Edição LXXIX (Terça Livre, Revista Esmeril 43, opinião e mais)

Tempo de Leitura LXXIX

(Opinião, artigos e cultura para pessoas livres)


Resumo semanal de conteúdo com artigos selecionados, de foco nas áreas majoritariamente cultural e comportamental, publicados na Revista Esmeril e outras publicações de outras fontes à minha escolha. Nenhum texto aqui pertence a mim (exceto onde menciono), todos são de autoria dos citados abaixo, porém, tudo que eu postar aqui reflete naturalmente a minha opinião pessoal sobre o mundo.


ACOMPANHE
    


ANTES DE MAIS NADA, ESSA É A BANDEIRA QUE EU DEFENDO:
ESSE É O PAÍS QUE EU QUERO!








REVISTA ESMERIL 43

Censura e inteligência (Fabio Blanco)

Que “amor” é esse que a esquerda alega defender? (Jair Araújo)





Onde quer ir primeiro?



LEITURA RECOMENDADA


Minhas redes:
    


08 de Maio de 2023
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👆 MEMÓRIA: REVISTA TERÇA LIVRE
(matérias de edições antigas da revista que ainda são atuais)


Hoje voltaremos no tempo para a edição 48 da Revista Terça Livre, de 09 de Junho de 2020.



O novo site do Terça Livre está de volta, e com ele, todos os cursos e todas as edições da Revista Terça Livre desde o seu início. acessem:
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COMPORTAMENTO


👆 TEORIA DA CONSPIRAÇÃO OU REVELAÇÃO? – PARTE 7
(por Alexandre Costa)

Destruir valores é uma necessidade para quem pretende estabelecer novos parâmetros civilizacionais. Sem um eficiente processo de destruição, que deve atingir todas as camadas da sociedade e alcançar os níveis mais profundos e estruturantes, fica praticamente impossível implantar novos valores no lugar daqueles que subsistem o Ocidente desde pelo menos 2000 anos.

Todo processo destrutivo espelha o funcionamento dos parasitas, que se adaptam ao ambiente e se autorreplicam, gerando novos agentes destruidores com características específicas, que sempre correspondem às principais ou mais evidentes vulnerabilidades da vítima.

A destruição de uma estrutura social para permitir a sua substituição leva, necessariamente, a um processo corrosivo constante, pois não há como derrubar uma grande muralha com apenas uma marretada, e o uso de explosivos não funciona muito bem em um crime que pretende ser silencioso.

Os princípios fundantes da civilização e dos valores morais que a sustentam constituem os alvos prioritários de qualquer processo revolucionário que utilize a cultura como campo de batalha. E eles precisam ser incisivos o bastante para corroer pilastras de grande solidez, mas sutis o suficiente para que a corrosão só seja percebida quando a coluna estiver prestes a ruir.

Como a cultura é a soma dos elementos cultivados por uma sociedade ou um povo, o que corresponde ao acúmulo e cristalização das tradições e costumes e envolvem desde a língua e a arte até a história e as crenças mais profundas, um processo de revolução cultural costuma apresentar múltiplas facetas para que sua ação possa atingir o maior número de metas possível, com a força necessária e a camuflagem perfeita.

Uma estratégia revolucionária que atue no campo cultural tende apreender mais de uma tática, e todas, sem exceção, devem parecer autônomas e desconexas, mesmo que seus objetivos sejam evidentemente os mesmos. Devido ao seu caráter sutilmente corrosivo, também é necessário que sejam graduais e progressivas, além de conter, no seu núcleo essencial, o elemento multiplicador que ajudará na camuflagem e na aceleração do processo.

No caso do ataque às virtudes, que consiste na estratégia de fragmentação das personalidades e a consequente diluição das individualidades que vai facilitar a manipulação e o domínio, as táticas são muitas e suas aplicações são simultâneas, mas podemos identificar dois principais grupos.

Em primeiro lugar temos as iniciativas mais visíveis, ligadas ao fomento dos princípios abertamente anticristãos, que procuram ridicularizar, constranger e, por fim, criminalizar as condutas e crenças dos cristãos. Podemos identificar esse tipo de operação nas artes, no entretenimento e até mesmo nas legislações que compõem o chamado laicismo.

Seguindo o método comum às demais iniciativas relacionadas à Nova Ordem Mundial, sempre é preciso mais de uma via, que mesmo com velocidades e incisividades diferentes, sempre objetivam o mesmo resultado. Esse aproveitamento da dialética hegeliana (Tese + Antítese = Síntese), ou ainda em uma espécie de adaptação dos dois caminhos propostos pela Cabala, exige também outra abordagem correndo em paralelo, de forma mais lenta e menos aguda.

Essa segunda forma de ataque às virtudes com o objetivo de corroer, destruir e substituir os valores normalmente tenta se confundir com o seu próprio alvo.

No conjunto de crenças que podemos classificar como Nova Era estão várias dessas armas, usadas com sutileza para que se pareçam com o cristianismo – ou pelo menos que não sejam tão evidentes opositoras –, e sua ação tende a ser tão maléfica quanto a sua capacidade de camuflagem. Quanto menos evidente, mais eficiente.

Ao se confundir com os valores cristãos, anestesiam as pessoas e corrompem seu imaginário com pequenas distorções dos valores, substituindo os princípios gradualmente e colocando em seu lugar conceitos contraditórios, vazios de significado ou tão frágeis a ponto de serem logicamente disformes. Também é comum a inclusão de generalizações e simplificações rasas e abstratas, que tendem a tornar tudo tão superficial a ponto de transformar os principais elementos religiosos em um souvenir fútil e pueril. Esse processo costuma bombardear a coesão das crenças de um indivíduo e desestabilizar personalidades, transformando seus alvos em vítimas perfeitas para as modificações necessárias à construção do “novo homem” submisso ou indiferente às vontades da Nova Ordem Mundial.

No próximo artigo veremos as descrições e os exemplos dessas ações que estão em toda parte e já se enraizaram na nossa sociedade.


Alexandre Costa

Site: www.escritoralexandrecosta.com.br 

Canal: www.youtube.com/c/AlexandreCosta


Autor de “Introdução à Nova Ordem Mundial”, “Bem-vindo ao Hospício”, “O Brasil e a Nova Ordem Mundial”, “Fazendo Livros” e “O Novato”.

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Terça Livre via Locals - 04 de Maio de 2023






COMPORTAMENTO | COMUNISMO















👆 A Polícia Federal brasileira precisa mudar de nome

(por Allan dos Santos - 04/05/23)

O órgão se transformou em uma Polícia Revolucionária


Até março de 2020, a Polícia Federal (PF) era uma instituição policial brasileira, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, responsável por realizar atividades de polícia judiciária e de investigação criminal em todo o território nacional.

