Edição V (Revista Terça Livre 94, Revista A Verdade 34, opinião e mais)

Resumo semanal de conteúdo com artigos selecionados, de foco na área cultural (mas não necessariamente apenas), publicados na Revista Terça Livre, da qual sou assinante, com autorização pública dos próprios autores da revista digital. Nenhum texto aqui pertence a mim, todos são de autoria dos citados abaixo, porém, tudo que eu postar aqui reflete naturalmente a minha opinião pessoal sobre o mundo. Assinem o conteúdo da revista pelo link e vejam muito mais conteúdo.



(Breve comentário do autor: normalmente eu não publico no blog matérias de teor mais político da revista, no entanto, acho isso das maletas descobertas pelo Allan dos Santos importantíssimo de divulgar, e como eu disse antes de que o foco é a cultura "mas não necessariamente apenas", cumpro nesta edição o "mas não necessariamente apenas". Dito isso, vamos lá.)

MATÉRIA DE CAPA

Velha mídia “descobre” denúncia de Allan dos Santos
(por Bruno Rodrigues)

Denúncia feita por Allan dos Santos há quase 9 meses foi publicada nesta semana, após ter sido motivo de deboche e descrédito pela imprensa tradicional.

Em julho do ano passado, o jornalista Allan dos Santos, fundador do Terça Livre, denunciou a existência de maletas de escutas em locais distintos em Brasília, incluindo as embaixadas da China e da Coreia do Norte e a residência do advogado do PT, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, com o objetivo de espionar o presidente Jair Bolsonaro. Após a mídia ridicularizar a denúncia e ignorar completamente o assunto por oito meses, no último domingo (25) a revista Veja noticiou que a inteligência do governo emitiu alerta ao Planalto e a ministros de Jair Bolsonaro sobre a identificação de sinais de maletas de grampo na Esplanada. 

Segundo a reportagem da coluna Radar, que não cita a informação exclusiva divulgada por Allan há quase um ano, “a inteligência do governo emitiu alerta ao Planalto e a ministros de Jair Bolsonaro sobre a identificação de sinais de maletas de grampo na Esplanada”. 

A matéria destaca que “a preocupação levou alguns auxiliares do presidente a trocar de número de celular. Uma fonte militar revelou ao Radar que, além da Esplanada, o sinal dos aparelhos foi localizado nas proximidades da área dos aparelhos foi localizado nas proximidades da área militar onde ficam os comandos das Forças Armadas”.

De acordo com a denúncia do Terça Livre feita em julho de 2020, a empresa alemã Rohde & Schwarz teria sido identificado três maletas de escutas em locais distintos. A primeira, na residência do advogado do PT, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que possui livre trânsito no Supremo Tribunal Federal (STF). A segunda maleta estaria implantada na Embaixada da China, e aterceira, na embaixada da Coreia do Norte. O pedido de varredura partiu de Igor Tobias Mariano, funcionário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Como jornalista, cumpri meu dever. Dei publicidade a um fato que chegou até minhas mãos. Igor Tobias Mariano, funcionário do TSE, recebeu uma prova de conceito da empresa Rhodes & Schwarz, com a geolocalização de três Estações Rádio Base (ERB) que possuem capacidade de simular uma torre telefônica e fazer escutas”, afirmou Allan.

A espionagem seria parte de um plano para derrubar o presidente Jair Bolsonaro. “O presidente Bolsonaro está provavelmente sendo escutado por essas maletas que estão em posse da embaixada da Coreia do Norte, na embaixada da China e na casa do Kakay, no Lago Sul [de Brasília]”, declarou o jornalista, na ocasião.

Mesmo diante da descoberta das maletas, o TSE não comunicou o Governo Federal, o que, segundo o jornalista, comprovou a existência de um conluio entre os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

“Recebi a informação de que houve uma reunião na QL-4 com Barroso, Davi Alcolumbre, Rodrigo Maia, um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) que planejava fazer alguma coisa contra o presidente e contra seus apoiadores”, explicou Allan em entrevista ao Pingos nos Is, da Jovem Pan, à época das denúncias.

Após a informação sobre as escutas virem à tona, o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) protocolou requerimento junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo investigações sobre o caso. No entanto, nada foi feito desde então e o processo está parado na PGR até hoje.

