inimigos capazes de derrotá-lo militarmente, depara-se com a dificuldade de manter seu poder imbatível no campo de batalha, a chamada pax romana, sob extensões territoriais tão amplas.

Os bárbaros eram definidos como tais pelos gregos que não entendiam sua língua. Para os gregos, esses povos balbuciavam uma expressão cuja sonoridade se assemelhava a “bar-bar”, termo que teria originado a palavra bárbaro como sinônimo de “estrangeiro”.

Os romanos incorporaram a definição que no latim os designava como “barbarus”, assim denominados por não falarem latim, não seguirem as leis romanas e não participar de sua civilização.

Dentre os povos bárbaros dominados no período do apogeu do Império estão os germânicos. A inclusão dos germânicos no Império Romano ocorreu de forma gradual.

A partir do século I, os romanos passaram a travar contato com as tribos que habitavam as regiões fronteiriças. Como resultado desse contato, os bárbaros germânicos passaram a receber terras e tornaram-se colonos, conseguindo ainda serem incorporados ao exército, chegando muitos deles a ocuparem cargos militares e administrativos no Estado romano, nos séculos finais do Império do Ocidente. 

Após a dominação militar, tribos fronteiriças foram federadas ao Império a partir do desenvolvimento do comércio. Não obstante, a desagregação do Império começa no século IV, com a intensificação das invasões bárbaras.

Nesse contexto, o controle do poder impunha ao Imperador um desafio impossível. A preservação do poder exigia-lhe, ao mesmo tempo, marchar constantemente pelos territórios conquistados para impor temor aos potenciais rebeldes. Porém, ao manter-se longe de Roma, o Imperador era alvo de conspirações somente passíveis de serem contidas pela sua presença na capital. (p. 26)

O segundo fator desagregador do Império provém do dilema da sucessão do Imperador, decorrente do conflito entre os extremos da herança consanguínea, por um lado, ou da escolha por um “consensus” decorrente da eleição pelo povo, pelo Senado e pelas legiões, por outro lado. (p.26)

Escolha racional tal como a herança grega indicava, ou destino, tal como a herança da influência dos povos do oriente sugeria?

A estrutura do poder imperial deriva de atributos simbólicos como a onipotência, a sacralidade e a legitimidade, abalados por um dilema no qual a escolha racional entra em conflito com a áurea divina do “princeps”, termo do latim que designa ao imperado a função de árbitro situado acima das instituições, de chefe supremo das forças armadas e de gestor da cultura.

É nesse contexto que a ascensão do Cristianismo emerge como terceira causa da desagregação do poder do Império. Até o advento do Cristianismo, os povos do mundo eram politeístas em sociedades em que religião e poder andavam de mãos dadas e nas quais os detentores do poder eram percebidos como deuses, filhos de deuses ou intermediários entre os deuses e os homens.

A ideia da existência de um Deus único, criador de todas as coisas e com o qual o indivíduo comum do povo se liga a partir da oração, sem a intermediação de sacerdotes, e sem a adoração de imagens, contém a subversiva semente da dessacralização da figura do Imperador, e de seu consequente rebaixamento à condição de simples mortal, tal como os demais membros da comunidade. No âmbito simbólico da forma com o detentor do poder era percebido até então, o ideal cristão é mais um elemento corrosivo para o poder do Império.

No ano 312 d.C, o Imperador Constantino dá término à perseguição aos cristãos, funda Constantinopla em 324 d.C., capital oriental do Império, vindo a morrer batizado em 337 d.C. (p. 27). A essa altura, o cristianismo, perseguido nos séculos anteriores, não é apenas mais uma religião, é um Igreja, uma instituição cuja sede era a capital do Império romano e detentora de poder e influência.

O Império se desfaz, mas seu legado está vivo, e o modelo da República Romana deitou raízes profundas na sociedade ocidental. Foi sobre o berço da civilização romana que o Cristianismo se expandiu, tornando-se a religião dominante em todo o Ocidente.

