Edição XVI (Revista Terça Livre 106, revista A Verdade 46, opinião e mais)

Resumo semanal de conteúdo com artigos selecionados, de foco na área cultural (mas não necessariamente apenas), publicados na Revista Terça Livre, da qual sou assinante, com autorização pública dos próprios autores da revista digital. Nenhum texto aqui pertence a mim, todos são de autoria dos citados abaixo, porém, tudo que eu postar aqui reflete naturalmente a minha opinião pessoal sobre o mundo. Assinem o conteúdo da revista pelo link e vejam muito mais conteúdo.



(ANTES DE COMEÇAR...

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Dito estas coisas, simbora...)


BRASIL


Olavo tem razão
(por Alexandre Magno)


Olavo alertou: não adianta ganhar uma eleição antes de acabar com a hegemonia cultural e o aparelhamento das instituições pela esquerda.

Eu conheço o trabalho de Olavo de Carvalho há cerca de 20 anos. Nesse período, passei pelas mais variadas reações ao que ele escreve e a como ele escreve, ou seja, a seu inconfundível estilo pessoal. Já fui da mais profunda admiração até algo parecido com uma profunda aversão a ele (era mais ou menos o pensamento de “onde já se viu alguém se achar tanto o dono da razão?”).

A minha formação intelectual foi profundamente influenciada pelo famoso Curso Online de Filosofia, conhecido carinhosamente como COF, que frequentei durante quatro anos. Depois, eu me afastei do curso e do trabalho dele, o qual eu passei a acompanhar apenas de longe. O estilo incomodava, parecia hiperbólico, exagerado.

Um dos posts dele me incomodou de forma especial. Bolsonaro acabara de ser eleito. Nosso grupo de conservadores em Brasília estava em festa. E vem Olavo dizer, em seu estilo peremptório, que não adiantava nada ganhar uma eleição antes de acabar com a hegemonia cultural e o aparelhamento das instituições pela esquerda. Lembro-me bem de comentar com um amigo: “entendo o que ele diz, mas não dá para concordar, pois acabamos de ter uma vitória histórica!”.

Pois bem. O tempo passou. Depois de dois anos e meio de governo, tenho de admitir: Olavo de Carvalho pode ter sido por demais incisivo, como é o hábito dele, mas de novo ele tinha razão.

Da euforia de 2018/2019 passamos para a dura realidade de 2020/2021. Sim, eleger Bolsonaro, contra tudo e contra todos, foi uma vitória histórica para o povo brasileiro, em especial para nós conservadores. Porém, o choque de realidade nos mostrou que uma mera eleição, mesmo para o cargo de Presidente da República, era claramente insuficiente.

Por um lado, o Supremo Tribunal Federal passou do seu tradicional ativismo judicial, no qual as opiniões pessoais dos ministros eram impostas sob o pretexto de interpretar a Constituição, para o governo judicial, algo sem precedentes no mundo, no qual o Supremo passou a ter o poder total sobre o País, sendo proibidas e criminalizadas até meras críticas aos ministros. Já o Congresso Nacional demonstra a cada dia não apenas sua impotência frente ao Supremo, que teve seu ápice na validação da prisão do deputado Daniel Silveira, como também sua sujeição aos interesses mais mesquinhos e corporativos, como demonstra a recente aprovação do orçamento de R$ 6 bilhões para o fundo partidário.

Olavo tem razão. Reconhecer isso não é motivo para desânimo ou desesperança. Pelo contrário, é uma lembrança de que há ainda muito o que se fazer. E de que a grande mudança não virá pelo governo Bolsonaro, ou de qualquer outro governo, mas do que faremos, de forma obstinada e decidida, no grande palco da sociedade civil.

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CULTURAL


Igreja Católica o maior patrimônio histórico do Brasil
(por Pablo Barcelos)

Vamos ao início da história do Brasil

Na Terra de Santa Cruz, foi celebrada pelo frei Henrique Soares de Coimbra a primeira missa, realizada na Praia da Coroa Vermelha em Porto Seguro, no dia 26 de abril de 1500, e contou com a participação de frades e sacerdotes. A cerimônia foi assistida pelos portugueses e também pelos nativos. De acordo com a Carta de Pero Vaz de Caminha, o sermão realizado sobre a chegada dos portugueses e a terra recém-descoberta constituiu a primeira peça de oratória sacra do Brasil.

São José de Anchieta, filho espiritual de Santo Inácio de Loyola, mereceu o cognome de Apóstolo do Brasil. Ele foi o elo de ligação e harmonia entre brancos, silvícolas e negros; desbravador e fundador de vilas e cidades; incentivador e participante de expedições militares para a expulsão dos hereges invasores de nosso território; e incentivador da construção de fortes para a defesa do litoral contra os piratas europeus. Em 25 de janeiro de 1554, o jovem jesuíta, juntamente com o Pe. Manoel da Nóbrega, fundou a Vila de Piratininga, tendo como ponto de partida o atual Pátio do Colégio, berço da capital paulista. Naquele dia, o ato de fundação da cidade foi a primeira Missa celebrada no rústico e provisório “Colégio São Paulo”. Tal foi o papel do Apóstolo do Brasil, como incansável “Bandeirante da Fé”, na fundação da cidade de São Paulo, que alguns autores afirmam que a atual megalópole bem poderia chamar-se “Cidade de Anchieta”.        

Igreja de São Francisco de Assis do Outeiro da Glória

A primeira igreja do Brasil foi fundada por dois frades franciscanos, em 1503, na primeira colônia europeia da América Lusitana, em Porto Seguro. Foi dedicada a São Francisco de Assis e ficava no Outeiro da Glória. Esses dois frades franciscanos menores chegaram em Porto Seguro na expedição de Gonçalo Coelho em 1503. Foram os primeiros missionários do Brasil, mas não se conhece seus nomes. Chegaram também colonos e militares. A igreja foi construída com a ajuda dos índios locais. Segundo Jaboatão, em 19 de junho de 1505, o povoado foi massacrado pelos índios. Em 1515, outros dois missionários franciscanos, italianos, chegaram em Porto Seguro e reconstruíram a igreja. Também construíram sua habitação junto a ela. Um deles afogou-se no Rio do Frade e foi enterrado na Igreja. O outro retornou à sua província.

A denominação "Outeiro da Glória" deriva da entoação, no local, do Gloria in excelsis Deo (Glória a Deus nas alturas) pela primeira vez no Brasil.

A Igreja de São Francisco de Assis manteve-se em culto até cerca de 1730, quando entrou em processo de ruína. Em 1733, a imagem de São Francisco de Assis foi transferida para a Igreja de Nossa Senhora da Pena. No final do século XX, a imagem foi transferida para a Igreja da Misericórdia. Em 1939, o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional estudou a área e tirou fotos. Em 1982, a estrutura de alvenaria que sobrou da antiga igreja já não existia. Além disso, um serviço de terraplenagem, em 1984, para a implantação de um condomínio, danificou a área do sítio arqueológico. Entre 1999 e 2000, foram feitos estudos no sítio arqueológico do Outeiro da Glória em preparação para as comemorações dos 500 anos de Descobrimento do Brasil. Esses estudos foram coordenados pelo arqueólogo Viva do Nascimento.

Os portugueses eram muito religiosos e obviamente outras igrejas foram construídas ao longo da costa brasileira, nas primeiras décadas do século XVI, com a formação dos primeiros povoados com europeus, mas seus registros são imprecisos ou inexistentes.

Com a criação da primeira vila, em 1532, criou-se também a primeira paróquia (uma divisão administrativa da Igreja Católica) em São Vicente, a Paróquia de Nossa Senhora da Assunção, subordinada à Diocese do Funchal, na Ilha da Madeira. O primeiro pároco foi o padre Gonçalo Monteiro.