“O que fizeram com as informações que passei sobre algumas personalidades abaixo? Parou na PGR e lá ficou. Na vida é assim: quando quem pode agir nada faz, começa a ser tratado como derrotado e os inimigos ganham coragem. Fiz minha parte, Jair Bolsonaro”, publicou Allan, no Twitter, há duas semanas, ao comentar live que contou com a participação de nomes como Alexandre de Moraes e Kakay.

Imprensa ridiculariza e taxa de fake news aquilo que não interessa

A estratégia de desqualificar e ridicularizar as denúncias de canais alternativos são recorrentes na grande mídia. Foi justamente o que aconteceu no caso das denúncias de espionagem, divulgada pelo Terça Livre e há quase oito meses. Na ocasião, o jornalista Allan dos Santos foi taxado de lunático e a informação chamada de “teoria da conspiração”. Eis que oito meses depois, a imprensa “descobre” a denúncia e ignora o crédito ao jornalista que divulgou a informação em primeira mão.

Um dos artifícios utilizados para desacreditar as informações que não interessam à mídia mainstream é utilizar as agências de fact-checking para taxar a informação de “fake news”. Financiadas por ONGs globalistas, como a Open Society Foundations, as agências de checagem foram criadas para controlar o fluxo de informações disponíveis ao cidadão comum e atribuir como fake news as reportagens que não lhes interessam.

Essa tática, no entanto, está prestes a ruir e as agências de fact-checking sofreram o primeiro golpe na semana passada. Na última sexta-feira (23), o juiz Marcelo Augusto Oliveira, da 41ª Vara Cível de São Paulo, determinou que a agência de checagem Aos Fatos exclua os textos em que qualifica de fake news duas reportagens da revista Oeste. O prazo é de 48 horas a contar do recebimento da intimação. Caso contrário, será cobrada multa diária de mil reais.

“Tem todo direito o jornalista de informar fatos distintos de outro veículo jornalístico, e de discordar, debater ou contradizer o conteúdo de determinada matéria já publicada. Isso é absolutamente próprio de qualquer regime democrático”, afirmou o magistrado em sua decisão. 

Ainda em sua decisão, o juiz questionou a ação da agência de checagem de atribuir o selo de “fake news”, como se tivesse o poder de determinar o que é verdade. Além disso, o magistrado criticou a classificação da agência de fact-checking, que tratou as reportagens como mentirosas sem nenhum critério, a fim de desqualificar uma informação simplesmente por não concordar com o teor. 

“O tom adotado é mesmo agressivo, e toma para si o monopólio da verdade do conteúdo tratado, como se qualquer outra reportagem em sentido diverso fosse genuinamente mentirosa. O que se vê, contudo, nas publicações de autoria da requerida, é que o jornalista foi bem mais além: ele não apenas discordou da informação contida nas publicações da autora, como também já lhe atribuiu caráter de falsidade logo no título da reportagem, com o nítido propósito de retirar-lhe a credibilidade perante os leitores, sem a mínima cautela.”

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CULTURAL

1º de Maio
(por Leônidas Pellegrini)

Abril já se encaminha para o seu fim e vamos nos aproximando do 1º de Maio, o Dia do Trabalhador, data da qual a esquerda (fascista ou comunista) muito se aproveita, e sobre a qual, de Vargas a Lula, sempre encontra uma excelente oportunidade para se pavonear. O que nem todo mundo sabe, no entanto, é que em 1955 essa data foi instituída pelo Venerável Pio XII como Dia de São José Operário. São José ganhou mais esta data no calendário litúrgico para servir de modelo e protetor de todos os trabalhadores.

O jovem José possuía uma inteligência privilegiada, mas frustrou as expectativas ambiciosas de seu pai ao optar por ser um simples trabalhador. Hostilizado pelo pai e pelos irmãos, saiu de casa ainda muito novo para, em paz, poder viver das habilidades às quais se sentia vocacionado, tornando-se carpinteiro e construtor. Foi com essas habilidades, inclusive, que José sustentou e proveu a Virgem Maria e o Menino Deus, e que ensinou ao jovem Jesus, que com esse mesmo ofício sustentaria a Sua e nossa Mãe até que fosse chamado a Seu destino como nosso Redentor. Nada mais justo, portanto, que São José recebesse mais este título e que nosso calendário litúrgico fosse enriquecido com mais esta festa, tornando-se o 1º de Maio, segundo o próprio Pio XII em seu discurso na Praça São Pedro naquele ano, um feriado cristão. 