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COMPORTAMENTO
O início do problema
(por Kauê Varela)


Karl Marx (1818 – 1883), como todos estão cansados de saber, era um filósofo e sociólogo alemão. Como sociólogo, tinha como objeto de estudos o que se entende por sociedade. Dentro de uma análise desta natureza precisamos entender qual era o contexto social da época, ou seja, qual era a situação da sociedade em que Marx vivia para entender suas conclusões. Resumidamente chamaríamos de transição: a sociedade estava saindo do feudalismo e entrando na revolução industrial (capitalismo). Hoje o capitalismo é um sistema autossuficiente e caminha relativamente bem. Situação exatamente oposta em seu início. A primeira roda não era perfeita justamente por ser a primeira.

Aqui já cabe um parêntese: diferente do socialismo/comunismo, o capitalismo não possui um criador teórico por trás de si; o capitalismo foi um movimento espontâneo, orgânico e natural da humanidade. O que temos, na verdade, são inúmeros autores tentando entender esse movimento ao longo da história e, inevitavelmente, propondo respostas subjetivas. Temos a mão invisível de Adam Smith, a força religiosa por trás do capitalismo em Max Weber e a exploração nas classes sociais em Karl Marx. Este último será nosso foco, pelo menos por hora.

Karl Marx, ao presenciar esse início conturbado do movimento capitalista, a fuga do campo, mulheres e crianças trabalhando horas a fio nas fábricas[1], entendeu esse movimento como opressivo e danoso à sociedade. Antes de mais nada o termo “Capitalismo” em sua forma embrionária, foi utilizado pela primeira vez por Louis Blanc em 1850, por Pierre-Joseph Proudhon em 1861, mas somente em 1867 o termo foi formalmente associado a uma forma de produção industrial: “kapitalistische Produktionsform” no livro O Capital, de Marx e Engels.

Como nossa intenção não será uma análise profunda das obras de Marx, mas apenas a compreensão histórico-social para chegarmos até o Brasil e entender nossa atual situação, manterei apenas a análise básica dos termos e do panorama geral de Marx. Dado esse aviso, continuemos. Para Marx a sociedade era dividida no que ele chamou de “Classes sociais”, que são os “Proletários” e “Burgueses”, sendo os primeiros aqueles que não têm nada além de sua força de trabalho e a necessidade biológica de procriar, ou de gerar sua “prole”. Para Marx os burgueses são aqueles que possuem os meios de produção e, naturalmente, exploram o proletariado na busca do lucro, ou nas palavras de Marx “mais-valia[2].

Marx acaba por cair no delírio da onisciência e afirma que a humanidade foi, é e sempre será assim, no que ele chamou[3] de “materialismo dialético” ou “materialismo histórico”. Nessa dialética histórica, Marx entendeu que sempre houve essa relação opressiva dos burgueses para com sua força de trabalho, o proletariado. O último estágio dessa brincadeira seria a tomada de consciência por parte dos trabalhadores desta opressão, sua inevitável revolta, a ruptura entre as partes e a, também inevitável, vitória e a implementação da “ditadura do proletariado”.

Marx não viveu o bastante para ver o capitalismo e a sociedade se adequarem naturalmente e, ainda que aos trancos e barrancos, chegarem a uma espécie de acordo implícito que culminou na sociedade que temos hoje[4].

No entanto, a realidade em nada impediu que os seguidores de Marx entronizassem seus ideais como a única solução possível para a humanidade. Três deles foram Leon Trótski, Vladimir Ilyich Ulianov, mais conhecido pelo pseudônimo Lenin ou Lenine e Josef Stalin que, pela primeira vez tornaram o que antes era teórico em Estado de governo em 1917 na Rússia.

Mesmo separados por 104 anos e continentes de distância, compreender esse evento não só nos localiza “dialeticamente” na história, mas também nos ajuda a compreender a atual situação do mundo. Sei, parece exagero, mas mesmo com planos contidos para essa análise, a coisa será absurda por si.