A partir de 1534, com a criação das capitanias hereditárias, outras paróquias foram criadas ao longo da costa brasileira, também subordinadas a Funchal. Nesses primeiros tempos de colonização, surgiram também as capelas de engenho, espalhadas pelo litoral brasileiro. Eram igrejas rurais que atraíam os fiéis da região. Os senhores de engenho também costumavam contribuir para a sustentação da igreja matriz e seu pároco. Após a fundação da cidade de Salvador, fundou-se a primeira Diocese do Brasil, a de São Salvador da Bahia, em 25 de fevereiro de 1551, desmembrada do Bispado do Funchal (nota: a primeira capital do Brasil nunca se chamou oficialmente São Salvador, essa era a designação de sua Diocese). O primeiro bispo foi Dom Pedro Fernandes Sardinha, que chegou em Salvador em 1552. Ele consagrou, provisoriamente, a Igreja da Ajuda como a primeira catedral do Brasil. Em 1553, iniciou-se a construção do primeiro templo específico para a Sé Primacial do Brasil. Em 16 de novembro de 1676 foi criada a primeira Sé Metropolitana do Brasil, com a elevação da Diocese de São Salvador à categoria de Arquidiocese. Na data foram também criadas as Dioceses do Rio de Janeiro e de Olinda, ambas subordinadas à Arquidiocese da Bahia. Em 1892, existiu uma reestruturação da hierarquia católica, com a criação de uma segunda província eclesiástica no Rio de Janeiro, desmembrada da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, através da Bula Ad Universas Orbis Ecclesias. Em 11 de dezembro de 1905, o pernambucano Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti tornou-se o primeiro Cardeal do Brasil e da América do Sul. O artigo citará 10 igrejas históricas tidas como entre as mais antigas do país: Igreja da Misericórdia, 1526, Porto, Seguro (BA); Igreja da Graça, 1535, Salvador (BA); Igreja do Rosário, 1535, Vila Velha (ES); Igreja dos Santos Cosme e Damião, 1536, Igarassu (PE); Igreja Nossa Senhora do Monte, 1537, Olinda (PE); Igreja Nossa Senhora Santana, 1537, Ilhéus (BA); Paróquia de Nossa Senhora da Luz, 1540, São Lourenço da Mata (PE); Igreja de Nossa Senhora da Graça, 1551, Olinda (PE); Igreja Nossa Senhora da Vitória, 1561, Salvador (BA); Igreja Nossa Senhora do Carmo (Antiga Sé), 1590, Rio de Janeiro (RJ), que era a igreja oficial da família real brasileira, onde foram coroados Dom Pedro I e Dom Pedro II. 

A Igreja Católica contribuiu diretamente para a formação cultural do Brasil. Fazem parte dessa grande obra basílicas, igrejas, museus, santas casas (hospitais), creches, orfanatos, redes de colégios como Salesianos, Santo Inácio e Anchieta, Sacramentinas de São José, fundadas pelo padre Júlio Maria de Lombaerde, São Bento, dentre tantos outros. Inúmeras obras e patrimônios imateriais.                              

As edificações de propriedade da Igreja Católica foram erigidas desde o período colonial, demarcando diferentes períodos da história do Brasil. Desde a criação do Iphan, em 1937, previu-se a necessidade de cooperação com autoridades eclesiásticas, dada a representatividade desses bens para o patrimônio cultural. Em 2008, o acordo internacional entre o Brasil e a Santa Sé previu a cooperação para salvaguardar, conservar, valorizar a preservar os bens culturais eclesiásticos.

Igrejas, conventos, residências e acervos de arte sacra estão entre os bens culturais incluídos em acordo de cooperação técnica firmado recentemente entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A presidente do Iphan, Larissa Peixoto, destaca que 400 bens podem ser beneficiados pela parceria. Hoje, 32% dos bens tombados são pertencentes à Igreja Católica.

Além da história e da contribuição cultural, a Igreja deixou-nos um grande legado que é absorvido pelo mercado do Turismo Religioso

Cerca de mais de 200 mil pessoas visitavam o Santuário de Aparecida (SP) no dia 12 de outubro, data em que se comemora a Padroeira do Brasil antes da tragédia sanitária do Covid-19. Quando falamos de turismo, não poderia deixar de falar do nosso maior cartão postal, o Cristo Redentor (RJ) que recebia aproximadamente mais de 100 mil pessoas por mês. O turismo religioso injeta diretamente algo entorno de 15 bilhões por ano no (PIB) Produto Interno Bruto do país. Projetos em parcerias com o Ministério do Turismo e a Secretaria Especial de Cultura seguem em todo o país, visando proteger e valorizar esse patrimônio incomensurável.

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COMPORTAMENTO


O substituto da inteligência
(por Brás Oscar)


A velha mídia te vende um produto. Simples assim. Não há uma seita de sacerdotes da verdade que levanta da cama cedo todo dia para que o cidadão honesto fique bem informado. Há apenas o comércio de um produto que recebe o nome de “informação e notícia”. Esse produto é quase sempre composto de recortes fidedignos da realidade, e por isso são tão facilmente digeridos pela maioria das pessoas de boa-fé como se fosse verdade pura.

Esse produto, que deveria, no máximo servir de ponto de partida para a investigação da realidade, ganha o status de signo autossuficiente; isto é, algo que encerra em si mesmo seu significado. Toda a realidade alcançável ao cidadão mediano, que ainda vê o jornalismo como mais necessário interprete da estrutura da realidade.

É essa mídia que irá chancelar o estado, as ideologias e as “autoridades científicas” e, como num ciclo vicioso, os mesmos estados, ideologias e “autoridades científicas” a retroalimentarão. A realidade se torna a nova mística intangível ao homem comum; este deu à imprensa o poder de sacerdote, rei e profeta, como um intermediário perfeito de uma verdade perfeita, por isso, incompreensível sem o evangelho diário de notícias e opiniões.

Xavier Zubiri constata que o saber, o conhecer, relaciona-se a ater-se modestamente à realidade das coisas, isto é, à inteligência senciente: eu descrevo a realidade, percebo o mundo, percebo a maneira como eu me relaciono com meu próximo através da minha inteligência senciente, através dos meus cinco sentidos e da minha capacidade de perceber os fatos.

Já Walter Lippmann, jornalista americano do século XX, criador do termo Guerra Fria, propõe que a mídia passou a ser uma ferramenta de engenharia social tão poderosa que as pessoas não conseguem mais manter qualquer tipo de conversa baseada na percepção da realidade. As pessoas debatem sobre imagens mentais da realidade, porém essas imagens não são feitas pelas pessoas, digamos, comuns. São construtos elaborados a partir da principal fonte de alimentação do imaginário das pessoas: a mídia.

O que houve, no fim das contas, foi um processo lento, gradual e altamente efetivo da substituição da inteligência senciente pelas imagens mentais, isto é; um seguro simulacro da realidade criado dentro da cabeça de cada um, monocromático como um velho jornal impresso, monotemático como a velha mídia, raso o suficiente para ninguém se afogar. Uma vida inteira observando sombras de um mito da caverna platônico.

As poucas portas de saída desse império de miséria intelectual são guardadas a sete chaves por gente que também não conhece de fato a realidade. São como oráculos charlatães que fingem ter algum conhecimento do mundo espiritual, mas no fundo são ateus materialistas. Eles vivem na mesma miséria que o povo aprisionado, mas ali eles têm poder. O poder pelo poder, como diz O’Brien a Winston em 1984.

A solução deste impasse, obviamente, passa pela retomada da inteligência, pela recuperação do domínio da linguagem, e não pela destruição do jornalismo, que pode e deve existir: como uma ferramenta que nos ajuda a investigar e averiguar certos aspectos da realidade, e não mais como uma lente delimitadora desta.