A Polícia Federal foi criada durante o regime fascista de Getúlio Vargas, por meio do Decreto-Lei nº 4.238, de 1942. O objetivo inicial era centralizar as atividades de polícia judiciária e investigação criminal em todo o território nacional, que antes eram de responsabilidade dos Estados. A criação da Polícia Federal fazia parte de um esforço do Estado brasileiro para combater a criminalidade e garantir a segurança pública em todo o país. Desde então, a Polícia Federal tem desempenhado um papel fundamental na investigação e repressão de crimes de competência federal, contribuindo para a defesa do Estado e garantir a segurança pública e a preservação da ordem pública, com base na Constituição Federal e nas leis do país. Para isso, ela atua em diversas áreas, como combate ao tráfico de drogas, ao contrabando e ao crime organizado, além de investigar crimes financeiroscorrupçãocrimes contra a ordem tributáriacrimes eleitorais e outros delitos de competência federal.

A PF também é responsável por emissão de passaportescontrole migratóriofiscalização de fronteiras e outras atribuições relacionadas à segurança pública e à defesa do Estado brasileiro. Seus agentes são concursados e treinados para atuar em situações de risco e complexidade, contando com equipamentos modernos e tecnologia avançada para cumprir suas missões.

Tudo isso, porém, passou a ser usado para perseguir brasileiros com roupas amarelas em alusão à bandeira nacional, investigação sobre palavras e intenções escritas em mensagens privadas de aplicativo de celular. A polícia criada em um regime fascista passou a ser fiel às suas origens: “defender” o Estado em detrimento das liberdades individuais, custe o que custar.

Na mesma esteira das forças armadas do Exército, Marinha e Aeronáutica, a polícia federal que outrora prendeu Lula, agora o obedece com orgulho.

Por que ela precisa mudar de nome?

Polícia Nacional Revolucionária (PNR) é a principal força policial de Cuba, responsável pela “manutenção da segurança pública e da ordem interna no país”. Ela foi criada em 1959, após a Revolução Comunista Cubana liderada por Fidel Castro, como uma das principais medidas para “consolidar o novo regime comunista”.

A PNR tem como principais funções a prevenção e repressão de crimes, a manutenção da ordem pública e a proteção do Estado, além de ser responsável por questões relacionadas ao controle migratório e à proteção das fronteiras da ilha comunista.

Dito isso, qual é o fator diferencial entre a PNR cubana e a atual Polícia Federal brasileira? Basicamente nenhuma. A não ser o fator hierárquico. A PF brasileira está, como dito acima, subordinada ao Ministério da Justiça, enquanto que a PNR cubana atua em conjunto com as Forças Armadas Revolucionárias (FAR) e com outras instituições de segurança do Estado, como o Ministério do Interior.

Há inúmeros relatos e denúncias de abuso de poder por parte da Polícia Nacional Revolucionária (PNR) de Cuba. Organizações internacionais de direitos humanos, como a Anistia Internacional, têm documentado casos de violações de direitos humanos cometidos pela PNR, incluindo uso excessivo da forçaprisões arbitráriastortura e outros tipos de maus-tratos.

De acordo com relatórios dessas organizações, a PNR é frequentemente utilizada pelo regime cubano para reprimir a dissidência política e a liberdade de expressão. Há denúncias também contra negros, homossexuais e outros considerados “indesejáveis” pelo regime.

As denúncias de abusos por parte da PNR e de outras instituições de segurança em Cuba têm sido criticadas por diversos países e organismos internacionais, que “pedem” ao regime cubano que respeite os direitos humanos de sua população e se comprometa com a promoção de uma sociedade livre. O que é obviamente uma piada de mau gosto, uma vez que Cuba é um regime ditatorial.

A Polícia Federal brasileira está visivelmente sendo criticada pelos mesmos crimes que a PNR cubana: incluindo uso excessivo da forçaprisões arbitráriastortura e outros tipos de maus-tratos. Assim, que mude logo de nome e pare de enganar as pessoas que outrora tinham orgulho da corporação e saía em defesa das operações contra os verdadeiros criminosos. Que assuma logo ser um órgão de repressão revolucionária do novo regime socialista brasileiro.

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REVISTA ESMERIL - Ed. 43, de 14/04/2023 (Uma publicação cultural digital e mensal de Bruna Torlay. Assinar a revista


COLUNAS SEMANAIS | FILOSOFIA INTEGRAL

👆 Censura e inteligência
(por Fabio Blanco - 03/05/2023)


Quais os limites da liberdade de pensamento e de expressão? Minha convicção é de que eles devem ser estendidos ao máximo. Eu sei que, nisso, há riscos e perigos e, muitas vezes, abusos. Porém, aceitar que a liberdade precisa ser privilegiada significa mais do que proteger o direito do indivíduo, mas assegurar a possibilidade do desenvolvimento de sua inteligência.

Há aqueles que acreditam que a censura é necessária para que direitos alheios não sejam feridos. Com isso, defendem que certas palavras, expressões e ideias sejam suprimidas. Esperam, assim, que a proibição de sua veiculação as impeça de causar os males que lhes seriam próprios.

De certa forma, a censura sempre existiu e, em geral, ela nunca foi um problema para a inteligência. Historicamente, foram os poderes estabelecidos que a impuseram e aqueles que a sofreram souberem usar de criatividade e esperteza para driblá-la. Inclusive, foram em períodos de forte repressão à opinião que grandes artistas e intelectuais foram revelados.

O problema começa quando a censura deixa de ser governamental para ser social. Neste caso, forma-se uma rede de fiscalização que ultrapassa à burocracia oficial e passa a ser exercida pela própria população. Impõe-se, então, proibições que já não dependem de leis, nem de poderes. A própria sociedade, por meio de seus mecanismos super-eficientes de controle, cerceia o pensamento dos indivíduos.

As pessoas, então, intimidadas com pressão tão grande, começam a autocensurar-se, policiando-se a fim de não cometerem o erro de falar algo que possa ferir suscetibilidades alheias. Para isso, eliminam de suas manifestações, mas também de seu universo de consciência, toda uma gama de ideias que consideram agressivas. Ideias que, para elas, passam a ser vistas como pecados mortais, com os quais não se deve sequer flertar. Com isso, não apenas diminuem a possibilidade do que podem pensar, mas vivem temerosas de falarem ou pensarem algo que não deveriam.

Ao sucumbir ante às proibições, a inteligência para de se desenvolver. Isso é óbvio, já que, para tanto, ela necessita de liberdade, se não de expressão, ao menos de pensamento. Se, porém, ela não pode explorar todas as possibilidades, porque do universo mental foram eliminados diversos elementos, fica impossibilitada de progredir. A burrice torna-se o efeito imediato.

A verdade é que a inteligência, para aperfeiçoar-se, precisa sair do lugar-comum, arriscando-se em territórios inexplorados e perigosos. Desse jogo de tentativa e erro, de insinuações e provocações, de mergulhos constantes no desconhecido é que ela se alimenta. E nesse movimento a inteligência precisa ter a coragem de aproximar-se de pensamentos que podem ser socialmente reprováveis e que incomodam alguns tipos de pessoas.Todos os grandes artistas e pensadores foram pessoas que arriscaram ir além do senso comum, ousaram pensar o inusitado, tocaram em assuntos delicados, experimentaram raciocinar fora dos padrões, permitiram-se trabalhar com ideias perigosas e forçaram os limites estabelecidos. Gênios apenas o foram porque se negaram a ajustar sua imaginação aos moldes impostos pela sociedade.