No entanto, desde o ano passado que não há muito o que se festejar nessa data. Junto com o vírus chinês do corona, com muito mais intensidade parece ter-se espalhado pelo mundo, e particularmente aqui no Brasil, o vírus vermelho do comunismo, do patrulhamento e do controle social, da opressão e do assassinato da liberdade. Um vírus que, controlado por tiranetes com o senhor João Doria (este sim, assim como tantos outros, digno do adjetivo “genocida”), tem destruído sonhos e histórias, e esmagado a dignidade humana por meio de uma política totalitária de lockdowns. 

Refiro-me aqui ao “calça apertada” não apenas por ser ele o primeiro e maior representante do totalitarismo sanitário no Brasil, e, supostamente, o líder de todo um esquema, o chefe dos capatazes do Partido Comunista Chinês no país. Refiro-me a ele devido à dor e à ira que sinto quando penso, em especial, na Região Metropolitana de Campinas, que me acolheu por 15 anos, onde terminei meus estudos, iniciei minha vida profissional, casei e iniciei minha família. Observando um mapa da região, recentemente divulgado pelo professor Felipe Nery, com dados relativos à falência geral de tantas empresas naquelas cidades, não há como não conter essa tristeza e essa ira. 

Fico pensando nos tantos amigos empresários daquela região. Os heroicos donos das últimas lojas de cds e vinis no centro de Campinas, os bares, botecos, restaurantes, lanches, carrinhos de churros e de cachorro-quente, as cafeterias, todo o pequeno próspero comércio da minha amada Pedreira, tão essencial para a manutenção daquela cidade, o turismo de que dependiam cidades dos circuitos das Águas e das Frutas, tudo devastado, tudo destruído, tudo acabado. Empresas falidas, portas fechadas, milhares de trabalhadores no olho da rua e sem perspectiva de novas oportunidades. Pais e mães de família vendo-se impossibilitados de honrar seus papéis de provedores e protetores de seus lares, privados do “pão nosso de cada dia”. Nada mais distante do espírito do 1º de Maio, nada mais avesso à Festa de São José Operário. 

Neste 1º de Maio, portanto, em vez de celebrar, de festejar o que não há para ser festejado, eu rogo. Rogo a São José Operário que interceda por cada trabalhador do Brasil e do mundo que tem sido vítima do vírus vermelho do totalitarismo sanitário.

Rogo pelos empresários que abrem suas lojas à meia porta, escondidos, como se fossem eles os verdadeiros criminosos, e são surpreendidos e autuados por cínicos e sádicos agentes municipais que, a exemplo da SS nazista, estão ali “apenas cumprindo ordens e fazendo seu trabalho”; rogo pelos ambulantes que têm sido violentados e espancados, tendo suas mercadorias destruídas ou confiscadas por jagunços e carniceiros cuja coragem some quando não ostentam as fardas que desonram; rogo também pelos policiais militares e guardas municipais que têm corajosamente desobedecido decretos que, antes de serem ilegais e inconstitucionais, são imorais e desumanos – e isso têm pesado ainda mais na saúde emocional e psicológica desses agentes da lei; rogo pelos profissionais de saúde que têm estado na linha de frente das batalhas contra mais essa praga oriental, e sobretudo aqueles que têm tido a coragem de denunciar os abusos dessa ditadura sanitária nos hospitais e prontos-socorros, ainda que isso lhes custe as próprias carreiras; rogo pelos profissionais de imprensa que não se curvaram ao império da mentira e têm sido especialmente perseguidos por isso; rogo por tantos amigos cujas empresas há anos já se haviam consolidado no mercado e que agora estão fechando as portas, deixando um sem número de famílias desamparadas e à mercê de esmolas estatais que hão de minguar e acabar em breve; rogo, enfim, por todos os trabalhadores que, de uma forma ou de outra, têm sofrido na carne e/ou no espírito as consequências desse vírus vermelho e desse totalitarismo que parece não ter mais fim. 

Que por sua intercessão, meu querido São José Operário, encontremos forças para resistir a esse mal e combatê-lo das melhores formas possíveis; que nossos corações possam ser confortados; e que o povo de Deus possa vislumbrar alguma esperança sob vossa proteção. São José operário, rogai por nós!