Não nos esqueçamos das palavras do Professor Olavo de Carvalho: “Por mais que algo seja impossível de se aplicar, não faltarão são pessoas tentando fazer e causando um estrago gigantesco no caminho!”

Continua.

[1] Mas diferente do que Marx propôs em suas análises, esse fato social não se deu pela exploração, pelo menos de início, mas sim pela necessidade.

[2] A mais valia significa a diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. É, portanto, a base de exploração do sistema capitalista sobre o trabalhador na concepção de Marx.

[3] Influenciado pelas ideias de Georg W. Friedrich Hegel

[4] Para entender esse início e os desdobramentos posteriores de forma imparcial, leiam a obra “As seis lições” de Ludwig Von Mises.

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GERAL


É necessário criar um movimento genuinamente conservador
(por Robson Oliveira)


"Quem já viu uma coisa assim? A opinião está morta, a imprensa muda, e não há esperança: temos o despotismo no meio do regime representativo".

O que acham deste parágrafo? É atual? Representa bem o estado de coisas do Brasil? Poderia ser escrito por qualquer bom analista político hodierno? Seria absolutamente verdadeiro se estampasse as primeiras linhas de um editorial sério ou mesmo se iniciasse uma conversa de bar entre amigos sinceros e inteligentes? É preciso dizer que sim. Esta conversa descreve bastante bem o espírito de tempo presente. Um sentimento de desalento com as instituições e desespero com relação ao futuro toma as mentes e os corações dos cidadãos. E esta conversa é só um exemplo de como as pessoas se sentem sem ânimo, quando os representantes do povo não tratam a coisa pública com a devida vênia. Entretanto, este parágrafo é antigo – bem que poderia ser escrito para este tempo – e escancara o problema do país em sua crueza. Saibam que este é o parágrafo de abertura do periódico A CONSTITUIÇÃO, órgão do partido conservador e foi escrito em 1855.

Diante desta informação, começarão a surgir os argumentos Ad Hominem. Antes, porém, que alguém acuse o texto de antiquado, de ultrapassado, de quinquilharia histórica, de diletantismo vazio, é preciso lembrar que aquilo que é verdadeiro, o que é duradouro, o que é essencial sofre menos a ação do tempo do que aquilo que é relativo, mutável e acidental. Isso significa que as reflexões produzidas no campo das ciências – mas também no campo da filosofia política ou da política fenomenológica –, se verdadeiramente tocarem a verdade, terão como resultado proposições e expressões que ultrapassarão os séculos e as épocas. Portanto, a simples acusação de antiguidade, da citação acima, não a desqualifica. Antes, o fato de ainda ser atual, é por si só prova de que suas asseverações tocaram um ponto sensível na realidade, um centro nevrálgico da verdade, que resiste ao corre-corre de hoje e às exigências utilitaristas do momento.

Os problemas de ontem, que angustiavam o homem comum brasileiro, continuam a ser os mesmos: crise institucional, instrumentalização dos meios de comunicação, apatia dos legisladores, corporativismo político. Tudo isso era debatido nos jornais conservadores do Brasil, entre 1840 e 1900. A rica história cultural brasileira, com seus heróis anônimos, na literatura e nas ciências, no jornalismo e na teologia, na filosofia e na política, já teve um ambiente onde discutir suas pautas e compartilhar suas perspectivas. A Constituição não era o único jornal conservador do Brasil. Aliás, o conservadorismo era muito mais aberto do que hoje, pois não concentrava suas produções no eixo Rio-São Paulo. Muito menos a uma ou duas empresas de notícias. Neste período, há diversos periódicos Brasil afora, no norte, no sul, no sudeste e no nordeste, sinalizando a riqueza cultural do brasileiro, riqueza e profundidade muito maiores que hoje, onde domina o discurso único nas mídias.

Importa rejuvenescer o debate conservador no Brasil. Importa incentivá-lo, de norte a sul. O centro-oeste precisa fazer parte deste debate, pois ali está uma força cultural e econômica necessária ao país: o sertanejo e o agronegócio. Importa renovar o ambiente conservador no país e tudo começa com a produção cultural.