Quando, porém, a inteligência restringe-se, proibindo a si mesma de ir além do que é socialmente permitido, perde sua elasticidade, atrofiando-se. Por isso, a censura social é tão perniciosa. Ela não apenas impede a manifestação do pensamento, mas estagna o raciocínio, murchando a criatividade, desanimando o conhecimento e sufocando qualquer tentativa de sua expansão.

Onde vence a censura, quem sucumbe é a lucidez.

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CONTEÚDO LIBERADO | ANÁLISE




👆 Que “amor” é esse que a esquerda alega defender?
(por Jair Araújo - 22/04/2023)





As notícias desta semana que se passou deixaram evidente que a falsa “tentativa de golpe” na qual alguns conservadores ingênuos foram enredados foi articulada pelo próprio governo de esquerda¸ tal como aconteceu na invasão do Capitólio nos Estados Unidos.

O fato é que a esquerda mundial imita seriamente a esquerda americana, embora diga ser anticapitalista e antiamericanista. Aqui, tal como lá, a “tentativa de golpe contra a democracia” foi realizada pela própria esquerda se passando pela direita para ter uma narrativa e persuadir os incautos.

A esquerda não quer a democracia, não luta pela democracia, mas sim pela censura dos adversários, o que na teoria política é conhecido como totalitarismo. Embora somente a esquerda latino-americana atue na aprovação de governos totalitários como a China, a Coréia do Norte e a Nicarágua, até mesmo a esquerda americana tem lutado para estabelecer leis com a mais clara intenção de silenciar os conservadores.

Desde sempre, são os liberais e os conservadores que defendem a liberdade de expressão, até mesmo do adversário político, e a liberdade absoluta em todos os setores da vida em uma democracia.

Todavia, desde Marx, a esquerda adota uma visão de mundo cujo horizonte almejado é a ditadura do proletariado e a morte dos seus adversários. Isso está escrito claramente em “O manifesto comunista” (1848). Tal violência é defendida até os nossos dias, e autores marxistas como Frantz Fanon e Saul Alinsky defenderam o papel necessário da violência como “parteira da história”. Assim, quando a esquerda afirma que defende o amor, devemos perguntar: que “amor” é esse?

Ora, para a esquerda, sua falsa “defesa do amor” significa “amor para nós (a esquerda) e ódio para eles (a direita)!”. A grande fome de Mao na China, o Holodomor (“matar pela fome”) na Ucrânia são obras necessárias “do amor”. Na verdade, a esquerda não é crítica, mas sim cínica.

Qualquer pessoa com a mínima noção de valores, ou que ainda não foi fanatizada pela teoria esquerdista, perceberá que a esquerda fala que defende o amor contra o ódio por intenção paradoxal, isto é, na tentativa de confundir os adversários acusando-lhes daquilo que a própria esquerda é.

O fundamento de qualquer teoria esquerdista é a mentira e o ódio, jamais a verdade e o amor. Por isso, toda e qualquer narrativa da esquerda é mero exercício de teatrocracia.

Teatrocracia é atuação política e narrativa performática, manipulando palavras e pessoas; afirmar uma coisa e fazer outra; mentir dizendo-se verdadeiro e acusar quem defende a verdade de mentiroso.

Poliarquia não é teatrocracia

O cientista político liberal, Robert Dahl, afirmou que as modernas democracias são, de fato, poliarquias nas quais a competição democrática em torno de valores e de ações políticas determinam o convívio social. No entanto, infelizmente, pode-se afirmar que, em razão da atuação da esquerda, as democracias são, de fato, teatrocracias.

É consistentemente por esse fato que alguns importantes autores conservadores falam de “guerra cultural” e não “debate cultural”.

A metáfora da “guerra” emergiu quando ficou claro que não mais se estabelece, nas democracias, um consenso (mesmo que precário) em torno de crenças verdadeiras e justificadas; ao contrário, é impossível – em razão das formas de atuação da esquerda mais radical –, pensar a democracia e a política como meios pacíficos para resolução de conflitos.

A esquerda tem algumas máximas que ela considera fundamentais na batalha política. Algumas das quais são: (1) “os fins justificam os meios” (Maquiavel), (2) “a violência é a parteira da história” (Marx), (3) “as astúcias do príncipe de Maquiavel devem ser utilizadas pelo novo príncipe que é o partido” (Gramsci) e (4) “os nossos adversários não merecem o nosso respeito, mas tão somente o nosso ódio e as nossas facas em seus pescoços” (Frantz Fanon).

As máximas de Maquiavel, Marx, Gramsci e Fanon são adotadas como teoria pela esquerda (e não somente pela esquerda radical) e isso implica que essa esquerda não concebe a política como única via possível para a solução pacífica dos problemas sociais, uma vez que ao rotular, desumanizar e desqualificar qualquer direita com sendo “extrema direita”, tal esquerda resolve não dialogar de forma honesta com a direita. Além disso, um teórico do esquerdismo afirma que “os nossos adversários não merecem o nosso respeito, mas tão somente o nosso ódio e as nossas facas em seus pescoços”, então, o que a esquerda denomina por “amor” é o seu ódio e o seus desejo de assassinar os adversários.

A estratégia, então, é: (1) “vencer o embate a qualquer custo” (Saul Alinsky); (2) “os fins justificam os meios” (Maquiavel),  (3) “a política é a guerra por outros meios” (Gramsci), (4) “A foice é para os nossos adversários” (Fanon) e (5) “faremos aliança até com o Diabo para vencer [no embate político].” (Dilma Rousseff).

Em razão de suas narrativas e práticas, a esquerda alimenta um sentimento de descrédito em relação à política como meio de resolução argumentativa e pacífica de conflitos. Ao passo que a direita conservadora defende – sem, todavia, ser ouvida pela esquerda – que não podemos perder de vista o fato de que a política consiste na solução pacífica dos inevitáveis conflitos humanos.

De fato, o conflito é inerente à condição humana, e a política existe para mediá-lo, a fim de que os conflitos não se degenerem em confrontos. Isso afirma a teoria da democracia defendida por liberais e conservadores.

Porém, como esse tipo de argumento poderia ser levado a sério pela esquerda identitária, quando ela se fundamenta no ódio como virtude e na violência como meio de realizar a política?

Infelizmente, diante de todos esses fatos, podemos afirmar que as democracias ocidentais se degeneraram em teatrocracia. Isso, em razão da atuação da esquerda – inimiga do bom, do belo e do verdadeiro – e das falhas da direita, ao não pensar em institucionalizar os seus conhecimentos e valores. Peter Berger e Thomas Luckmam – sociólogos liberais – afirmarem no seu livro “A construção social da realidade” (1966) que institucionalizar algo é realizar a construção social da realidade. Todavia, esse livro de dois pensadores liberais é imensamente levado a sério pela esquerda. Muito intelectuais da direita sequer conhecem tal livro. Quando temos um concurso público, que cobra na bibliografia textos escritos por teóricos da esquerda, estamos nos deparando com “a construção social da realidade”. Um texto exigido por uma banca de concurso é a realidade fundamental. A direita tem as redes sociais, mas até quando?