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COMPORTAMENTO


A vingança dos Nerds
(por Robson Oliveira)

Filmes e séries são a base cultural da maioria das pessoas atualmente. Por esta razão, é comum que enlatados norte-americanos simplifiquem a percepção de seus expectadores com relação, por exemplo, à família, à sexualidade, à educação, à religião. Os mesmos programas forjam estereótipos físicos e morais, os quais impactam fortemente os indivíduos. Nestas obras, sempre há o negro engraçado e gente boa, a loira bonitona e idiota, a morena inteligente e feminazi, etc. Dentre os clichês mais comuns, está o nerd feio, irrelevante, imbecilizado. As produções apostam nestas simplificações – que são fundamentalmente imprecisas e mentirosas – pela mesma razão pela qual um compositor escolhe criar uma música com quatro acordes: o conteúdo é de fácil absorção. O rebuscado, o sofisticado, o complexo exige tempo e esforço para a assimilação, mas a urgência por consumo de nosso tempo, a carência de meditação e aprofundamento, a incapacidade de refletir sobre a verdade do mundo impedem histórias mais ricas e realistas, dificultam relatos mais justos e precisos. Junte-se a tudo isto o objetivo precípuo de enganar e manipular as massas em favor da revolução comunista e você entenderá o porquê de tantas falsificações nos filmes e séries.

De fato, nem todo negro é gente boa, nem todo homossexual é agradável, nem toda loira é burra, como querem fazer crer filmes e séries norte-americanos. E também nem todo nerd é irrelevante. Com efeito, os homens de ciência, especialmente os da ciência empírica e tecnológica, constituem elemento distintivo do espírito do ocidente: a preponderância da razão sobre o mito, dos fatos sobre as opiniões, da verdade sobre erro constitui a essência mesma da alma do ocidente, que superou em muito o espírito do oriente precisamente pelo predomínio da realidade sobre suas idealizações. De fato, o pensamento científico supera grandemente a mitologia oriental, mas há nele também uma armadilha.

A racionalidade não contém apenas o pensamento científico. Nem só de experimentos vive o espírito humano: dados, análises, sínteses empíricas são só uma parte – uma parte importante, deve-se dizer, mas só uma parte – do potencial racional da alma humana. Nem só de empiria vive o ser humano. Para além da pipeta e do telescópio, há arte, religião, amor! Nada disso cabe no laboratório. Eis aqui o nó da questão.

Ao aceitar o discurso de Hollywood, enfiado há tanto tempo nas produções cinematográficas, o nerd tecnológico sente a necessidade urgente de provar para si mesmo e para o mundo que não é irrelevante. Sente a necessidade de demonstrar que a ciência e a tecnologia são mais importantes que as tergiversações das ciências humanas. Enfim, o nerd precisa provar ao mundo que não é imbecil e que sua existência faz diferença no mundo. E na medida em que se tornou homem poderoso e bilionário, realiza esta tarefa submetendo o mundo à sua volta ao modo de ver das ciências empíricas e tecnológicas (que é o único modo que conhece).

Para provar que não é imbecil, para demonstrar ao mundo que não é idiota, a fim de manifestar sua perspicácia e razoabilidade a todos, o nerd bilionário e poderoso se vinga do mundo impondo pautas e reprimindo valores que ele despreza, pois não os conhece. Sem qualquer formação específica – muitas vezes apenas com o que consegue reunir num texto pequeno do Wikipedia – o nerd vingativo acredita ter entendido a difícil relação entre liberdade humana e saúde e define, com sua visão míope e deformada sobre a natureza humana (afinal, ele nunca estudou antropologia e metafísica de verdade, ele só se preocupava com números e fórmulas) que a liberdade em todas as suas variantes pode ser sacrificada em nome da saúde física de alguém. E com uma só “programada” são desprezadas liberdade de opinião, liberdade de expressão, liberdade de pensamento, liberdade de pesquisa, liberdade de religião, tudo em nome de um benefício sanitário que, olhando de perto, ninguém realmente sabe se virá.

O nerd vingativo não conhece a história do Círculo de Viena, jamais ouviu falar de Thomas Kuhn e tem horror ao que leu na internet sobre Paul Feyerabend. Não conhece o surgimento do Science Studies e muito menos do movimento 4’s, mas mesmo assim crê que é capaz de definir os rumos da humanidade a partir da perspectiva “objetiva” e “desinteressada” das ciências empíricas e tecnológicas. E assim, sem perceber, torna-se o idiota caricaturado por Hollywood, o imbecil que acredita ter a única chave que abre a realidade ao homem: a chave da tecnologia e da ciência empírica. Idiota! Como representar Deus com 0 e 1? Em que pipeta encontram-se a honra e a dignidade humanas? Onde se podem encontrar os dados empíricos que demonstrem o amor e a esperança na alma? Com que equipamento poder-se-á criar quadros e óperas belas? Só um imbecil poderia acreditar que estes elementos da vida comum do homem são resumidos ou substituíveis pelas ciências. Mas o nerd bilionário acredita saber o lugar da saúde física do indivíduo, no conjunto da vida humana, e que a saúde espiritual deve submeter-se à saúde do corpo (ele não é muito religioso, afinal); o nerd bilionário crê saber o suficiente sobre formação humana para obrigar escolas a adotarem métodos pedagógicos que violem a essência humana com relação à sexualidade e à família em favor de um futuro igualitário e menos violento (ele sofreu muito bullying na escola); o nerd bilionário pretende fazer do mundo um lugar de mais paz e harmonia (a vida foi dura com o nerd bilionário).  O que ele não sabe – porque nunca gostou muito de filosofia nem de história – é que as tentativas de forjar a igualdade, a fraternidade, a liberdade a partir do homem resultaram em menos liberdade, aumento significativo da desigualdade e com a crise da fraternidade. Forcas e guilhotinas foram o salário do reducionismo francês, que limitou o homem ao meramente político. A redução do homem ao que é meramente mensurável, pelo nerd bilionário, pode não ter o resultado igualmente cruento, mas parece apontar para um final igualmente desumano.

O que o nerd bilionário ainda não entendeu é que a irrelevância e a idiotice, que acredita ser imputada a ele pelas pessoas, na verdade é a narrativa de globalistas e comunistas muito bem orquestrada. Não é o mundo que vê o nerd como um idiota, mas Hollywood e as forças políticas que comandam a indústria. E sem saber, ao submeter suas empresas ao politicamente correto, ao emprestar seus recursos a causas defendidas por Hollywood, ao financiar ONG’s progressistas e com conteúdo comportamental, o nerd bilionário só reitera o preconceito contra si mesmo e promove o vírus que o despreza e quer vê-lo destruído.

A vingança do nerd bilionário se parece com aquele personagem do desenho animado, que pretendendo atacar o inimigo a sua frente, corta o galho onde está assentado.

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CULTURAL


Os clássicos na sala de aula: um processo de reconquista
(por Leônidas Pellegrini)


Há muito tempo que o que se ensina nas escolas, no que hoje é o ensino médio, não é literatura. No máximo, ensinam-se algumas noções para lá de superficiais de teoria literária e uma pincelada geral e insuficiente de história da literatura.

Não é de hoje, pois, que a literatura escolar é encarada como matéria chata, maçante. Pincelam-se características de escolas literárias, nomes de autores e obras, veem-se alguns resuminhos de livros - na minha época de colegial, nos anos 90, ainda tínhamos que ler alguns livros (um por bimestre) na íntegra, sem grandes orientações, direcionamentos, nada, mas, mesmo assim, ainda era algo mais substancial.