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CULTURAL

Santa semana de um setembro santo
(por Leônidas Pellegrini)


Se agosto foi um mês para renovação das esperanças em Nossa Senhora, com Sua Assunção e Coroação (respectivamente nos dias 15 e 22), além do dia de São Maximiliano Kolbe (14), setembro não fica devendo. Além da festa litúrgica de São Pio de Pietrelcina, no dia 23, e dos Santos Arcanjos, no dia 29, estamos no meio de uma santa semana muito especial.

Começou na última quarta-feira (8), um dia após nosso grito de independência nas ruas de todo o Brasil, com a Natividade de Maria. É o dia em que Deus Pai começa a pôr em prática Seu plano de salvação, com o nascimento da Mãe de Seu Filho e nossa eterna Intercessora. Por isso, além de Sua Natividade, é o Dia de Nossa Senhora Menina, cuja imagem atualizada, desenhada pela talentosa Liz Souza, acompanha este artigo.

A origem da devoção à Nossa Senhora Menina remonta ao ano de 1840, no Convento de São José da Graça, na Cidade do México, onde residia uma comunidade de monjas concepcionistas. Uma delas, irmã Magdalena, na celebração de Santos Reis, em 6 de janeiro, teve a inspiração de se celebrar com cânticos o nascimento de Maria, assim como se faz com o Menino Jesus. Veio-lhe à mente a imagem de Maria recém-nascida, sobre nuvens, deitada, vestida como uma rainha, dizendo: “Concederei todas as graças às pessoas que me pedirem e me honrarem na minha infância, pois é uma devoção muito esquecida”. Muito impressionada, irmã Magdalena insistiu por inúmeras vezes para que a abadessa Madre Guadalupe a autorizasse a mandar escupir a imagem que trazia em sua mente, para fazer conhecer a devoção. Após diversas recusas, em um dia em que limpava a sacristia do mosteiro, a monja deparou-se com uma cabeça de anjo quebrada e pediu para que a imagem pudesse ser esculpida a sobre aquela peça. Finalmente, obteve autorização. Esculpida a imagem, do tamanho de uma criança recém-nascida, a devoção se fez conhecer pela irmã Magdalena por toda a Cidade do México, que obteve muitas graças sob a intercessão de Maria Menina. O Papa Gregório XVI aprovou a devoção à infância de Maria e enriqueceu-a com indulgências. No Brasil, essa devoção foi trazida pelas mãos de Dom José Tomás Gomes da Silva, primeiro bispo diocesano de Aracaju (SE), que erigiu em homenagem à Mãe de Deus o Santuário Eucarístico Nossa Senhora Menina, inaugurado naquela cidade em 08/09/1942.

No domingo (12), a semana prossegue com a memória do Santíssimo Nome de Maria. Esta festa foi celebrada pela primeira vez em 1531, na Espanha, e em 1683 Inocêncio IX estendeu a data a toda a Igreja, em ação de graças à vitória do rei João Sobieski, da Polônia, contra os turcos que haviam cercado Viena e ameaçavam o Ocidente. O Santo Nome de Maria é maior que de todos os santos juntos, e Sua invocação traz perdão às almas pecadoras e alívio aos sofrimentos do espírito, e afasta os demônios que nos cercam para nos fazer cair.

Na segunda (13), comemora-se a quinta aparição de Nossa Senhora em Fátima. Maria mostrou-se feliz com a devoção e os sacrifícios dos pastorinhos, pediu que continuassem a rezar o Santo Terço Diariamente pelo fim da guerra e prometeu um milagre para outubro (que viria a ser o Milagre do Sol). Dia de rezar o Santo Rosário em comunidade e de missa votiva!