A guerra cultural não mais é diálogo, é a guerra por meio de palavras e narrativas e a esquerda, ao institucionalizar as suas pautas e autores, está na frente de direita nesta guerra.

Pessoalmente, penso que a máxima de que “não se dialoga com terroristas” está completamente correta. Não se trata de mais de dialogar com a esquerda. A direita tem que conquistar militares, conquistar instituições e se precaver para defender àqueles aos quais ama: familiares, filhos, pais, amigos…

Não temos um diálogo cultural, temos uma guerra cultural, guerra essa na qual o grupo adversário tenta nos silenciar por meio de leis abusivas e injustas e, ainda, nos ameaça de morte.

Ora, a direita ainda não acordou, somo ingênuos e não sabemos, nem mesmo, criar instituições educativas (escolas, faculdades) que defendem e divulgam o pensamento da direita.

guerra cultural transformar-se-á em guerra de fato, não é o que estamos vendo mundo?

Jesus disse aos seus discípulos:

“[…] quem não tem espada, venda a própria capa e compre uma.”

(Lucas 22: 36c)

A legítima defesa é um direito sagrado, defendido na Bíblia.

Se não temos coragem de lutar ativamente contra a mentira e o ódio da esquerda, ao menos temos que ter a astúcia (Mateus 10:16) de reconquistar as igrejas que estão nas mãos dos inimigos e de criar escolas e faculdades, uma vez que, está claro, jamais conquistaremos as universidades com a nossa imensa ingenuidade, falta de criatividade e desunião.

institucionalização dos valores, conhecimentos e práticas que a direita defende será uma forma de legítima defesa, para garantir um futuro melhor para as nossas crianças e jovens, e para os idosos que seremos em um futuro breve.

Eles querem nos assassinar, isso está em sua teoria, temos que levar esse ódio muito a sério!

Para finalizar. Deixemos claro que: intenção paradoxal quer dizer “amor” = “ódio”, esse é o falso “amor” que a esquerda tem para nós e para os nossos!

Comprar uma espada é necessário! Isso significa, entre outras coisas, criar instituições para nos defendermos das mentiras e do ódio da esquerda.

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Brasil Sem Medo - 29 de Abril





LITERATURA


👆A coisa fora do texto
(por Luiz Carreira)


Um conto antológico de Luiz Carreira sobre o valor da vida humana desde a concepção

“Antes de mais, importa que saibas o que é um signo, isto é, importa que saibas que aquela palavra não é vazia, mas que por ela se quer significar alguma coisa.”
 Santo Agostinho
Trindade

Por que comigo? Diante da morte, da doença ou de um evento indesejado perguntamos: Por que comigo? Essa pergunta nos ocorre porque nos sentimos traídos em nosso suposto direito à felicidade. Por que justo comigo o infortúnio, a maldade ou a brincadeira do destino? Mas é uma pergunta estúpida. Morre-se, sofre-se, alegra-se, as coisas acontecem. Pergunta mais intrigante e mais profunda é: Por que eu? Por que logo eu, entre todas as possibilidades da não-existência, passei a existir? É óbvio que você desaparecerá em algum momento, difícil mesmo é encarar o fato extraordinário, e sobre o qual você não tem nenhum controle, o fato de você ter passado a existir. Nascer é muito mais misterioso do que morrer.

*

Era natural que o pai fosse contra. Mas o pai foi a favor. A mãe foi contra. Todos concordaram em fazer e guardar segredo.

O segredo passou a ser o problema. A memória é desobediente e, através dela, ele insiste em voltar à consciência dos três como um refluxo, que traz de volta à boca, com um gosto horrível, o que já deveríamos ter digerido. Uma coisa indesejada. Uma goteira no silêncio da noite. O canto contínuo das cigarras logo pela manhã. 

Aliás, este ano as cigarras estão demorando. Entramos em setembro, e nada.

São presságio de chuva, as cigarras. O seu zunido anuncia que as águas estão prestes a cair. Geralmente chegam em agosto, mas este ano ficaram para setembro, talvez outubro. Cento e doze dias de seca. Tudo seco, esfarelando-se. A terra gasta, a grama rala, o ar áspero e a poeira, a luz filtrada no bafo dos dias quentes. Ocre, vermelho e cinza. Dizem que as árvores do cerrado resistem à seca porque têm raízes profundas. Dizem que essas árvores são duas ou três vezes maiores para dentro da terra do que para fora. Uma vida invisível maior do que a aparente.

Uma vez Joaquim falou sobre isso com ela, e sobre outras curiosidades.

— Sabia que esse grito alto é das cigarras macho? As fêmeas cantam baixinho. É um desespero pra chamar a atenção delas. Eles copulam, ela põe os ovos, e eles morrem.

— E você agora é biólogo? — Perguntou Cecília.

— Sou curioso.

— Sei.

—Sabe o que mais? Esses ovos ficam guardados o ano inteiro, só vão virar gente no próximo inverno.

— Gente?

— Cigarras.

— Sei.

— Não é incrível todo esse esforço?

— Eu acho estúpido.

— Dizem que os machos cantam até explodir. Dizem também que eles cantam até secarem por dentro e ficar só a casca. É por isso que a gente vê essas casquinhas vazias de cigarra grudadas nas árvores. São lendas.

— Besteira. Vem cá, me dá um beijo, deixa de falar besteira.

Foi quase a última conversa deles. Alguns meses depois, Joaquim fora cortado da vida dela sem nenhuma explicação. Nem os pais dela atenderam aos seus telefonemas. Ela também sumiu do círculo de amigos. Uma doença? Uma nova paixão? A desculpa para as amigas foi uma viagem. Para Joaquim, nenhuma.

Agora aquela conversa voltava para Cecília nos movimentos insurgentes da sua memória. Um intestino às avessas. Mesmo com ela evitando novas conexões, as imagens das raízes e das cigarras agrediam sua imaginação.

O esquecimento é o melhor remédio. Todo o nosso esforço está voltado para isso. Virar a página, tocar em frente, não chorar o leite derramado. O que importa é ser feliz. Você não deve satisfação a ninguém. O que passou, passou.

Mas a memória tem a paciência de um santo.

Quando o ônibus demorou a sair, Cecília viu da janela o motivo da demora. Uma mãe tentava se equilibrar com o filho e a cadeira de rodas para entrar no ônibus. Um menino grande, mas todo torto. Contra a impaciência geral, ela entrou carregando-o nos braços, pediu que alguém ajudasse a subir a cadeira de rodas. Ajeitou tudo com imensa dificuldade. Todo mundo esperando. Quantos anos tem aquele menino? Mais de dez, doze. Todo torto, o rosto contorcido, as mãos também. Paralisia cerebral, parece. A mãe gritou pro motorista que podia partir. O filho no colo, atravessado. Ela, feito uma Pietá improvisada, limpava a saliva que escorria no rosto dele e já desdobrava esse mesmo gesto num carinho.

A cena aumentou a razão de Cecília. Mas alguma coisa mais poderosa, para a qual ela não tinha nome, doeu como um repuxo por dentro. Cecília aumentou a dose do antídoto prescrito, repetindo em silêncio: “tudo depende do ponto de vista, tudo é relativo. É o seu corpo, não deixe ninguém se meter. É uma questão que não toca mais ninguém”.