Nos anos mais recentes, a coisa tem ficado ainda pior. Não há exigências de leituras, listas de livros, e os jovens, mais e mais viciados nas telas, estão cada vez mais rapidamente perdendo o trato com a língua e sendo direcionados ao progressivo esvaziamento da linguagem. Isso torna ainda mais difícil e hermética a leitura dos clássicos. Um Camões, um Machado de Assis, um Camilo Castelo Branco tornam-se para os alunos quase que representantes do idioma klingon.

Nos meus dez primeiros anos como professor, de 2009 a 2019, tive poucas oportunidades de trabalhar com literatura. A maior parte desse tempo estive ensinando noções elementares de gramática – quando não alfabetizando - para adultos, ou ensinando inglês básico para crianças e adolescentes. Duas vezes tive a ocasião de trabalhar mais propriamente como professor de “literatura”, por brevíssimo tempo, em uma escola particular de ensino médio e em um cursinho em Campinas, mas as circunstâncias e as diretrizes das escolas me relegaram à função de “ensinador dos resuminhos da lista do vestibular”.

No entanto, a partir de 2020, sob a intercessão de São José de Anchieta, novos caminhos se abriram para mim. Passei a trabalhar em um Instituto Federal, onde, apesar da carga horária reduzida para disciplina de Língua Portuguesa (três aulas semanais em vez de cinco ou seis, como costuma ser nas redes regulares do ensino propedêutico), a carga de trabalho de 40 horas semanais abre espaço para os professores trabalharem projetos de pesquisa, ensino ou extensão. Concentrei-me em desenvolver projetos de ensino nos quais, a partir da leitura, análise e discussão de clássicos da literatura com os alunos participantes (na faixa entre 14 e 17 anos), tencionava, com passos de formiguinha, ir tentando esboçar algum resgate de inteligências infelizmente corrompidas por uma alfabetização socioconstrutivista e anos de negligência com a língua materna.

A coisa começou bem. Com um grupo animado e participativo, íamos destrinchando, para além dos resumos das aulas regulares, Gil Vicente. Começamos com a leitura do Auto da Barca do Inferno, e íamos conversando sobre a história de Portugal, o Portugal do século XV, os personagens da peça, a linguagem, até que... No meio do caminho, teve uma pandemia.

As aulas foram suspensas por duas semanas, e naquele tempo eu ainda tinha a ingenuidade de achar que as coisas seriam como foram em 2009, quando por ocasião da gripe suína houve uma suspensão de aulas por duas semanas e depois tudo voltou ao normal. Mas não foi assim que aconteceu. As atividades retornaram num modelo EAD precário, com postagens quinzenais de conteúdos, o que vigorou até o final do ano.

Os professores podiam escolher ou não retomar seus projetos da forma que fosse possível, e foi o que fiz, retomando nossos encontros de maneira virtual, mas as coisas já não eram mais as mesmas. A rotina dos alunos havia sido toda bagunçada, a dinâmica das aulas foi quebrada, eles demoraram a se adaptar com a nova – e péssima – estrutura de ensino e isso se refletiu nos projetos. Ao final daquele semestre, sobrava-me um aluno apenas, dos 20 iniciais, que no entanto acompanhou avidamente o restante dos trabalhos com as peças vicentinas selecionadas – além da trilogia das barcas, a Farsa de Inês Pereira, O Velho da Horta e o Auto da Lusitânia. E este mesmo aluno foi o único que, no segundo semestre, sorveu com entusiasmo cada verso da lítica camoniana. Foi bem pouco perto do que eu tinha planejado, mas já foi alguma coisa.

Este ano já começou melhor, apesar das aulas presenciais ainda sem previsão de retorno. Tivemos as chamadas aulas síncronas, que foram as aulas no horário regular via plataforma Google Meet. Isso foi importante para que os alunos voltassem a se acostumar com uma rotina de aulas e ajudou com o andamento dos projetos de ensino. Com uma turma já maior e fixa do início ao fim do semestre, mista de alunos ingressantes e alguns que voltaram do ano passado, trabalhei a literatura de São José de Anchieta, por cuja intercessão sempre rezo antes das aulas. Afinal, o primeiro poeta e teatrólogo da literatura no Brasil merece uma atenção maior que o espaço de nota que rodapé que lhe é relegado nos manuais didáticos.

O processo foi bom. Lemos as líricas portuguesa, tupi e parte da castelhana (que fui traduzindo para eles) e os alunos puderam ampliar suas noções de história de Portugal e do Brasil, teoria literária, versificação e até mesmo história cristã, pois a lírica anchietana é recheada de poemas dedicados a santos mártires da Igreja, como São Maurício, Santa Úrsula, São Sebastião e São Lourenço, que se tornou o grande “queridinho” da turma, sobretudo daquele aluno que me acompanha desde o ano passado.

Além da lírica, também trabalhei o Auto Representado na Festa de São Lourenço e um trecho do De Gestis Mendis de Saa - primeiro épico escrito no Brasil – em que se contam as proezas e a morte de Fernão de Sá, um dos heróis esquecidos de nossa história. Em ambos os casos, uma boa leitura dramatizada acabou se revelando fundamental sobretudo para encantar os alunos, que se impressionaram muito com a verve do jesuíta. Ainda, no último encontro, lemos um pequeno trecho do De Beata Virgine Dei Matre Maria, referente à Paixão de Cristo, com que os alunos se emocionaram muito.

É claro que os resultados imediatos desses trabalhos não foram ainda os ideais, mas já são bem promissores - até porque, os resultados esperados não são de curto, mas longo prazo. O mais importante é que é nítido que os alunos começam o projeto com uma inteligência e saem de lá com outra, pois alguma modificação já é operada em seus espíritos.

Para o semestre que vem, após as férias de julho, pretendo trabalhar com eles a poesia barroca, tanto de Portugal como do Brasil, para além dos três ou quatro poemas de Gregório de Matos trazidos nos manuais didáticos e lidos entre bocejos nas aulas regulares. Pretendo apresentar-lhes Góngora e Quevedo, para que eles possam entender de onde vêm as tendências do Barroco ibérico, além de trabalhar com eles Manuel Botelho de Oliveira e Sebastião da Rocha Pitta, entre vários outros poetas esquecidos das academias dos Renascidos, Esquecidos e Seletos, e também alguns poemas da esquecida lírica portuguesa do Padre Vieira.

Não será trabalho fácil, mas será – como já é – bem prazeroso. Para projetos futuros, as possibilidades são inúmeras e, para além dos clássicos, já vislumbro o trabalho com a boa literatura contemporânea, com escritores como Fábio Gonçalves, Luiz Cézar de Araújo, Yuri Vieira, Alexandre Soares Silva, Elton Mesquita, entre tantos. Isso sem contar com a literatura estrangeira, os clássicos gregos e latinos, a literatura medieval, enfim, são possibilidades e mais possibilidades. O que sei é que não vou parar.

Que São José de Anchieta me ajude nesse processo de reconquista do intelecto. Que ele rogue por nosso país, nossas letras, nossa educação, nossa inteligência e nossas almas. Amém.

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COMPORTAMENTO



A importância do registro
(por Alexandre Costa)

Pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro Heródoto


No artigo anterior abordamos um texto do Século XVI, do autor Étienne de La Boétie. O trabalho[1] é de 1563 e sobreviveu todos esses anos graças a uma peculiaridade: foi registrado em um meio material. Sejam em papiros, pergaminhos ou nos “modernos” papéis, o registro do conteúdo permitiu que as sociedades pudessem acumular e compartilhar os conhecimentos dos antepassados de forma a progredir e evitar a repetição dos erros cometidos ao longo do tempo.