Hoje (14) comemora-se a Exaltação da Santa Cruz. Essa data remonta à Antiguidade Cristã, no ano de 335, quando da dedicação de duas importantes basílicas construídas por Constantino em Jerusalém – a da Santa Cruz, erigida sobre o Monte Gólgota, e a do Santo Sepulcro, erigida no local onde Cristo foi sepultado. A Exaltação da Santa Cruz é uma data que deve avivar em nós cristãos a lembrança do amor sacrificial de Cristo, pregado e morto por nossos pecados, e nos servir de alimento espiritual para termos forças para resistir ao mal e combatê-lo sempre, ainda que com o custo de nossas vidas.

Amanhã (15), fecha-se esta semana do setembro santo com uma data não menos importante, o dia de Nossa Senhora das Dores (Mater Dolorosa), título que se refere às sete dores que Nossa Senhora sofreu ao longo de sua vida terrestre, principalmente nos momentos da Paixão de Cristo. São suas dores, nesta ordem: a profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas 2, 34 – 35); fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus 2, 13 – 21); desaparecimento do Menino Jesus durante três dias em Jerusalém (Lucas 2, 41 – 51); o encontro de maria e Jesus no caminho do Calvário (Lucas 23, 27 – 31); o sofrimento e a morte de Jesus na Cruz (João 18, 25 – 27); maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus 27, 55 – 61); o sepultamento de Jesus no Santo Sepulcro (Lucas 23, 55 – 56).

O culto a Nossa Senhora das Dores iniciou-se no ano 1221 no Mosteiro de Schönau, na então Germânia, hoje, Alemanha. A festa de Nossa Senhora das Dores como hoje a conhecemos, celebrada em 15 de setembro, teve início em Florença, na Itália, no ano de 1239, através da Ordem dos Servos de Maria.

Nossa Senhora das Dores é representada com um semblante de dor e sofrimento, tendo sete espadas ferindo seu imaculado coração. Às vezes, uma só espada transpassa seu coração, simbolizando todas as dores que ela sofreu. Ela é também representada com uma expressão sofrida diante da Cruz, contemplando o filho morto. Foi daí que se originou o hino medieval chamado Stabat Mater Dolorosa (Estava a Mãe Dolorosa), que ganhou belas versões com Pergolezi e Verdi. Ela ainda é representada segurando Jesus morto nos braços, depois de seu corpo ser descido da Cruz, dando assim origem à famosa Pietà de Michelangelo. No Brasil, as dores de Maria foram colocadas em versos por Alphonsus de Guimaraens, no Setenário das Dores de Nossa Senhora.

Aos pés da Cruz, Maria Dolorosa recebeu de Seu Filho a missão de ser a Mãe de todos os homens e da Igreja.

Enfim, leitores, eis a santa semana em que estamos mergulhados neste setembro santo. Que nasça entre nós a devoção por Maria Menina; que Seu Santo Nome seja invocado contra todos os males; que a Virgem de Fátima nos dê força para o combate; que a Santa Cruz de Seu Filho seja nosso escudo e proteção; que Suas dores nos sejam lembrança de Sua maternidade; que rogue por nós São Pio de Pietrelcina, Seu fervoroso devoto; e que lutem por nós e conosco os Santos Arcanjos de Deus. A Maria Menina, os versos desta semana.

Maria Menina

Reclinada num bercinho

de nuvens, flores e amor

dorme em Seu santo esplendor

a Mãe de Nosso Deus niño.



Sendo Ela ainda criança,

se inscreve n’Ela o destino:

ser morada do Menino

que é salvação e esperança.

 

Esta niña há de viver

sofrimento e dor enorme,

mas por enquanto Ela dorme

em seu Santo alvorecer.