As palavras eram empilhadas em barricadas imaginárias, mas o inimigo não eram tropas alheias, vinha de dentro, uma espécie de febre.

O pai de Cecília não demonstrou nenhuma comoção quando ela trouxe a primeira notícia. A mãe, ao contrário, logo manifestou sua alegria em ser avó, independentemente das circunstâncias. Joaquim teria sentido essa alegria também? Não importa. Uma alegria que não pode ser aproveitada. Na verdade, para nenhum dos três a decisão era um cavalo de batalha. Joaquim, carta fora do baralho. Todas as opções postas sobre a mesa tinham o mesmo naipe. Que imperasse a razão e o pragmatismo. A mãe não tinha muitos argumentos. O pai falou bastante do futuro, dos estudos, da carreira, da liberdade, da juventude, do despreparo, da falta de dinheiro, das desilusões. Depois de um tom de reprovação pela burrice dela, o pai tratou de dar leveza à sua sugestão, que era tirar. A mãe, mesmo contra, concordou.

Tirar não é algo terrível. Nenhuma pessoa com quem falou sobre o assunto levou o tema além do direito à decisão de tirar. Tirar, só isso. É só tirar e depois contar com repouso, carinho. Com o tempo você vai esquecer.

Não é brincadeira, ninguém aqui está dizendo isso, mas isso não tem nada a ver com ninguém, só com você mesma. Não é um bicho de sete cabeças. Estamos entrando de férias, é um bom momento. Quando as aulas voltarem, você estará inteiramente recuperada e poderá voltar à vida normal como se nada tivesse acontecido. Com o tempo, nem vai lembrar que tirou. Já vi muitas meninas na mesma situação. Fique calma. Não há nada anormal, você não tem culpa de nada. Além disso, o procedimento é tranquilo.

Tudo o que a doutora Margaret lhe disse só confirmava o que ela ouvira de diversas outras maneiras e por todos os lados, da casa aos médicos, da TV à sala de aula. O único problema era o medo de se machucar no procedimento. O resto desaparecia com o tempo.

Antes de apagar com a anestesia, e depois que voltou dela, não havia ninguém por perto, só uma enfermeira estranha. Quando acordou, Cecília pediu para ver o seu bebê. Talvez tenha sido um delírio provocado pela anestesia. A enfermeira pediu que ela se acalmasse. Cecília voltou a pedir para ver o seu bebê. A enfermeira chamou outra pessoa. A outra pessoa pediu que ela se acalmasse e disse que era impossível. Cecília insistiu, começou a entrar num estado histérico. Ela pedia: “deixa eu ver o meu bebê, só um pouquinho, só um pouquinho dele”. A outra pessoa confundiu a palavra pouquinho com pedacinho, e teve um engulho com esse desvio causado pela breve confusão. Odiou Cecília pelo indesejado fragmento de imagem. Cecília foi medicada para parar de gritar. Ela nunca contou isso a ninguém, ninguém da clínica comentou nada. É possível que ela tenha se esquecido desse momento porque o efeito dos psicotrópicos é mesmo maravilhoso.

Ela, o pai e a mãe não voltaram ao assunto. A vida voltou ao normal, para todo mundo. A promessa foi cumprida. Mas havia uma sobra.

Tenho vergonha de dizer que ainda dói. Não sei se é uma dor física. É um vazio que dói. Ouvi dizer que amputados sentem a perna retirada coçar, às vezes, para sempre. Será? Dói, e tenho vergonha de assumir. É melhor pra todo mundo que eu esteja bem. Não posso fazer meu pai e minha mãe sofrerem mais. E tenho vergonha de sentir culpa. Que inferno! Eu não acredito na culpa, eu não tenho culpa, eu não mereço. Tenho muita vergonha de não esquecer. Eu queria controlar isso. Vi Joaquim outro dia, ignorei ele. Não ignorei, fingi. Não posso ficar vendo esse desgraçado todo tempo, tenho que esquecer. Preciso. Vou falar com papai pra mudar de cidade. Pra mudar de mundo. Tenho muita vergonha. Não queria me arrepender. Feio se arrepender. Pare de pensar, pare de pensar, pare de pensar!

Quando queriam consolar Cecília diante de sua indisfarçável tristeza, seus pais diziam “daqui a pouco passa, você esquece” ou “não deixe ninguém te julgar”. Era bom ouvir isso, mas era pouco. Ela precisava, sozinha, dar um arranjo novo e simples ao que, na sua intimidade, insistia como um problema complexo e disforme. Mas o problema é que lhe falta vocabulário, todas as palavras que poderiam ajudá-la nisso eram malditas pelo consenso.

Quando alguém explicava, tudo bem. Mas no silêncio, não. No silêncio, as palavras podiam se rebelar contra a autoridade da correção vigilante. Mesmo ela querendo muito acreditar, por exemplo, na palavra direito, a palavra culpa brotava. Mesmo usando todas as palavras disponíveis, uma coisa fora do texto insistia em retornar, marcar presença, afirmar sua realidade sem nome. Passava um tempo, e rebentava a palavra bebê. A palavra bebê briga sozinha contra uma multidão de frases prontas, slogans, gritos de ordem. A palavra bebê sozinha resiste contra a coisa, o embrião, o monte de células, o problema, o erro, o acidente, o isso, o aquilo, a ciência, o direito e mais uma multidão de berros. A palavra bebê, tão tênue, sozinha, a resistir contra essa alcateia carnívora. E Cecília tinha vergonha de ser tão fraca, de ser derrotada por uma palavrinha tão pequena.

Tinha saudade das complicações que eram pura teoria. Lembrava-se da escola, das aulas de português com as suas dificuldades conceituais como aquele estranho futuro do pretérito. Se pudesse, escolheria voltar a perder noites de sono com as equações de segundo grau. Naquelas equações é fácil entender quando o mais vira menos e o menos vira mais. O professor tinha um truque para resolver essas relações de negativo e positivo: “Amigo significa mais e inimigo significa menos. Amigo do meu amigo é meu amigo, inimigo do meu inimigo é meu amigo, amigo do meu inimigo é meu inimigo e inimigo do meu amigo é meu inimigo”. O professor repetia isso tanto que, mesmo sendo tudo relativo, parecia uma verdade absoluta. Ela só não sabia se a coisa funcionava fora da matemática, dentro da realidade.

— Luiz Carreira é escritor, palestrante e professor de literatura, história da arte e processo criativo. Autor dos livros “A coisa fora do texto” (contos) e “O Mínimo sobre Criatividade” (ensaio).


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👆 OLAVO DE CARVALHO

O Foro de São Paulo, versão anestésica

(Publicado originalmente no Diário do Comércio, em 15 de Janeiro de 2007, disponível no site do professor)

Depois de esconder por dezesseis anos a existência da mais poderosa entidade política latino-americana, a mídia chique deste país, vencida pela irrefreável divulgação dos fatos na internet, trata agora de disfarçar, como pode, o mais torpe e criminoso vexame jornalístico de todos os tempos. O expediente que usa para isso é ainda mais depravado: caluniar, difamar, sujar a reputação daqueles poucos que honraram os deveres do jornalismo enquanto ela não se ocupava senão de prostituir-se, vendendo silêncio em troca de verbas estatais de propaganda.