Rogai por todos os trabalhadores,

ó São José, de Deus artesão,

tomai-nos sob a vossa proteção

nas alegrias e nos dissabores. 




Que jamais falte, aos lares, provedores

animados por vossa intercessão.

Que em suas mesas sempre esteja o pão

e Deus nos corações, e entre horrores




das tiranias temporais, guardai-nos

sob os vossos cuidados paternais.

A fé fortalecei-nos e animai-nos




o espírito ao trabalho, e que jamais,

ainda que o mundo insista em nos punir,

vosso exemplo deixemos de seguir.



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REVISTA "A VERDADE" - Ed. 34, de 26/04/2021
(Uma publicação digital semanal do Jornal da Cidade Online)

POLÍTICA

Espionagem em Brasília: Inteligência do governo flagra maletas de grampos ativas
(da Redação)

A ABIN, inteligência do governo federal, emitiu um alerta ao Planalto e a ministros de Jair Bolsonaro sobre a identificação de sinais de maletas de grampo na Esplanada.

Allan dos Santos - Jornalista
 havia alertado sobre
 as maletas 8 meses antes
O aviso foi dado pelo jornalista Allan dos Santos, quando alertou que haviam maletas na embaixada da Coreia do Norte e na casa do advogado Kakay, aquele que ficou conhecido por circular de chinelos e bermuda no interior do Supremo Tribunal Federal. Uma terceira maleta não foi localizada.

Alguns auxiliares do presidente ficaram preocupados e resolveram trocar o número de celular. Além da Esplanada, o sinal dos aparelhos foi localizado nas proximidades da área militar onde ficam os comandos das Forças Armadas.

Essas maletas atraem o sinal de aparelhos celulares para possibilitar a escuta. Inclusive o STF já tinha sido alertado da existência dos equipamentos de espionagem, e os ministros foram orientados a evitar ligações convencionais.

Allan dos Santos e a maleta da razão (O Ilustra)

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O que é direita e esquerda na política e o que defendem
(por Cristian Derosa)

A dicotomia direita versus esquerda engana pela sua suposta simetria e equivalência de forças e objetivos. Na verdade, mais corretamente deveríamos chamar de revolucionários versus conservadores. Ainda assim, mais claramente seria preciso dizer que nunca existiu uma organização política conservadora nos mesmos termos que a revolucionária. Isso porque esta última se refere a uma mentalidade revolucionária, algo que teve seu início e nem sempre existiu na humanidade. Trata-se de uma inconformidade com o real, que exige uma reforma social ampla e profunda.

Os revolucionários acreditam que o mundo, a realidade, possui imperfeições que podem ser corrigidas pelo homem para um aperfeiçoamento da sociedade humana. De maneira mais radical, eles acreditam que a correção dessas imperfeições só pode ser alcançada mediante a destruição, seja física, espiritual ou cultural, de tudo o que é mais constitutivo da realidade, isto é, do que é universal e considerado imutável. Isso está expresso nos primeiros intuitos revolucionários, já no início da Idade Média e ao longo dela, mas raramente teve força política para mudanças mais amplas. Já os conservadores, ou a direita, são historicamente todos aqueles que resistem a essa ideia e a tentam limitar.

Olavo de Carvalho, maior estudioso da mentalidade revolucionária na atualidade, conceitua dizendo tratar-se de um modelo mental que defende a concentração de poder nas mãos de uma elite iluminada e guiadora da sociedade. Com o método da concentração de poder, pretendem reformar e melhorar todos os aspectos da vida humana. Olavo de Carvalho chega a afirmar que a mentalidade revolucionária tem origem em uma revolta contra a própria estrutura da realidade. E não há exagero aí.

Com a organização da política e as grandes cidades, ideias revolucionárias que antes eram vistas como devaneios utópicos começaram a ser considerados no debate público e seu militantes ocuparam espaços no jornalismo e na política. A revolta contra padrões, tradições e moralidade aparece já nos primeiros escritos e atos revolucionários. Afinal, sob a crença de que a realidade é uma estrutura maligna que os oprime, direcionam sua violência contra todos os elementos permanentes e fixos da condição humana. Sentindo-se oprimidos pela vida nos costumes, religiões e códigos de conduta que não mudam, os revolucionários possuem, portanto, um modo de agir mais ou menos uniforme, já que é o mesmo sentimento que os iguala, embora sua luta, seus programas, possam mudar completamente dependendo dos valores de uma época. Isso porque a defesa de uma moralidade fluída e progressiva é uma das marcas dos seus programas. Já o conservador é diferente.