É claro que o conhecimento sempre foi transferido entre as gerações de outras maneiras, principalmente pela oralidade da tradição, mas sempre – ou pelo menos quase sempre –, os pontos essenciais desse conteúdo acabaram sendo registrados de alguma forma em algum momento. Em outras palavras, o legado daqueles que viveram antes precisou de um registro, um suporte material para chegar até nós. Foi assim com o Pentateuco escrito por Moisés, com os Evangelhos e com as mais importantes obras da Antiguidade que chegaram até os dias de hoje.

O registro histórico permitiu, portanto, manter o passado vivo e acessível durante o passar do tempo. Sem essa possibilidade, dificilmente poderíamos conhecer o processo de formação do presente e, mais ainda, a própria consistência do nosso atual estágio do conhecimento. Nenhuma sociedade sobreviveria, ou mesmo poderia ser considerada desta forma se a sua essência fosse toda baseada na efemeridade e na inconstância circunstancial.

Tudo isso pode parecer óbvio, e creio mesmo que seja, mas como em nossos dias convivemos com uma cultura cada vez mais fugaz, com as tecnologias digitais tentando substituir a materialidade das documentações, e onde os fatos do passado só importam quando podem ser instrumentalizados a favor de interesses ideológicos momentâneos, torna-se urgente recuperar a importância dos registros, ao menos para aqueles que desejam viver em sintonia com a realidade. No passado, no presente e, dentro do possível, em um futuro minimamente compreensível.

Atualmente quase todas as nossas interações acontecem por meios digitais. Da imprensa ao estudo, das manifestações públicas às interlocuções privadas, tudo tem sido feito de uma forma muito mais efêmera do que em qualquer outra época da História.

Para piorar, a influência ideológica em todas as condutas humanas, fenômeno que já alcança todas as camadas da vida em sociedade, tende a reescrever o passado conforme a circunstância momentânea. E se essa tendência – que não parece ter um fim no horizonte visível – não for abandonada, qualquer referência à realidade estará sempre submetida aos interesses de quem controla os meios de comunicação e a circulação de informações.

Em 1984 o personagem principal, Winston Smith, tem como trabalho reescrever a história de acordo com os interesses do governo. Sua função no Ministério da Verdade consiste em adequar notícias antigas ao mais recente discurso governamental. O Big Brother, para manter o poder, precisa dessa transformação da realidade. Mesmo antes dos sites, dos e-mails, dos e-books e das redes sociais, as possibilidades de deturpar e censurar a verdade já estavam desenhadas na distopia de George Orwell.

Toda e qualquer forma de tirania sempre dependerá da distorção da realidade. Sem registros físicos esse fantasma estará sempre a nos assombrar.

E a única forma de enfrentar esse pesadelo é fomentando a produção de registros materiais, principalmente escrevendo e lendo livros. Não é por outra razão que Ray Bradbury, em outra famosa distopia, Fahrenheit 451, prevê o livro como maior inimigo do poder tirano, e como única forma de constituir uma resistência robusta contra o os abusos de um déspota.


[1] Discurso sobre a servidão voluntária.

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(Eu havia parado de publicar matérias da revista "A Verdade" do JCO desde a minha edição X, devido a um problema que deu com a minha assinatura da revista. Continuo a recomendar que a assinem e prestigiem seu conteúdo. Volto então a partir daqui a incluir publicações da revista como costumava fazer.)


REVISTA "A VERDADE" - Ed. 46, de 19/07/2021
(Uma publicação digital semanal do Jornal da Cidade Online)

OPINIÃO

Não! A universidade não é para todos!
(por Carlos Adriano Ferraz)


Na quarta-feira passada, dia 14 de julho, foi o último dia de inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2021.

Isso me fez refletir sobre o atual estado de nossas universidades, sobre quais têm sido seus recursos humanos e em que medida eles sabem qual o propósito de uma universidade.

Há anos, sustento contra o mainstream acadêmico, predominantemente de esquerda, que a universidade não é para todos. Em meu juízo, ela deve estar associada a um projeto que remonta às suas origens: assegurar o ‘pleno desenvolvimento humano’ (das capacidades essencialmente humanas – cognitivas e morais) e a ‘prosperidade’ (em todos os planos – material e “espiritual”). Não apenas isso, ela deve ser, em minha opinião, paga por todos aqueles que estão em condições econômicas de subsidiar seus próprios estudos. Àqueles comprovadamente sem condições econômicas, mas com habilidades que lhes podem assegurar excelência no desempenho acadêmico, cabe, segundo vejo, o subsídio mediante bolsas (estatais ou privadas) e outros tipos de fomento, como alimentação, moradia, etc, (sendo imperioso que seu desempenho seja acompanhado e auditado continuamente pela instituição de fomento). Afinal, é de interesse social termos excelentes professores, médicos, advogados, engenheiros, etc. Afinal, sua excepcionalidade causa, em alguma medida, um impacto expressivo sobre a prosperidade social. Dito de outra maneira, a prosperidade do indivíduo reflete, em alguma medida, no seu entorno. Essa é, aliás, a história da formação da riqueza das nações.

Portanto, universidades não concernem apenas à realização individual, egoística: envolvem a prosperidade humana (‘bem comum’). Elas são parte daquelas instituições que surgiram para resguardar e fomentar certos ‘bens fundamentais’, como verdade, virtude, etc, e isso tendo em vista a realização do ‘bem comum’, isto é, o bem de todos os indivíduos como condição para o bem de cada um deles.

Não obstante, sendo professor universitário há quase 20 anos, (15 deles em uma universidade federal) percebi que a universidade tem por décadas deixado de lado esse propósito. Pelo menos desde que sou professor universitário, percebo que a universidade se tornou, em grande medida, um instrumento para a propagação de ideias que, desafortunadamente, visam ao colapso dos pilares que asseguraram o estabelecimento da civilização ocidental: liberalismo, valores morais cristãos, etc. Noutros termos, as universidades têm mantido uma agenda antiocidental, antiliberal, anti moral, anti empreendedorismo, anticristã, ou seja, contrária a tudo aquilo que passou pelo que o filósofo Russell Kirk chamou de “princípio da consagração pelo uso”.

Exemplo do que afirmo está no hoje escancarado proselitismo político realizado desde dentro de nossas universidades, sobretudo nas públicas (mas crescentemente também nas privadas – vejam que mesmo universidades católicas têm, não sem escândalo para alguns católicos, defendido o laicismo e pautas como aborto, ateísmo, ideologia de gênero, etc). Basta uma rápida visita aleatória a um site de alguma universidade para percebermos que elas estão comprometidas não com a verdade, com o conhecimento, mas com uma ideologia torpe. Na verdade, em minha opinião as ideias mais lesivas e abjetas têm surgido desde dentro da universidade: ideologia de gênero, dissolução da estrutura familiar “tradicional”, “bandidolatria”, mentalidade anticapitalista, promoção do aborto e da promiscuidade (“poliamor”), relativização do conhecimento e da moral, pedofilia (muitas vezes chamada de “sexo intergeracional”), etc, estão entre as ideias que, de tão estúpidas e pervertidas, somente “universitários” proporiam, uma vez que elas violam gravemente o bom senso, isto é, o senso comum – a “sabedoria popular comum”, a qual foi consolidada pela “consagração pelo uso”.

Nesse sentido, penso que uma política educacional eficiente para as universidades deve, primeiramente, fazer um diagnóstico do atual estado de coisas, para, então, resgatar sua função mais elementar: assegurar a prosperidade material e “espiritual” (individual e social).

E qual o diagnóstico?