Envergonhada de si mesma, ela não tem nem a dignidade de citar nominalmente essas honrosas exceções. Designa-as impessoalmente, fingindo superioridade, mediante pejorativos genéricos. O mais comum é “radicais de direita”. Encontro-o de novo no artigo “Os limites de uma onda esquerdista”, assinado por César Felício no jornal Valor no último dia 12.

O autor é uma nulidade absoluta, e eu jamais comentaria uma só linha da sua fabricação se as nulidades não se tivessem tornado, num jornalismo de ocultação, os profissionais mais necessários e bem cotados. Por favor, não me acusem de caçar mosquitos. Compreendam o meu drama: nas presentes circunstâncias, a recusa de falar de nulidades me deixaria totalmente desprovido de material nacional para esta coluna.

A primeira coisa que tenho a dizer a esse moleque é bem simples: Radical de direita é a vó. Antigamente chamava-se por esse qualificativo o sujeito que advogasse a matança sistemática de comunistas como os comunistas advogam e praticam a matança sistemática de populações inteiras. Hoje em dia, para ser carimbado como tal, basta você ser contra o aborto ou o casamento gay. Basta você achar que o Foro de São Paulo existe e é perigoso. Basta você fazer as contas e notar que centenas de prisioneiros morreram de tortura na Guantanamo cubana e nenhum na americana. Basta você apelar à matemática elementar e concluir que a guerra do Iraque matou muito menos gente do que o regime de Saddam Hussein sob os olhos complacentes da ONU. Se você incorre em qualquer desses pecados mortais, lá vem o rótulo infamante grudar-se na sua pessoa indelevelmente, como marca de escravo fujão ou ferrete de gado. E não vem por via de nenhum jornaleco de partido, de nenhum panfleto petista. Vem pela Folha de São Paulo, pelo Globo, pelo Estadão, pelo jornal Valor – os órgãos da burguesia reacionária, segundo o site oficial do PT.

Que é que posso concluir disso, objetivamente, senão que a esquerda radical conseguiu impor à grande mídia a sua escala de mensuração ideológica e o correspondente vocabulário, agora aceitos como opinião centrista, equilibrada, mainstream, enquanto as opiniões que eram da própria grande mídia ontem ou anteontem já não podem ser exibidas ante o público porque se tornaram politicamente incorretas?

Será extremismo de direita concluir que o eixo, o centro, se deslocou vertiginosamente para a esquerda, criminalizando tudo o que esteja à direita dele próprio? Será extremismo de direita concluir que a única direita admitida como decente na mídia chique é o tucanismo – abortista, gayzista, quotista racial, desarmamentista, politicamente corretíssimo, padrinho do MST e filiado à internacional socialista, além de bettista e boffista, quando não abertamente anticristão? Será extremismo direitista notar que o traço mais saliente dessa direita bem comportadinha é a abstinência radical de qualquer veleidade anticomunista? Será extremismo de direita entender que esse fenômeno é a manifestação literal e exata da hegemonia tal como definida por Antonio Gramsci? Será extremismo de direita concluir que o establishment midiático deste país é, no seu conjunto, um órgão da esquerda militante mesmo nos seus momentos de superficial irritação antipetista, quando jamais proferiu contra o partido dominante uma só crítica que não viesse de dentro da esquerda mesma e que não fosse previamente expurgada de qualquer vestígio de conteúdo ideológico direitista?

Qualquer pessoa intelectualmente honesta sabe que um juízo de fato não pode ser derrubado mediante rotulação infamante. Tem de ser impugnado pelo desmentido dos fatos. Se quiser rotulá-lo, faça-o depois de provar que é falso. Não antes. Não em substituição ao desmentido. Ora, o tal Felício, em vez de desmentido, fornece uma brutal confirmação. Vejam só:

O grupo que se reúne a partir de hoje em San Salvador… atende pelo nome de ‘Foro de São Paulo’ e nasceu sob o patrocínio do PT, em 1990. Os encontros anuais não costumam chamar muita atenção, a não ser de certos radicais de direita no Brasil.”

Ora, como é possível que encontros esquerdistas anuais repetidos ao longo de uma década e meia, com centenas de participantes, entre os quais vários chefes de Estado, não chamem atenção exceto de radicais de direita? Ninguém na esquerda prestou atenção ao Foro de São Paulo? O sr. Lula fez um discurso presidencial inteiro a respeito sem prestar a mínima atenção à entidade da qual falava? Antes disso, quando presidia pessoalmente as sessões da entidade até 2002, não lhes prestou nenhuma atenção? Entrava em transe hipnótico e balbuciava mensagens do além, sem se lembrar de nada ao despertar? Os jornalistas de esquerda que, às dezenas, compareceram aos debates, foram lá por pura desatenção, dormiram durante as assembléias e voltaram para casa sem coisa nenhuma para contar? O sr. Bernardo Kucinsky, um dos fundadores da entidade, que emocionado assistiu ao nascimento dela num encontro entre Fidel Castro e Lula, não prestou a mínima atenção àquele momento supremo da sua vida de militante esquerdista? Pago com dinheiro público para relatar aos eleitores os atos presidenciais, calou-se por mera distração, e também por mera distração guardou os fatos para contá-los depois no seu livro de memórias, onde só os colocou porque não tinham a mínima importância?

Ora, menino bobo, você não sabe a diferença entre a desatenção e a atenção extrema acompanhada de um propósito deliberado de ocultar? Que você seja desprovido do senso da verdade, vá lá. Sem isso não se sobe no jornalismo brasileiro. Mas será que você precisa também desprover-se do senso do ridículo ao ponto de tentar minimizar a importância do Foro e logo em seguida, citando documento oficial da entidade, alardear que “na primeira reunião do grupo, em 1990, os integrantes estavam no governo em um único país: Cuba. Hoje desfrutam o poder na Venezuela, Brasil, Bolívia, Nicarágua, Argentina, Chile, Uruguai e Equador”? Você acha mesmo que a organização que planejou e dirigiu a mais espetacular e avassaladora expansão esquerdista já observada no continente é um nada, um nadinha, no qual só radicais de direita ou teóricos da conspiração poderiam enxergar alguma coisa?

Na verdade, o próprio Felício enxerga ali alguma coisa. Ele cita o documento oficial: “Passamos a controlar uma cota de poder, mas as outras cotas continuam sob controle das classes dominantes. Os chamados mercados, as grandes empresas de comunicação, os setores da alta burocracia do Estado, os comandos centrais das Forças Armadas, os poderes Legislativo e Judiciário, além da influência dos governos estrangeiros, competem com o poder que possuímos.”

Ou seja: a entidade que já domina os governos de nove países não admite, não suporta, não tolera que parcela alguma de poder, por mais mínima que seja, esteja fora de suas mãos. Nem mesmo as empresas de comunicação e o judiciário, sem cuja liberdade a democracia não sobrevive um só minuto. Com a maior naturalidade, como se fosse uma herança divina inerente à sua essência, o Foro de São Paulo, com a aprovação risonha do nosso partido governante, reivindica o poder ditatorial sobre todo o continente.