Conservadores não são uma força permanente que compete pelo poder, embora em muitos momentos históricos teve que reunir forças para uma resistência contra mudanças tão profundas que punham a sociedade em risco. Isso também quer dizer que nem sempre há conservadores ativos numa sociedade. Eles surgem quando existe ameaça e vivem normalmente quando não há ameaças perceptíveis deste tipo. Ao contrário dos revolucionários, portanto, conservadores só existem quando necessário.

O que evidencia esse fato é a constante histórica de que foram conservadores que implementaram todos os instrumentos institucionais da política para limitar o poder das elites e dos grupos políticos. É evidente que, na concepção dos revolucionários, a defesa de tradições e elementos universalmente humanos se manifestam a eles como imposições opressoras, daí a imagem de que o conservador impõe condutas, quando na verdade ele apenas defende a vigência de padrões morais fixos, como as religiões e, mais recentemente na história, o nacionalismo, devido à implícita defesa cultural e religiosa que isso simbolizava.

Mas nem sempre a identificação dessas forças foi simples. Muitas propostas revolucionárias aprenderam a se utilizar de molduras tradicionais para ganhar o apoio das massas. É o caso dos fascismos do século XX, que utilizaram o nacionalismo em si mesmo e até a religião como propaganda revolucionária. No entanto, tanto o fascismo como o nazismo propunham reformas profundas na estrutura social e humana. O fascismo nada mais foi que uma versão nacionalista do marxismo, que ao invés da classe proletária, sugeria a ideia da “nação proletária”. Essa foi uma proposta que orientou também a política stalinista da URSS e, no nazism, foi adaptada à linguagem biológica da raça.

Com a ocupação de espaços pelas esquerdas na opinião pública internacional, por meio da influência de seus intelectuais, toda a resistências às suas ideias foi definida e nomeada pela própria força revolucionária, que passou a associar todo tipo de nacionalismo à uma espécie de anti-revolução igualmente poderoso e opressor, com tentáculos por toda parte e disseminadores de uma ideologia própria. Embora na verdade os conservadores sejam a resistência contra toda arrogância ideológica, alguns “direitistas” passaram a acreditar que era necessário um poderio ideológico para contrapor-se à revolução, seguindo assim uma sugestão dos próprios revolucionários.

Assim, muito do que é ou deve ser o conservadorismo, a direita, é apenas uma categoria do discurso da esquerda que, segundo eles, visaria impor mediante a concentração de poder os seus padrões de costumes considerados “ultrapassados”. Essa ideia, roubada da própria definição de mentalidade revolucionária, é a grande razão da confusão proposital que determina muito dos erros históricos cometidos por conservadores e que, de um modo ou de outro, auxiliam no crescimento das ideologias sobre outros tipos de conhecimento, considerados por eles como “reafirmações ideológicas” de sistemas de poder, que nada mais são que a própria estrutura da realidade.

Cristian Derosa é mestre em jornalismo pela UFSC. Autor dos livros "A transformação social: como a mídia de massa se tornou uma máquina de propaganda"(2016); "Fake News: quando os jornais fingem fazer jornalismo" (2018) e "Fanáticos por Poder: esquerda, globalistas, China e as reais ameaças por trás da Pandemia" (2020).
Fundador e editor do site Estudos Nacionais e colunista dos sites Mídia Sem Máscara e Brasil Sem Medo. Aluno do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho desde 2009.

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Enquanto isso, no THINKSPOT...
(texto traduzido do inglês)

Além da Ordem | Ensaios bônus | Sentado na cerca
(por Jordan Peterson)

Todo autor deve extrair bom conteúdo de um livro durante o processo de edição. Beyond Order não era exceção a essa regra. Nas próximas semanas, postarei parte do conteúdo que não fez parte do rascunho final de Beyond Order. Espero que você goste deste "Conteúdo Bônus" que estará disponível exclusivamente no thinkspot.com.
#BeyondOrderBonusEssays

Cristo, voltando como Juiz Eterno no livro alucinógeno do Apocalipse, reserva sua sentença mais terrível para os que estão no meio: Eu conheço as tuas obras, que tu não és nem frio nem quente: oxalá fosses frio ou quente. Portanto, porque és morno, e nem frio nem quente, vomitarei-te da minha boca (Ap 3: 15-16). ” Este é um indício de desgosto final, manifestado por aqueles que não se comprometem, que esperam, que jogam as duas pontas contra o meio, que não arriscam, que não se comprometem, que esperam para sempre, enquanto suas vidas passam, por uma certeza isso nunca se manifestará. Estas são as pessoas que são terminalmente mornas, e não há nada além do perigo final nisso, prático e metafísico.