 

Bendita seja Sua sina,

a tanta dor reservada;

por nós rogai, Imaculada

Nossa Senhora Menina!
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REVISTA "A VERDADE" - Ed. 54, de 13/09/2021 (Uma publicação digital semanal do Jornal da Cidade OnlineAssinar a revista


SOCIEDADE


Ditadura chinesa investe na masculinidade e proíbe participação de ‘homens afeminados’ na TV

(por Nathalia Nascimento)



Recentemente, a Agência Nacional de Rádio e TV da China, órgão regulador a serviço do Partido Comunista Chinês (PCCh), anunciou que proibirá a “estética afeminada” em sua grade de programação. Para o governo do país asiático é importante evitar influências que possam colocar a masculinidade de seus homens em xeque. Na contramão do que prega o progressismo em seu solo mais fértil, o Ocidente, o partido comunista chinês usa os meios de comunicação do partido para formar homens fortes, física e mentalmente, à serviço, claro, de sua ditadura. Os chineses sabem que nenhuma sociedade se faz sem homens fortes e preparados para prover, sustentar e lutar.

Enquanto o Ocidente cai nas artimanhas do progressismo para minar a masculinidade dos homens e castrá-los no seu papel social, o Partido Comunista Chinês se recusa a ter seus homens vítimas do politicamente correto que, principalmente, através da cultura, ganha mais espaço. Para os chineses é simples: homens fortes para nós, fracos para os outros.

Em recente pesquisa no Brasil, o BrandLab revelou que homens procuram no YouTube e no Google sobre “machismo no Brasil”, “o que é machismo” e “o que é ser machista”. As buscas cresceram 263% nos últimos dois anos… o que se encontra nessas pesquisas é um punhado de novas regras para que o homem se enquadre numa visão feminista de comportamento, o que nada tem a ver com machismo. Homens com medo de serem taxados falsamente de machistas acabam abandonando sua masculinidade. E o que o Ocidente hoje chama de “nova masculinidade” é justamente o que os chineses tentam evitar.

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PALAVRA DE OLAVO DE CARVALHO!

"A melhor maneira de um patife enganar a audiência é pregar diante dela, com solenidade e eloquência, o oposto simétrico daquilo que ele faz na prática." (13/09/2021)

"O pior erro que você pode cometer no estudo da filosofia é deixar-se levar pela idéia de que os filósofos mais merecedores de atenção são os mais celebrados pela mídia, pela cultura popular e pela comunidade acadêmica. Só os maiores filósofos podem julgar os menores." (13/09/2021)

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MATÉRIA EXTRA

"Ao 12/09" (Um poema de Leônidas Pellegrini)
(por Leônidas Pellegrini)
12 de Setembro de 2021

Mandetta, malandro velho,
amigo da garotada;
na Paulista ele passou
vergonha e não cobrou nada.

Doriana calça atochada,
dançando com Renan Santos;
não vinga nem com patuás,
macumba, reza ou quebrantos.

Um anão namorador
de mulheres co’algo a mais
também c’o rabo entre as pernas
voltou pra casa sem mais.

PSOL Kids marcou presença
com Kim e Mamãe Caguei,
mas sucesso os dois só fazem
se for na Parada Gay.

Com flores e com mentiras
também esteve por lá
o cangaceiro bandido
coroné do Ceará. 

O PT velho de guerra
resolveu ser mais esperto: 
ficou bem quietinho em casa
ao ver aquele deserto.

Pra completar a parada,
notou o Weintraub guerreiro
que naquela patacoada 
tava cheio de banqueiro.

A imprensa ou calou a boca
ou mentiu na cara dura
dizendo que éramos nós
defendendo ditadura.

Foi vergonha nacional
pior que missa com Frei Betto;
foram alvo de piada
até pro Felipe Neto...

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OPINIÃO DO AUTOR

Metrópolis, de 1926: Um filme anti-marxista e muito atual (Parte 1/3)
(por Ricardo Pagliaro Thomaz)
14 de Setembro de 2021

Três semanas atrás estreou no serviço brasileiro de streaming Lumine.tv o filme Metropolis, do diretor alemão Fritz Lang, lançado em 1926. Este filme sempre foi um dos meus filmes favoritos da era silenciosa do cinema. Eu já perdi as contas de quantas versões do filme eu assisti, e se o leitor me permite gabar minha experiência aqui um pouco que seja, conheci esse filme bem antes da atualização de 2010 com o rolo argentino, época que também assisti a versão colorizada e com trilha sonora moderna do cineasta Giorgio Moroder. Cheguei inclusive a assistí-lo ainda em VHS, antes de sequer ter um aparelho de DVD, com uma trilha sonora bem soturna e que em nada refletia o espírito do filme.