Felício lê esse documento assim:  “Os limites a um poder absoluto parecem incomodar os participantes do encontro.” Parecem, apenas parecem. Quem ficaria alarmado com aparências, senão radicais de direita? Afinal, eles vivem enxergando comunistas embaixo da cama, não é mesmo?

Para tranqüilizar a população, Felício trata de lhe mostrar que no Foro não há socialismo nenhum, apenas o bom e velho populismo nacionalista, tão difamado pelos agentes do imperialismo. “Um mesmo discurso estava presente na oposição a Perón e a Getúlio nos anos 40 e 50. Reapareceu, quase igual, no tipo de ataque recebido ano passado por Lopez Obrador no México e Evo Morales na Bolívia.

A circunstância de que, ludibriados por milhares de Felícios, até membros da oposição temam dar nome aos bois, preferindo falar de “populismo” em vez de comunismo, é usada como prova de que o Foro não é uma organização comunista. O fato é que as idéias e as pessoas dos velhos populistas jamais aparecem citadas nos documentos do Foro como exemplos a ser imitados. Ao contrário, os apelos à tradição revolucionária comunista ressurgem a cada linha, com todos os seus heróis e símbolos, com todos os cacoetes lingüísticos medonhos do jargão marxista-leninista mais típico e obstinado, acompanhados da declaração explícita, infindavelmente repetida, de que a meta é o socialismo. Mas, decerto, todos os participantes do Foro, todos aqueles tarimbados militantes revolucionários treinados em Cuba, na China e na antiga URSS, estão equivocados quanto à sua própria ideologia e metas. Eles apenas pensam que são comunistas, socialistas, marxistas. Felício é quem, penetrando com seus olhos de raios-x no fundo das almas deles, sabe que não são nada disso. São getulistas que se ignoram.

A prova? Ele não se recusa a fornecê-la. É esta: “Antes de ser uma verdadeira marcha ao socialismo, a ofensiva de Chávez… sugere a coroação de um processo de concentração de poder ”. Entenderam a lógica profunda? Se é concentração de poder, não é socialismo. Pena que ninguém avisou disso Marx, Lênin, Stalin, Mao, Fidel e Che Guevara. Todos eles sempre entenderam, ao contrário, que a concentração de poder é a única via para o socialismo, é a essência mesma do processo revolucionário. Mas talvez estivessem enganados, tanto quanto a turminha do Foro. Quem entende do negócio é César Felício.

No tempo em que havia jornalismo no Brasil, um sujeito como esse não seria designado para cobrir nem partida de futebol de botão. Hoje ele é uma espécie de modelo, reproduzido às centenas em todas as redações. O resultado é óbvio. Faça um teste. Segundo pesquisa da Folha de São Paulo, a opinião majoritária dos brasileiros é acentuadamente conservadora. É contra o casamento gay, contra o aborto, contra as quotas raciais, contra o desarmamento civil. É contra tudo o que os Felícios amam. É até a favor da pena de morte para crimes hediondos. E confia infinitamente mais nas forças armadas do que na classe jornalística que as difama sem cessar. Quantos jornalistas, nas redações das empresas jornalísticas de grande porte, se alinham com essa opinião majoritária? Não fiz nenhuma enquete, mas, por experiência pessoal, afirmo: poucos ou nenhum. A leitura diária dos jornais confirma isso da maneira mais patente.

A opinião pública brasileira não é refletida nem representada pela grande mídia. Não tem direito a voz, a não ser por exceção raríssima concedida a algum colaborador ocasional só para depois ser exibida como exemplo de aberração extremista, felizmente compensada pela pletora de articulistas serenos, normais e equilibrados que igualam George W. Bush a Hitler e Abu-Ghraib a Auschwitz.

A idéia mesma de que uma mídia só pode ser equilibrada quando reflete proporcionalmente a divisão das correntes de opinião no país já desapareceu por completo da memória nacional. O simples ato de enunciá-la tornou-se prova de direitismo radical. Resultado: a elite microscópica de tagarelas esquerdistas que domina as redações (não mais de duas mil pessoas) se permite tomar a sua própria opinião como medida da normalidade humana, condenando como patológicas e virtualmente criminosas as preferências gerais da nação.

Quem se coloca em tais alturas está automaticamente liberado de prestar quaisquer satisfações à realidade. Não quer conhecê-la, quer transformá-la. Para transformá-la, não é preciso mostrar os fatos às pessoas: é preciso alimentá-las de crenças imbecis que as induzam a se comportar da maneira mais adequada para favorecer a transformação. Da classe empresarial que lê o jornal Valor, que é que se espera? Que permaneça idiotizada e passiva, embriagada de falsa segurança, incapaz de mobilizar-se em tempo para se opor à onda revolucionária que vai submergindo o continente. Foi para isso que os Felícios lhe negaram por dezesseis anos o conhecimento do Foro de São Paulo. É para isso que, hoje, não podendo mais levar adiante a operação-sumiço, apelam à operação-anestesia, chamando-a, cinicamente, de jornalismo. E são pagos para fazer isso pelos próprios empresários de mídia, aqueles mesmos cujas empresas o Foro de São Paulo promete calar ou expropriar junto com todos os demais instrumentos de exercício da liberdade, num futuro mais breve do que todos imaginam.

P. S. – Mal saiu o artigo da semana passada, começaram a chover na minha caixa postal mensagens de amigos protestantes que reclamavam de eu haver incluído John Wycliff entre os pioneiros das ideologias revolucionárias. Eu não me lembrava de ter escrito nada de John Wycliff, mas, quando fui ver, notei, horrorizado, que o nome dele estava mesmo lá, em lugar do de John Knox, este sim um revolucionário. Peço desculpas a todos por essa distração lamentável.


(TdL: Em 07 de Maio de 2023 o jornalista Allan dos Santos postou na sua rede Locals um comentário baseado no artigo acima do professor Olavo. Eis o comentário abaixo, em sua íntegra)


“Há uma maldita unidade entre as Forças Armadas e o Foro de São Paulo!”

A frase é do filósofo Olavo de Carvalho e expressa o que só viria a ficar evidente para muitos algum tempo depois.

Todo o cenário sócio-político brasileiro demonstra que não há mais nada a ser feito no Brasil. Em um plano de dominação comunista de um século entre erros e acertos estratégicos, os revolucionários dominaram a máquina pública inteiramente, desde as instituições religiosas como a CNBB até o STF, passando pelo Congresso e as maiores empresas de comunicação do país. Restava para esses comunistas o último bastião, as Forças Armadas, que muitos julgavam estar de fora do plano socialista.

A prisão do tenente-coronel Cid, a covardia e o silêncio do pai dele, que é um general, somados ao pronunciamento de inúmeros generais e almirantes confessadamente omissos sepultaram de vez a luz que existia no fim do túnel. O mais alto escalão das Forças Armadas só se preocupa com o próprio umbigo. Entre a aposentadoria, pensões e a liberdade de expressão de um povo escravizado pelos comunistas, o braço armado do Estado escolheu a própria conta bancária.

