Edição LXXII (Terça Livre, Revista Esmeril 40, opinião e mais)

Tempo de Leitura LXXII

(Opinião, artigos e cultura para pessoas livres)


Resumo semanal de conteúdo com artigos selecionados, de foco nas áreas majoritariamente cultural e comportamental, publicados na Revista Esmeril e outras publicações de outras fontes à minha escolha. Nenhum texto aqui pertence a mim (exceto onde menciono), todos são de autoria dos citados abaixo, porém, tudo que eu postar aqui reflete naturalmente a minha opinião pessoal sobre o mundo.


ACOMPANHE
    


A PARTIR DESSA SEMANA, TODA EDIÇÃO ABRE ASSIM:

ESSE É O PAÍS QUE EU QUERO!


REVISTA ESMERIL 40

Venerável Margarida Occhiena (Leônidas Pellegrini)

O moralismo intelectual e a consciência moral (Nati Jaremko)




Onde quer ir primeiro?



LEITURA RECOMENDADA

Minhas redes:
    



16 de Janeiro de 2023
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👆 MEMÓRIA: REVISTA TERÇA LIVRE
(matérias de edições antigas da revista que ainda são atuais)


Hoje voltaremos no tempo para a edição 41 da Revista Terça Livre, de 21 de Abril de 2020.


O novo site do Terça Livre está de volta, e com ele, todos os cursos e todas as edições da Revista Terça Livre desde o seu início. acessem:
ou
Escolham um plano e tenham acesso a todo o conteúdo. Os valores estão em dólares.



COMPORTAMENTO


👆 Teoria da Conspiração ou Revelação? – Parte 1
(por Alexandre Costa)

A expressão teoria da conspiração normalmente é usada com a intenção de desacreditar uma mensagem que não corresponde ao conteúdo declarado, defendido ou promovido pelo establishment. Seu uso também funciona para evitar o debate, por antecipação, de qualquer ponto não esclarecido de um discurso.


No meu caso, devido à experiência de duas décadas pesquisando material ausente ou pouco explorado pelos veículos tradicionais de mídia, o truque nunca funcionou e normalmente teve o efeito inverso ao desejado: quando percebo que alguma informação é descartada previamente porque foi rotulada como teoria da conspiração, minha curiosidade é atiçada e percebo que o assunto talvez mereça uma análise fria e descompromissada. Quando isso acontece, procuro conhecer bem a versão “oficial” e, depois, busco as versões “alternativas”. 


De qualquer forma, nunca descarto ou desclassifico uma informação com base apenas nas vozes homogêneas que costumam compor os discursos predominantes, pois penso que não faz sentido aderir a uma visão tendo como fonte dois, três ou dez emissores do mesmo gênero. Evidentemente, muitas vezes a informação mostra-se inverídica, exagerada ou distorcida, mas acredito que um assunto só pode ser compreendido após a análise isenta de versões conflitantes.


É difícil afirmar com precisão a origem da expressão com o sentido que usamos atualmente. Alguns armam que surgiu no início da Guerra Fria, outros alegam que passou a ser usada nas investigações dos assassinatos de JFK ou Jimmy Hoffa. Outros dizem ainda que já era usada bem antes, como tática de desinformação ou contraespionagem nas guerras mundiais ou como ferramenta de especulação nos primórdios do mercado financeiro. E até mesmo nas tentativas de encobrir o envolvimento de JP Morgan e outros banqueiros na crise de 1929.


Essa forma de rotulação premeditada, assim como algumas dessas hipóteses que procuram explicar o uso originário da expressão, voltaram à tona com as denúncias de eventuais escândalos relacionados a temas como o Lolita Express, Pizzagate, QAnon e Spiritual Cooking.


Um documentário que está circulando nestes primeiros meses de 2020, “Out of Shadows”, aborda algumas destas questões e suas ligações com o ocultismo e o satanismo ou,

mais precisamente, com o luciferianismo presente não apenas nas pautas das sociedades iniciáticas como também nas relações de poder, na mídia e no entretenimento.


Embora esses temas não sejam novos e já façam parte das discussões a respeito da construção de uma Nova Ordem Mundial há várias décadas, este documentário têm o mérito de recolocar em pauta esse assunto espinhoso, além de provocar uma reflexão sobre as verdadeiras razões do avanço incontestável de uma agenda eminentemente anticristã, que vão desde as tentativas de desmoralizar ou enfraquecer valores que compõem o cristianismo, até a visível participação de inúmeros poderosos na promoção de princípios contrários àqueles defendidos pela maioria da população.