Enfim, faz muito tempo que não falo de filmes, e essa é a ocasião perfeita para lhes apresentar um filme que, segundo a minha visão pessoal, vai ao encontro do pensamento que se instalou no mundo moderno, pra dizer o mínimo. Eu vou lhes dar um pouco de contexto, antes de entrar no filme em si. Mas antes, quero lhes recomendar o serviço de streaming Lumine.tv, porque é um serviço excelente, que apresenta produções clássicas e modernas e também conteúdo próprio, tudo feito para engrandecer seus valores. Vale a pena e não é caro, o plano anual que assino por exemplo dá uns 23 reais por mês, e tem 14 dias grátis para experimentar, então esquece o Lacraflix e as maratonas de séries que não levam a nada e vem pra Lumine que você vai ganhar muito mais em conteúdo.

Pois bem, vamos a um pequeno histórico do "calvário" pelo qual o filme passou. Como eu disse antes, contexto: pra resumir a história, Metropolis é um filme que foi extremamente retalhado ao longo da história desde sua estreia, e quase foi perdido. E isso é porque tinha que se fazer uma versão alemã e uma versão americana pra ser exibida no mercado ocidental, o que acabou fazendo com que os montadores dos rolos tivessem que retalhar muito a fita em uma ordem diferente e cortando partes do filme que não deveriam ser inclusas em determinada versão. Aí, num incêndio que ocorreu num depósito onde se guardavam rolos (porque naquela época queimavam-se os rolos copiões de um filme para se evitar plágios ou roubo de propriedade intelectual), o filme foi quase que perdido e apagado da história, porque o rolo original e a partitura original com a trilha sonora foram queimados no incêndio. Desde então, tem-se rodado o mundo inteiro para se encontrar rolos de copiões do filme na tentativa de recuperá-lo por inteiro.

Ano após ano, década após década, foi-se achando um novo pedacinho do filme, e os estúdios por onde passou sempre tentaram nos trazer a visão mais próxima possível daquela que era quando ele foi exibido em 1926. Algumas peças-chave, no entanto ainda estavam faltando, o que prejudicava o entendimento de certas partes do filme. Finalmente em 2008 (e eu acompanhei o processo todo pela internet, pois já conhecia o filme) foi achado um rolo argentino contendo em torno de 25 minutos do que faltava para recuperar o filme completamente, e também a trilha sonora original que antes era resumida para dar conta da ausência das cenas faltantes. O rolo argentino no entanto estava em estado lastimável, e uma restauração pesadíssima teve que ser feita até que se chegasse no resultado que temos hoje. O Metropolis que você vê atualmente é justamente essa restauração baseada no que já tínhamos antes com acréscimo do rolo argentino. Mesmo depois desse update, o filme ainda continua semi-completo, faltando ainda em torno de 1% para ser finalizado, sem pequenos enxertos que se acreditam perdidos para sempre. Esses enxertos estavam no rolo argentino, mas mesmo com todos os esforços da equipe de restauração, não foi possível recuperá-los, pois se encontravam em setores do rolo pesadamente danificados.

Thea Von Harbou, esposa de Lang, escreveu o livro que deu origem ao filme. Finalmente um dia eles sentaram e resolveram escrever o screenplay para o livro de Harbou, e aqui temos uma das obras mais importantes do séc. XX.