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👆ESPAÇO DO AUTOR

Busquemos a origem das nossas ideias
(por Ricardo Pagliaro Thomaz)
07 de Maio de 2023



Domingo fui ao cinema para levar minha menina para ver o filme do Super Mario Bros. Vendo pelos perfis nerds conservadores na internet que o filme era seguro, sem lacração, fui conferir; até mesmo eu estava bem animado com a ideia, uma vez que sou cria dos anos 80 e 90, e joguei muito Super Mario na vida, portanto me pareceu uma ótima diversão nostálgica. Aqui também eu atesto, depois de vários encanamentos, power ups e “Mama mias” que o filme é seguríssimo, e é justamente por isso que a Disney anda perdendo o sono com a Universal, vendo que o filme supera fácil a margem do bilhão e as produções lacradoras atuais da Disney amargam merecidos fracassos. Super Mario Bros, o filme de 2023 entra como mais um exemplar exemplaríssimo de filmes baseados em vídeo games feitos da maneira correta, respeitando a fonte original e que funciona com qualquer público.

 

Resolvi pegar esse exemplo, porque achei interessante a possibilidade de colocarmos em prática aquela dica de ouro que o professor Olavo de Carvalho sempre nos deu: buscar a origem de nossas ideias. Dessa forma, vou dar um pequeno exemplo de como isso pode ser feito a partir da simples ideia de procurar as origens do Mario. Conhece o Mario? Ok, sem piadas de duplo-sentido...

 

Por que temos um filme do Super Mario hoje?

 

Resposta curta: porque o de 1993 estrelando Bob Hoskins não deu certo. Resposta longa: O filme de 2023 é uma síntese bem feita e criativa de mais de 4 décadas de existência da franquia, começada em 1981 pela Nintendo através do criador e programador japonês Shigeru Miyamoto. E como eu disse antes, houve o filme de 1993 e outros desenhos envolvendo o personagem, mas nunca obtiveram sucesso, sempre resultando em pífios números para a Nintendo. O filme de 1993 só é possível de ser encarado como uma comédia de 5º escalão, e se você esquecer completamente que ele é baseado no vídeo game japonês. Já o de 2023 pega tudo aquilo de bom que foi criado da franquia em 4 décadas e sintetiza numa historinha divertida, bem roteirizada e que não cansa e nem apela para reinvenções estapafúrdias da roda. Estão lá o game Super Mario 1, 3, Mario World, Mario 64, Mario Kart, estão lá os power ups, as tartarugas e cogumelos, a princesa Peach, o Donkey Kong, a estrela que te deixa invencível, tudo funcionando na mais perfeita harmonia e coerentes com os jogos que sempre jogamos e amamos.

 

Respondida a pergunta acima, temos outra: como o personagem Mario surgiu?

 

O personagem Mario apareceu primeiro no jogo de 1981 Donkey Kong. No game, você é um cara, chamado simplesmente de ‘Jumpman’, que tem que parar um gorilão gigante que atira barris em você o tempo todo, e salvar uma mulher chamada Pauline (futura princesa Peach) que foi capturada pelo gorilão. Hum... vai pensando aí se isso não lembra de alguma coisa que já já eu te dou a resposta. O game vem com o nome do gorila, mas o herói do game não é ele, mas justamente o tal hominho do jogo. E por acaso esse hominho veste camisa azul com calça vermelha com suspensórios e uma boina vermelha. O sucesso do jogo fez com que as pessoas saíssem perguntando o nome do tal personagem. Foi aí que apareceu um amigo do produtor japonês que estava alugando um lugar para instalar a unidade americana da Nintendo nos EUA, chamado Mario Arnold Segale (hum...), que era um empresário ítalo-americano (aahhhh...) cujo trabalho envolvia construções (AAAAHHHHHHH!!!...). Daí os desenvolvedores do jogo pegaram o nome dele emprestado e fizeram, em 1983, o Jumpman virar Mario, o simpático encanador. Assim, o personagem teve o seu jogo de maior sucesso em 1985, Super Mario, e o resto é história.

 

Ok, sabemos agora de onde veio o Mario. Mas e o Donkey Kong, por que ele foi feito e de onde ele veio?

 

Quanto à primeira pergunta, o game foi lançado porque a Nintendo of America estava a ponto de falir, e o game salvou a pequena startup da falência. Quanto à segunda pergunta, o personagem Donkey Kong foi inspirado no filme de 1933 King Kong, filme que retrata um gorilão gigante que captura uma mulher. No filme, o gorilão leva consigo a mulher e sobe em um grande edifício... pegou a ideia do jogo de 1981? Pois é. A inculturação americana que aconteceu no Japão acabou sendo benéfica para todo mundo! E vale ainda afirmar que o filme King Kong só foi feito em 1933 porque a RKO Pictures, o estúdio que distribuiu o filme, estava falido, e o público adorava ver filmes de safari, então Merian C. Cooper criou o personagem a partir de sua fascinação por gorilas e um livro de 1861 que seu tio lhe deu chamado Explorations and Adventures in Equatorial Africa, que narra as explorações de Paul Belloni Du Chaillu no continente.


RRRRESUMINDO...


Se não fosse por Du Chaillu, Cooper jamais teria criado King Kong.

Se não fosse King Kong, Donkey Kong não teria sido criado.

Se não fosse Donkey Kong, não haveria Mario.

Não havendo Mario, não teríamos Super Mario.

Não havendo nada, não teríamos filme nenhum. Nem o de 1993, nem o de 2023. E eu certamente não estaria aqui te contando essa história.

E podemos ainda dizer: se não fosse o problema da ESCASSEZ (porque a RKO e a Nintendo estavam em estado de escassez), que faz com que pessoas realizem feitos fantásticos, nada de fantástico seria feito.

 

Conheçam a origem de suas ideias. Se não conhecerem de onde vem suas ideias, não teremos como entender o presente. Não entendendo o presente, não temos como sermos autores de nossas próprias histórias.

 

Como diria o encanador bigodudo em Mario Kart: LETSE GO!



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👆 HUMOR

E nas True Outstrips de hoje:

- A grande... GRAAAAANDE inversão da modernidade... tamanho XXG;

- Um desentendimento com nossos irmãozinhos leva o tirano mor da nação a causar... nada de novo!;

- Nosso mestre livrando uma pobrezinha da loucura... mas calma... hoje em dia tem várias outras à disposição!;

- A explicação do porquê um cágado vai parar sempre em ministérios errados;

- Para fechar, nem as ameaças de 'f'en'f'ura fazem certos jornalistas perderem a piada!

Se nada acontecer comigo, a gente se vê de novo em 15 dias!
---

- Ah, e quem puder, colabore com as True Outstrips! É você que as mantém funcionando sem dinheiro de Rouanet, Secom, e cia limitada!









E não se esqueçam! VEM AÍ...


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LEITURA RECOMENDADA

Hoje trago uma maravilhosa publicação de um grande monarquista e pensador brasileiro que viu a derrocada do glorioso império e o GOLPE da República. Leiam a inspiradora e breve carta escrita por ninguém menos do que Joaquim Nabuco e reflitam se realmente vale a pena continuarmos com a falida republiqueta que temos hoje.

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