Outro mérito de “Out of Shadows” é mostrar a homogeneidade das várias fontes emissoras de informação quando o tema é naturalmente controverso. E, portanto, deveria refletir essa controvérsia na pluralidade de opiniões, o que efetivamente não tem acontecido.


A mesmice difundida pela grande imprensa internacional deveria causar surpresa. Quando aprofundamos a pesquisa a respeito dos proprietários das grandes corporações de mídia, das celebridades diretamente envolvidas nestes supostos escândalos e dos financiadores destas iniciativas, fica possível deduzir que existe, de fato, uma agenda. E que tem acelerado de forma assustadora.


Em um momento tão sombrio para a sociedade mundial, onde as incertezas são as únicas constantes unânimes e indiscutíveis, colocar em discussão questões que podem significar a compreensão de boa parte dos fenômenos culturais e geopolíticos que vivenciamos é uma tarefa difícil, mas urgente e necessária.


Tenho certeza que existem muitas coisas infundadas em questões como Q-Anon ou Pizzagate, por exemplo. Alguns exageros e muitas distorções são evidentes e até ululantes. No entanto, não podemos descartar a priori tudo que diz respeito a esses temas porque o ceticismo cego é exatamente o que quer o establishment. E esse tipo de comportamento é o que contribui para que informações vitais permaneçam na sombra. Separar o joio do trigo, portanto, deve ser o objetivo de quem busca a Verdade a qualquer custo.


Estou tentando fazer isso há muitos anos, nos livros e nas lives que tenho transmitido em meu canal do YouTube. Tentarei fazer isso também nos próximos artigos desta série.


Alexandre Costa

Site: www.escritoralexandrecosta.com.br 

Canal: www.youtube.com/c/AlexandreCosta


Autor de “Introdução à Nova Ordem Mundial”, “Bem-vindo ao Hospício”, “O Brasil e a Nova Ordem Mundial”, “Fazendo Livros” e “O Novato”.


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Allan dos Santos via Locals - 11 de Janeiro de 2023





PODER















👆 Como Hitler usou o incêndio do congresso alemão politicamente
(por Allan dos Santos)

A Verdadeira História do Incêndio do Reichstag e da Ascensão Nazista ao Poder

Você sabe o que aconteceu na Alemanha em 27 de fevereiro de 1933, quando uma parte considerável do prédio parlamentar em Berlim, o Reichstag, pegou fogo devido a um incêndio criminoso?

Foi o boi de piranha político que Adolf Hitler usou para usar o medo das pessoas e dos políticos para consolidar o seu poder tirânico, preparando o terreno para a ascensão da Alemanha nazista. Desde então, tornou-se uma poderosa metáfora política. Sempre que cidadãos e políticos se sentem ameaçados o “Incêndio do Reichstag” é referenciado como um sinal de advertência.

Esse fato histórico tornou-se uma espécie de taquigrafia política – mas a verdadeira história do evento é muito mais complicada do que as manchetes sugerem.

A primeira experiência da Alemanha com a democracia liberal nasceu da Constituição de Weimar de 1919, estabelecida após o fim da Primeira Guerra Mundial. Ela exigia um presidente eleito por voto direto, que nomearia um chanceler para apresentar leis aos membros do Reichstag (que também eram eleitos por voto popular). O presidente manteve o poder de demitir seu gabinete e o chanceler, dissolver um Reichstag ineficaz e, em casos de emergência nacional, invocar algo conhecido como Artigo 48, que dava ao presidente poderes ditatoriais e o direito de intervir diretamente no governo da Alemanha.

Na noite de 27 de fevereiro, por volta das 9h, os pedestres que estavam perto do Reichstag ouviram o som de vidro quebrando. Logo depois, as chamas irromperam do prédio. Os bombeiros levaram horas para conter o incêndio que destruiu a câmara de debates e a cúpula dourada do Reichstag, causando danos de mais de US$ 1 milhão de dólares. A polícia prendeu um trabalhador da construção civil no local, um holandês desempregado chamado Marinus van der Lubbe. O jovem foi encontrado do lado de fora do prédio com tochas em sua posse, ofegante e suando.

“Este é um sinal dado por Deus”, disse Hitler a von Papen quando chegou ao local. “Se este incêndio, como acredito, é obra dos comunistas, então devemos esmagar essa peste assassina com mão de ferro.”