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OPINIÃO DO AUTOR

Tempo de Ruptura II
(por Ricardo Pagliaro Thomaz)
28 de Abril de 2021

Anteontem, dia 26, o Terça Livre, via Greg Price do The Daily Caller, noticiou que o Oscar teve a sua pior audiência dos últimos anos. Vendo o número que eu vi lá, eu nem sequer diria ser dos últimos anos, mas de toda a história do Oscar!

Segundo a nota de Brehnno Galgane, baseada na edição do Radar da Mídia do mesmo dia, com comentários sempre excelentes dos jornalistas Paulo Figueiredo e José Carlos Sepúlveda, o evento televisivo, que costumava ter uma audiência média em torno dos 60 milhões de pessoas, passou para pouco mais de 40 milhões em 2014 para em torno de 23 milhões em 2020, e atingindo a inimaginável derrocada de ter apenas em torno de 9 milhões na noite de domingo do dia 25.

Alguém está surpreso? Bem, eu não! É tudo uma questão de ver para onde estamos caminhando. Em 2017, após a vitória de Donald Trump nas eleições americanas, o Oscar começou a ficar mais, digamos... político.

Antes de continuar, deixa eu contextualizar a coisa.

Eu nunca me interessei por Oscar, sempre achei uma baita perda de tempo, não levo esse prêmio a sério desde o dia, mais de década atrás, que soube que pessoas como Charles Chaplin, Alfred Hitchcock, Stanley Kubrick, Clint Eastwood e outras vacas sagradas do cinema que fizeram produções históricas e até estudadas nas faculdades de áudio-visual jamais gozaram de reconhecimento por suas obras. Apenas a título de exemplo, Chaplin, o Carlitos, quando já bem velho e debilitado, ganhou um Oscar simbólico pelo conjunto da obra. Ele, que escrevia, dirigia, atuava, produzia e fazia até trilha sonora dos seus filmes, um multi-talento, que fundou uma produtora no início do séc. XX, a United Artists (UA) e fez várias obras clássicas, recordadas até os dias de hoje, como Tempos Modernos, O Garoto, Luzes da Ribalta e O Grande Ditador! Veja só o que esse cara fez sem nunca ganhar o devido reconhecimento! Isso pra mim é o mesmo que xingar, cuspir e maltratar a sua mãe a vida inteira e depois lá no leito de morte dela dizer "mãe, desculpa, você estava certa, me perdoa por tudo que eu te fiz!"

Enfim, acho que me fiz entender a razão de nunca ter levado o prêmio a sério. Em 2015, levado por certas amizades da minha faculdade de Letras, experimentei, de muita má vontade, fazer alguns comentários sobre o Oscar daquele ano. Mas foi muito de má-vontade mesmo! Gostava mais de ficar vendo a zoeira com o prêmio do Framboesa de Ouro, que "premia" os piores.

Mas chega de contextualizar.

A questão é que muitas pessoas já começaram a perceber algo que eu já sabia desde a muito tempo: que o prêmio é um jogo de cartas marcadas, tudo combinado. Uma farsa, apenas pra gente rica e poderosa fazer pose. Mas apesar disso, para algumas pessoas, pelo menos havia alguma diversão em ver a coisa, ia lá um ator ou atriz, fazia uma gracinha, contava piadas, e a banda tocava; só que a partir de 2017 começou a ficar insuportável.

A lacração sem limites, a politização de todo e qualquer fator da cultura e da sociedade e todo o ódio, rancor e infantilidade que moveu organizadores, atores, produtores, etc, a baterem no recém-eleito presidente americano, Donald Trump, e seus eleitores dia e noite acabou com todos os atrativos da cerimônia. Neste ano, a caterva de Hollywood, que tinha a mais absoluta convicção e certeza quase que sacramentais de que a sociedade pensava como eles, fizeram a amarga descoberta de que não era bem assim.