Especialmente desde a última corrida eleitoral para a presidência da República (2018) foi escancarado aquilo que a maioria já sabia: nossas universidades, especialmente a partir de sua “elite”, ou seja, daqueles que ocupam os postos de chefia na administração, nos sindicatos, nos diretórios acadêmicos, etc, foram instrumentalizadas para atenderem não mais à busca pela verdade, pelo progresso, etc, mas para a defesa de uma visão política desastrosa e ineficiente: a visão que poderíamos chamar de ‘esquerdista’ (ou ‘progressista’), a qual tem dominado nossas universidades e causado seu aviltamento a um altíssimo custo econômico (bilionários) para os pagadores de impostos e para a sociedade civil em geral. Ou seja: a população paga caríssimo para ser degradada.

Nesse sentido, há uma crescente exacerbação da histeria dessa minoria beneficiária das benesses estatais para a educação superior, especialmente em oposição qualquer programa liberal/conservador que pretenda justamente resgatar a universidade das mãos dos bárbaros e focar em propósitos como ‘eficiência’, ‘meritocracia’, ‘empreendedorismo’, ‘sucesso’, ‘constitucionalidade’, etc. Todos esses termos são, hoje, sacrílegos dentro de nossas universidades, de tal forma que aquele que os evoca é imediatamente proscrito.

Sem embargo, como sabemos, a estratégia mais evidente da esquerda universitária sempre foi causar transtornos aos que querem realmente estudar e trabalhar (com paralisações, invasões, manifestações, etc), assim como elaborar falsas narrativas, degradar qualquer programa de governo que pretenda transformar a universidade em um móbil para a prosperidade, hostilizar e vilipendiar todo aquele que ouse pensar criticamente e de forma descentralizada, etc

Não obstante, o que essa minoria histérica está fazendo é prática comum da esquerda desde que ela passou a ocupar espaços nas universidades, na mídia e no meio artístico: constroem narrativas falsas e insistem nelas ad nauseam. Ou seja: mentem perseverantemente. Eles seguem rigorosamente aquela notória frase atribuída a Joseph Goebbels (Ministro da Propaganda da Alemanha nazista), a saber: “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”. Isso nos mostra não apenas a raiz totalitária da esquerda (sua inspiração em hediondos regimes totalitários e genocidas como nazismo, fascismo e comunismo), mas também deixa claro por que não surpreende que eles jamais recuem em seu discurso mentiroso (seu único arrependimento é – e isso é reconhecido por eles mesmos - não terem instrumentalizado, além das universidades, irreversivelmente todas as nossas instituições).

Assim, não nos iludamos: a mentira (por eles chamada, pomposamente, de “narrativa”) está construída e eles insistirão nela de forma resoluta e inconvertível, mesmo após a derrota nas urnas. Na verdade, mentir é inerente ao seu projeto e, especialmente, à sua psicopatologia. Mais do que isso, eu diria que a mentira está no DNA da esquerda, especialmente desses movimentos que tomaram as universidades e seguirão insistindo na mentira por eles construída. Observem, por exemplo, que eles sustentam, dentre seus princípios, o relativismo. Ou seja, para eles não existe o ‘certo’ e o ‘errado’, o ‘verdadeiro’ e o ‘falso’, o ‘belo’ e o ‘feio’, etc. Noutros termos, é por uma questão de princípio que eles são apoiadores da mentira, da falsidade, da feiura, etc. Ou seja, eles desprezam aquilo que faz parte de nosso senso moral comum, bem como rejeitam os fatos e a ciência, mesmo quando se trata de defender suas visões patológicas de mundo. Observem o que estão fazendo agora, nesse contexto pandêmico e em relação à chamada “CPI circense”, cujo propósito é tão somente vilipendiar o presidente da república.

Em suma, estamos nos referindo a mentes disfuncionais que visam espraiar suas ideias perturbadas para a sociedade civil. E, dentre essas ideias, está a de que tudo é “construção”. Logo, para eles não importa a verdade. Por essa razão o que estamos acompanhando, nesse momento, é precisamente a máxima de Goebbels sendo aplicada de uma maneira que causaria inveja mesmo nos propagandistas nazistas. Eis a razão de eles insistirem histericamente em mentiras, como nas que seguem sendo propagadas, por grupos desde dentro de nossas universidades, contra Bolsonaro, seus ministros, seu plano de governo e seus correligionários. Não esperemos desses grupos, pois, a verdade. Eles não estão comprometidos com ela, mas apenas com suas ideias doentias e em tornar também doente a sociedade, o que, aliás, eles já têm feito de forma razoavelmente bem sucedida, especialmente ao defenderem, por exemplo, a destruição da família “tradicional”, a promiscuidade como estilo de vida, a drogadição como algo glamouroso, a vitimização do criminoso, o fim da propriedade privada, o cerceamento à liberdade (controle da mídia), políticas intervencionistas, a ideia de que a universidade deve estar aberta a todos irrestritamente, etc. Não apenas isso, rejeitam radicalmente ideias como as de “eficiência” e “meritocracia”, bem como insistem que a universidade deve ser “gratuita”, como se ninguém pagasse (caro) por ela.

Que fazer diante desse diagnóstico?

Mas o ponto é que Goebbels estava errado: a verdade sempre se deixa ver. E, como diz a sábia frase bíblica, “e conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará”. Nesse momento estamos nos tornando mais livres na medida em que cada vez mais é esclarecida, por exemplo, nossa história. Assim, o que estamos vendo não é o crescimento de um “projeto fascista e de extrema direita .... ultraliberal ... e de ações de ódio”, mas um resgate de nossa autoestima e da prosperidade individual e social. E esse resgate passa pelo refundamento dos pilares que foram sistematicamente fragmentados após décadas da influência nefasta da esquerda desde “cima”, ou seja, desde a universidade. Dentre esses pilares, cabe resgatarmos a liberdade em todas suas expressões, bem como as ideias de prosperidade (e os meios que a asseguram, como uma economia de mercado e valores morais, por exemplo), constitucionalidade (respeito por nossos princípios, pela lei e pela ordem), eficiência e fraternidade. Esses são, com efeito, alguns pilares sobre os quais podemos alicerçar uma sociedade próspera e fraterna. E, embora esses sejam os pilares sobre os quais a maior parte da população queira refundar o Brasil, eis que os bárbaros insistem, desde a universidade, em não apenas rejeitar tudo aquilo que assegure nossa prosperidade: rejeitam, destilando ódio e propagando mentiras ao fazê-lo, o que a maioria da população realmente deseja, a saber, um projeto de governo no qual encontramos a proposta de reconstrução desses pilares com vistas à prosperidade individual e social. E isso inclui resgatarmos a universidade, constatando que dela têm surgido, nas últimas décadas, as maiores ameaças à segurança e à prosperidade. Não há como o Brasil prosperar sem uma intervenção nas Universidades, fomentando nelas tudo aquilo que conduz à prosperidade e, sobretudo, resgatando sua designação para a verdade e para liberdade. Isso implica em reconhecermos o sentido de “superior” em ensino superior: A universidade é um âmbito de excelência com vistas à prosperidade. Portanto, ela não é nem para todos nem para que a usem para outros fins, seja para “pesquisas” (sobretudo nas humanidades) restritas à diversão pervertida de seus autores, seja como instrumento da esquerda..

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A ditadura cubana enterrou o povo na mais profunda miséria e o separou do resto da humanidade por 62 anos
(por Cândido Neto (Mafinha Summers))

Uma semana já se passou desde o início da maior onda de protestos antigoverno que Cuba já presenciou. Confesso que estou profundamente surpreso com o que tem acontecido na ilha maravilha dos comunistas.

Confesso também que estou preocupado com os resultados do processo. Cuba, há 62 anos, é refém de uma ditadura genocida que enterrou seu povo na mais profunda miséria humana e o separou do resto da humanidade.

O povo cubano é o gado de abate dos líderes do partido comunista e por gerações foi confinado a um mundo que parou no tempo.

Aparentemente, a informação descentralizada da internet impôs a sua força, assim como impõe sempre em qualquer ditadura, e fez também com que o povo se revoltasse.