Agora deixemos o filme de lado por um instante e falemos um pouco do Manifesto do Partido Comunista, escrito pelo lunático Karl Marx e seu amigo Friedrich Engels, que hospedava Marx em sua casa feito um parasita, porque o cara nunca trabalhou na vida. No manifesto, Marx e Engels sugerem que a situação do proletariat, os trabalhadores, era catastrófica, e a bourgeoisie, ou seja, os empregadores, segundo Marx, burgueses, tinham que ter suas propriedades desapropriadas pelos proletários. Assim, ele afirmava que tinha que ocorrer uma luta de classes em que os trabalhadores tomariam as propriedades dos empregadores (que pra Marx eram os opressores) e imporiam a ditadura do proletariado, onde os trabalhadores é que iriam ter os meios de produção e gerar sua própria riqueza. O débil mental só esqueceu que ele a) fraudou a pesquisa que fez sobre os trabalhadores ingleses, que mostrava claramente que não existia a situação catastrófica que ele pintava e b) esqueceu de combinar sua narrativa de meia-pataca com a galera que trabalhava de sol-a-sol; como não combinou nada com a imprensa inglesa quando fraudou seus dados, sua frase final no livro que diz "trabalhadores de todo o mundo, uní-vos!" se tornou seu pior pesadelo... ou quase, porque Marx não viveu tempo bastante para ver a fraude que sempre foi. Enfim, resumindo, no fim das contas, os trabalhadores acabaram negociando com os empregadores ao invés de castigá-los como Marx queria, e o marxismo entrou em uma crise teórica gigantesca. Sendo a fraude intelectual que Marx é, não é de se admirar tal crise.

Talvez você já tenha escutado em algum lugar essa história que mais parece um discurso do PSOL, do PCdoB, do PT e esse povinho bunda-suja. Bem, em 1926, Lang e sua esposa devem ter decidido mostrar NOS CINEMAS que Marx não passava de um louco com ideias insanas. Veremos isso nas próximas partes. Mas o casal também estava vendo muito longe no futuro, sem saber disso. No próximo artigo, entraremos nos detalhes de como a trama se desenrola, e na terceira parte veremos como que ela ressoa com os pensadores clássicos, com o início da era moderna e com a época atual em que vivemos.

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HUMOR


(13/09/2021 - republicação)


"Enquanto isso em SP..." (@SalConservador)
(07/09/2021)


"O Zé da Antena disse que o Mutretta o ajudaria muito como vice...Rolling on the floor laughingRolling on the floor laughing" (@SalConservador)
(10/09/2021)


"Enquanto isso em SP..." (@SalConservador)
(12/09/2021)

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RECOMENDAÇÃO DE VIDEO:

Padre Paulo Ricardo, através de sua nova transmissão ao vivo nos vem trazer algumas verdades duras e bastante incômodas, porém, algo que precisamos urgentemente prestar atenção.

Assistam o vídeo "O Brasil tem Salvação?" e reflitam bastante sobre essas santas palavras que nos trazem iluminação e verdade.

"Será que o Brasil ainda tem jeito? O que nós, pessoalmente, podemos fazer pelo nosso país? Qual é o nosso chamado enquanto nação e como podemos corresponder a ele?

É o que Padre Paulo Ricardo quer responder em nossa transmissão ao vivo de hoje, 13 de setembro, às 21h (horário de Brasília). Venha participar conosco deste momento de formação e espiritualidade!"



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LEITURA RECOMENDADA

Na recomendação de hoje, lhes darei algo um pouco diferente. Para entender o processo de influência mental que a indústria do entretenimento realiza na cabeça das pessoas, venho aqui lhes recomendar um livro do escritor Mark Dice que estou lendo pelo Kindle que é excelente, e conta muito bem como esse processo acontece. O livro está apenas em inglês, desculpem, não tem tradução dele para o português até o presente momento, mas por considerar uma leitura deveras importante, estou aqui lhes recomendando que comprem pelo menos a versão digital do Kindle que é barata para compreenderem como Hollywood entra em nossas mentes com suas mensagens e programação mental preditiva nos filmes para influenciar as ações das pessoas, e como que os conservadores poderiam atuar num processo de produção cultural para poder reverter esse jogo. Como a gente já vem dizendo há tempos, a guerra é cultural, então temos que atuar massivamente na cultura.

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