Os anos de Trump fizeram muito bem aos EUA e ao mundo... e muito, muito mal a Hollywood.

A indústria de filmes já estava sentindo o baque e a indigestão que era ficar lacrando e lacrando e lacrando em toda e cada produção nova grande que faziam. Exemplos não faltam de filmes querendo lacrar com personagens que cumprissem uma determinada agenda, e os exemplos mais recentes disso são o Batman nas HQs tendo um novo parceiro transviado, ou a Pixar anunciando que vai fazer uma animação com personagem travesti, conceitos esses absurdos e indecentes para se apresentar a crianças em formação disfarçados de animações, porém, isso não parece abalar em absolutamente nada o desejo ardente de lacrarem, e lacrarem, e lacrarem sem parar e sem pensar no amanhã; e a audiência cada vez mais reduzindo... até que chegou a fraudemia do vírus chinês em 2020, e finalmente os derrubou de seus tronos de pó. A consequência inevitável nós estamos vendo agora. Oscar esvaziado. Pessoas sem interesse nenhum em novos filmes e novas produções. Eu já não sei o que é cinema a mais de um ano desde que tudo começou. E pretendo continuar não sabendo enquanto tudo durar.

Também não assisti cerimônia alguma, nem mesmo chequei qualquer coisa pela internet, mas sei por fontes que esta edição de 2021 esteve recheada de lacração novamente. O Oscar hoje é como aquele grupo de violinistas do filme Titanic: o barco está afundando, alagando, naufragando, e vão todos morrer, no entanto, continuam a tocar seus violinos como se nada estivesse acontecendo. "Cavalheiros, foi um prazer!"

Como pode ser possível isso? Como podem não perceber que estão somente se auto-destruindo com toda essa insistência em lacrar? Não aprenderam nada? O amor à ideologia deles é tão enorme assim que não conseguem parar de fazer isso? Não é possível que, mesmo com agentes e pessoas ligadas a esses atores e produtores dizendo "vocês não lacram o suficiente" (é o que se ouve por aí) eles não percebem que é justamente o fato de lacrarem que os estão levando à ruina! Isso me lembra uma história real que o Padre Paulo Ricardo contou uma vez de um padre exorcista que falou com um demônio possuindo uma pessoa, e esse padre aproveitou a chance para perguntar ao demônio: "por que continua fazendo isso? Não sabe que sua pena no inferno só aumenta mais e mais?" E o demônio lhe respondeu: "eu sei disso! Continuo fazendo porque não consigo parar de fazer; não consigo fazer qualquer outra coisa que não seja o mal"... se isso é verdade, então Hollywood não precisa de agentes, mas de exorcistas!

Aqui no Brasil, a Grôbu nem fala mais em audiência, odiada que é por todos os cantos do país; e continuam com sua agenda esquerdista, no entanto. Falam pra si mesmos. "Cavalheiros, foi um prazer!" E ressoam os violinos, uma música desafinada e tosca, que ninguém quer ouvir. Uma música satânica, que nos leva ao engano.

A ruptura está acontecendo. Aquela ruptura que mencionei no meu artigo da semana passada. E que ela continue, cada vez mais na cara.

Às vezes, romper com o passado significa algo bom. Não romper com os valores eternos e significantes para nós como civilização, não se trata disso! A esses valores do passado devemos toda reverência e tê-los sempre em vista. Mas romper com o que não convém, com o que não conversa mais conosco, significa sim, romper com determinados secularismos.

Significa romper com correntes que nos prendem e escravizam.
Significa romper com antigos vícios.
Significa romper com a dependência de algo que está nos fazendo mal.
Significa pensar em outras possibilidades fora da caixa.

E consequentemente, inevitavelmente, significa... LIBERDADE.


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HUMOR

(26/04/2021)



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(27/04/2021)



(22/04/2021)



"Deve estar se sentindo muito orgulhoso, né Tchutchuca??" (@SalConservador)
(27/04/2021)


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RECOMENDAÇÃO DE FILME:



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LEITURA RECOMENDADA

Para entender a questão das fake news e de como você ainda cai nas narrativas feitas pela grande mídia canalha, não deixe de ler este ótimo livro de Cristian Derosa, do site Estudos Nacionais:


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