Eu fico imaginando o quanto o povo cubano teve que suportar para chegar na escolha “ou morro de fome ou morro nas mãos da stasi cubana”. Infelizmente, os cubanos estão abandonados à própria sorte.

Os EUA não irão intervir de maneira alguma. Engana-se quem acha que se Trump fosse presidente seria diferente. Não seria. Para Republicanos e Democratas, Cuba é um ótimo lembrete do que o comunismo faz com um país.

No caso democrata, uma ilha a menos de 120 km da Flórida, uma guerra civil que poderia durar anos , seria um desastre para a propaganda geopolítica do partido que é conhecido por fomentar guerras fracassadas pelo mundo.

Já para os republicanos, a esperança dos cubanos exilados na Flórida permite um curral eleitoral constante que dá a vitória eleição atrás de eleição aos conservadores.

Portanto, dos EUA os cubanos não terão ajuda nenhuma.

Quanto à China e à Rússia, sabemos que governos autocráticos e ditaduras não são problemas para eles. Aliás, quanto mais autocrático melhor. Afinal, hoje a grande batalha não é entre comunismo e capitalismo, mas sim entre democracias liberais e sistemas autocráticos.

Por enquanto, no mundo as autocracias têm se saído muito melhor que as nossas democracias liberais.

As repercussões dos protestos em Cuba podem ser decisivas para as eleições do ano que vem no Brasil. Muita gente que estava galvanizada na ideia que Bolsonaro é um ditador em potencial, e já pendia para a narrativa de esquerda liberal dos petistas, teve a lembrança viva do pensamento dos líderes do partido.

Lula veio a público defender a ditadura cubana, apesar da imagem dos assassinatos de manifestantes. Esse delicado pêndulo eleitoral no Brasil teve mais um componente adicionado. Não somente nas eleições, mas também na ideia proibida que permeia a cabeça de 9 entre 10 militares, a intervenção militar.

Impedir que Brasil se torne uma Cuba ou uma Venezuela passa a se fazer necessário, na democracia ou não, pensam nossos militares.

A história se repete como farsa, assim dizia Karl Marx. A farsa do comunismo e o que ele desperta nas pessoas está levando não somente Cuba para o buraco mas todos os latinos. Cuba é um câncer na América Latina e, assim como sua criação provocou a enxurrada de ditaduras no continente, sua queda provocará a mesma coisa. Ainda estamos longe do fundo do poço.

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CULTURAL

Livro desvenda as origens do fanatismo ideológico
(da Redação)

A história se repete! Em 1904, o historiador francês Albert Mathiez apresentou um profundo estudo sobre o fanatismo político, que foi base para sua tese de Mestrado na Universidade de Sorbonne, na França. Ao examinar os cultos das Revoluções Francesa e Bolchevique, sua obra, Fanatismo Ideológico – As Origens dos cultos revolucionários, consegue lançar luz sobre toda a política contemporânea.

Se os revolucionários de ontem falavam em neoliberalismo, a reforma agrária, distribuição de renda e direitos do trabalhador, os de hoje concentram-se em questões de divisões identitárias: raciais e de gênero. Os de ontem combatiam intolerâncias, corrupção e perseguições políticas; os de hoje não se envergonham de fechar os olhos para os escândalos, se for para defender sua causa ideológica.

Lançado pela Avis Rara, selo da Faro Editorial, a obra lança luz sobre o momento presente, ajudando-nos a compreender a estranha realidade que nos cerca. Afinal, como é possível, por exemplo, que idolatrem o ex-presidiário Lula, um notório corrupto que causou tanto mal ao Brasil?

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PALAVRA DE OLAVO DE CARVALHO!


(18/07/2021)

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OPINIÃO DO AUTOR

De Indústria Brasileira à flango flito
(por Ricardo Pagliaro Thomaz)
20 de Julho de 2021

Estava conversando esta semana em um grupo de WhatsApp. Não sou afeito a grupos, faço parte de poucos deles, mas este eu considero importante. Enfim, estava lá, e fomos interpelados por um amigo meu que tem um grande alinhamento com as ideias conservadoras, o empresário ribeirãopretano Weder Teixeira. O assunto era sobre a declaração estapafúrdia do embaixador do PCCh, que disse que "o povo é Deus". Indignado com tal declaração que afronta a realidade das coisas, esse meu amigo disse o seguinte: "Pergunto a todos: o que cada um aqui faz para não comprar nada da China, salvo Taiwan, para deixar esse imbecil mais furioso e mostrarmos que aqui ele não apita nada?"

Fiquei muito agradecido dele trazer essa questão à tona, e me coloquei a divagar sobre o assunto. Isso é algo que ando pesquisando nos últimos tempos e vendo que nós não temos opção, ou se temos, ela é muito escondida de todos nós. Onde está a indústria brasileira de produtos? Porque o que parece agora, é que nem mesmo temos a indústria norte-americana de produtos, ou a indústria de outro país qualquer!

Parece que de repente todo mundo parou de produzir a não ser a China! Senão vejamos um exemplo: para comprar um brinquedo para minha filha hoje em dia, você só encontra produtos da China. Pega-Peixe, Cara-a-Cara, aquele brinquedinho do cachorro que te avança quando você tenta pegar o osso dele, e por aí vai!

Com eletrônicos, acontece a mesmíssima coisa! Esses fones de bluetooth que nós temos por exemplo, são todos produtos chineses, celulares são todos chineses, televisores, equipamentos eletrônicos de forma geral... são todos produtos vindos da China! Antigamente não era assim, muitos brinquedos que eu tinha quando criança você via lá atrás na caixa: "Made in Brazil", com todo orgulho e pompa. Então, meu questionamento é esse: onde está a nossa indústria, as opções brasileiras para quem não quer comprar da China? Se eu quiser comprar um celular brasileiro, um fone brasileiro, um brinquedo brasileiro, ou mesmo que seja americano, japonês... cadê os produtores? É só a China que produz agora?

As respostas foram bastante positivas ao meu questionamento, graças a Deus, porque sifgnifica que as pessoas estão atentas a isso. Um dos comentários de um membro do grupo foi excelente: "será que ninguém percebeu que o mundo todo tornou a China uma super potência? Chegou sub-repticiamente com preços baixos e produtos de péssima qualidade; será que ninguém percebeu que era o comunismo se engrandecendo a décadas?"

BINGO! Exatamente isso que aconteceu. A discussão seguiu, e eu tive muito a complementar, pois infelizmente é o que acontece hoje. A indústria do resto do mundo sumiu, desapareceu, e fica parecendo que a única opção que temos é a China. Precisamos urgentemente sair dessa lógica.

Eis outro exemplo: eu adoro comida árabe, italiana, japonesa, até a americana que eu fui lá experimentar em 2012 quando fui pra Flórida, eu gosto. Mas a melhor comida do MUNDO INTEIRO pra mim, ainda é a BRASILEIRA. Eu sou FÃ da culinária brasileira. Gosto muito inclusive da criatividade que o brasileiro tem até mesmo para incrementar pratos que vem de fora, aqueles sushis com frutas, por exemplo, que os restaurantes fazem.

E aí eu lanço a pergunta: não seria sensacional se a gente pudesse se gabar também de exportar outros produtos que não fossem somente a comida? Basta usar a imaginação: "olha só, tá vendo esse smartphone aqui? É brasileiro! O Brasil tá fera agora nisso, os melhores smartphones são brasileiros, você viu!", diria alguém de outro país. Já pensou? Mas cadê a indústria brasileira com MÃO DE OBRA pra produzir placas, chips, telas touchscreen, baterias, tudo brasileiro, para se fazer um negócio 100% MADE IN BRAZIL mesmo? Não tem. Precisamos recuperar urgente esse patriotismo nas pessoas.

A escola de inglês que eu trabalho, aqui na minha cidade, é 100% brasileira. O material, os livros, os áudios, os exercícios, e toda metodologia e didática desenvolvida pela escola é tudo daqui, feito e pensado pelos criadores. É tudo brasileiro. E faz o sucesso que faz. É a isso que me refiro.

Não estou querendo fazer apologia ao materialismo, pelo amor de Deus! Estou falando de uma nação, um povo tomar o seu destino nas suas próprias mãos, ao invés de ser dominado por um agente estrangeiro tirânico. É urgente termos novamente esse senso de independência nacional.

Felizmente, meu ponto foi compreendido. Meu amigo deu uma resposta que creio ser um tapa bem dado na nossa soberba, na nossa presunção... na nossa assídia. Inteligente e com uma retórica articulada, sua resposta foi para mim ponto de reflexão a isto, ao mesmo tempo que rogo às pessoas que também reflitam o assunto. Eis a resposta dele:

"Acredito piamente que toda ação gera uma reação. É A LEI DO RETORNO.

Fica a Lição Divina para toda a humanidade não continuar financiando mãos de obras escravas do outro lado do mundo.

Todas as nações foram beneficiadas e ganharam rios de dinheiro sobre trabalho escravo chinês, covardemente explorados desde 1949 por DITADORES E ASSASSINOS COMUNISTAS DAQUELE PAIS, onde o mundo inteiro tornou-se refém e agora todos estão escravos das mercadorias deles, em uma "zumbination" mundial por eletrônicos e demais supérfluos.

Sempre que a desumanidade e a tirania são impostas de forma direta ou indireta sobre um povo, o Todo-Poderoso manda o "preço a pagar" aqui embaixo; pois toda a causa tem uma consequência, e a punição a nosso mundo veio na forma desse vírus.

Isso me remeteu imediatamente àquela passagem bíblica em que os hebreus, depois de terem saído do Egito, começaram a procurar deuses falsos de novo, e reclamavam de Deus, e Deus permitiu que uns bichos causassem doenças no povo; morreram cento e poucas pessoas, e Moisés foi interpelado, até que Deus lhe mandou fazer uma estátua de serpente e colocar lá no alto. Quem a olhasse, se curaria. Na hora o povo tomou jeito e parou de fazer bobagem. Muito parecido com nossos tempos? Padre Paulo Ricardo sempre ensina aquela lição de Santo Tomás: "Deus não permitiria um mal, se dele não pudesse tirar um bem maior". Enfim, continuando a reflexão de meu amigo...

Para que a nossa nação brasileira não financie os algozes dessa mão de obra escrava, onde o partido comunista daquele país é quem aufere os lucros e nada retorna a seus habitantes (prova disso são eles serem obrigados a consumirem morcegos e tudo que os habitantes veem à frente, enquanto aquele MALDITO PARTIDO COMUNISTA É QUEM FICA COM O MELHOR DE TUDO).

Temos que nos unir agora e ajudar as nossas micros, pequenas, médias e grandes empresas aqui, desde o fornecedor de matérias primas ao produto final, tudo em uma cadeia 100% de fabricação nacional. Precisamos dar as mãos neste momento de crise e não comprar mais nada de industrias ou fornecedores daqui que contenham quaisquer itens importados da China, seja no todo ou em parte. Eu disponho-me pagar R$ 10,00 em um produto 100% nacional, em vez de pagar R$ 1,00 em produto idêntico, que tenha sido importado ou fabricado aqui com qualquer item produzido na China! Se o país inteiro adotar essa consciência, conseguiremos nos reerguer, pois a Lei do Retorno é tão justa e certa, que mesmo se ela estiver estática como um relógio parado, ela é capaz de acertar o mesmo horário duas vezes.

Que o surgimento desse vírus seja um momento agora de toda a nação brasileira refletir e darmos as mãos para salvaguardar a nossa economia, mantendo nossos empregos e os frutos que colhemos de nossos trabalhos. Nós temos qualidade e tecnologia que inúmeros países não possuem. Precisamos parar de cultivar aquele triste e negativo pessimismo chamado de "complexo de vira-lata", como se tudo o que é produzido aqui não prestasse, pois nações lá fora compram em grande quantidade produtos fabricados no Brasil e ainda revende a outros países também, ajudando a nossa economia e empregos aqui.

O mundo precisa se reeducar e aprender a consumir o essencial, como alimentos, roupas, calçados, moradia própria etc. Enquanto cada um ficar nesse vicio compulsivo por eletrônicos, a ponto de preferir passar fome e outras dificuldades para obter um celular 5G fabricado na China, apenas para mandar selfies, piadinhas, bom dia, boa noite etc, priorizando o supérfluo em vez do essencial, seremos escravos do maldito sistema do partido comunista chinês."

Diante disso, eu só posso aplaudir o sr. Weder Teixeira, dono dessa aspas aí de cima e uma mente realmente desperta. Agradeço imensamente a reflexão. Pensemos também no erro que cometemos e as medidas que poderemos tomar para repará-lo. E seguir em frente.

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HUMOR

(Tive o prazer e a satisfação de ver essa charge do meu amigo Giorgio Cappelli em produção, no traço inicial, enquanto nos aprofundávamos em discussões sobre viagens temporais e o futuro da humanidade pelos olhos da boa e velha ficção de grande alcance, à luz da gnose secular e dos registros da família Von Brawn)
(19/07/2021)



(01/07/2021)


""Ka$$abi" quer lançar #PacheCuzinho como presidenciável...coitado do #PacheCuzinho, mais um iludido da 3a Via..." (@SalConservador)
(15/07/2021)


"O cara é um "craque" da "sapiência", creio que ele até já descobriu que o presidente também foi o culpado da "morte do Mar Morto"." (@SalConservador)
(19/07/2021)


"@profpaulamarisa" (@SalConservador)
(20/07/2021)

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LEITURAS RECOMENDADAS

Hoje tem leitura dupla de novo! E hoje é pra aliviar a tensão lendo algo um pouco mais divertido do que o normal, e também de muita qualidade. E é nessa atmosfera que eu recomendo a True Outstrips, do meu grande amigo Giorgio Cappelli. Quem é o Giorgio? Ok, narração de TV: "Ele passou anos e anos de sua vida estudando em uma montanha deserta, formando seu intelecto, até que se fortaleceu eeeee..."... DÃÃÃ, MENTIRA! Hahahaha! Giorgio é um quadrinista, um cara como eu e você, um cara indignado com a ignorância e criativo com histórias; um cara antenado e curioso com o que acontece ao redor, e que também veio a admirar o professor Olavo, querendo assim homenageá-lo nessa série de tiras cômicas. Elas são ótimas para facilitar o entendimento da filosofia do nosso grande professor e filósofo e excelente material para apresentar o Olavo a seus filhotes! Então recomendo que você compre essa HQ sensacional para seu filho para que o cérebro dele ou dela não se transforme em um vegetal quando crescer, "ORA, POOORRA!!!"

Comprar

E o livro de hoje...

Hoje eu lhes trago um livro de um dos melhores cronistas brasileiros dos últimos tempos. Um sujeito igualmente divertido, profundo e que te faz refletir e dizer "puta merda, o maluco tá certo, é isso mesmo!". Gostaria apenas que vocês abstraíssem o prefaciador do livro (pule o prefácio, se quiser), é que também não dá pra pedir para o autor arrumar outro, então abstraia, e vá direto para a gema literária e para o delicioso texto em forma de crônicas, reflexões e histórias que o grande Alexandre Soares Silva nos traz. Afinal, com um título chamativo desses, vai me dizer que você não está nem um pouco curioso em ver as páginas do livro?

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