Poucas horas depois, em 28 de fevereiro, Hindenburg invocou o Artigo 48 e o gabinete redigiu o “Decreto do Presidente do Reich para a Proteção do Povo e do Estado”. A lei aboliu a liberdade de expressão, reunião, privacidade e imprensa; escutas telefônicas legalizadas e interceptação de correspondência; e suspendeu a autonomia dos estados federados, como a Baviera. Naquela noite, cerca de 4.000 pessoas foram detidas, encarceradas e torturadas pela polícia. Embora o partido comunista tivesse vencido 17% das eleições do Reichstag em novembro de 1932 e o povo alemão tivesse eleito 81 deputados comunistas nas eleições de 5 de março, muitos foram detidos indefinidamente após o incêndio. Seus assentos vazios deixaram os Nacionais Socialistas livres para fazer o que quisessem.

“Por trás da controvérsia estava a questão de maior destaque da tomada do poder pelos nacionais-socialistas: a ditadura foi resultado de um crime político ou simplesmente um evento oportuno?”, escreveu o historiador Anson Rabinbach.

É uma questão que estudiosos e historiadores vêm debatendo desde o início do incêndio. Seus argumentos preenchem centenas de páginas e numerosos livros. Alguns denunciam as evidências do nazistas como fabricadas, enquanto outros se aprofundam em outros aspectos de menos importância.

Para o historiador Peter Black, consultor do Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, a teoria de um homem só como Van der Lubbe agindo sozinho parecia correta até 2013, quando uma nova pesquisa surgiu com o livro de Benjamin Hett: “Burning the Reichstag”. Hett escreveu que, dada a extensão do incêndio e a quantidade de tempo que seria necessária dentro do Reichstag para incendiá-lo, não havia como Van der Lubbe agir sozinho. Citando depoimentos de testemunhas que vieram a público após a queda da União Soviética, Hett argumentou que os comunistas não estavam envolvidos; em vez disso, disse Hett, o grupo de nazistas que investigou o incêndio e mais tarde discutiu suas causas com outros historiadores encobriu o envolvimento nazista para evitar o processo de “crimes de guerra”.

Black não concorda totalmente com a avaliação de Hett, mas diz que agora está convencido de que a teoria de um homem só é falsa. "Eu diria que Van der Lubbe não poderia ter começado aquele incêndio sozinho, com base nas evidências que agora estão disponíveis”, diz ele. "Parece provável que os nazistas estivessem envolvidos. Mas você não tem ninguém que possa dizer: sim, eu vi os nazistas.”

Tendo ou não a ajuda dos nazistas, Van der Lubbe confessou o incêndio criminoso, foi considerado culpado e condenado à morte. Os outros quatro réus foram curiosamente absolvidos por “falta de provas”, mas o incêndio continuou a ser brandido como uma conspiração comunista.

Em 23 de março, o Reichstag aprovou a Lei de Habilitação, a peça legislativa parceira do Decreto de 28 de fevereiro para a Proteção do Povo e do Estado. A Lei de Habilitação atribuiu todo o poder legislativo a Hitler e seus ministros, garantindo assim sua capacidade de controlar o aparato político. Quando o presidente Hindenburg morreu em agosto de 1934, Hitler escreveu uma nova lei que unia os cargos de presidente e chanceler. Foi sancionado por um plebiscito nacional. E o resto é conhecido de todos.

Os nazistas realmente ajudaram a atear fogo? Van der Lubbe agiu sozinho? É quase impossível saber, já que “a maioria das pessoas que saberiam ou não sobreviveram à Segunda Guerra Mundial ou não quiseram falar sobre isso depois”, diz Black. O governo alemão concedeu perdão a Van der Lubbe em 2008, 75 anos depois de sua decapitação. E embora o incêndio do Reichstag tenha gerado décadas de mistério, uma coisa é certa: desempenhou um papel crítico na ascensão dos nazistas ao poder. O incêndio provou a influência do perigoso novo ditador da Alemanha – cuja visão de refazer a nação estava apenas começando.

É como disse certa vez o filósofo e escritor Olavo de Carvalho: “Qualquer ato de violência física, em política, é apenas propaganda, preparando jogadas de poder mais decisivas. Para saber quem o planejou e comandou, basta averiguar quem tirou proveito político dele nos dias que se seguiram. Esta regra é praticamente infalível.”


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REVISTA ESMERIL - Ed. 40, de 12/01/2023 (Uma publicação cultural digital e mensal de Bruna Torlay. Assinar a revista


DOSE DE FÉ

👆 Venerável Margarida Occhiena
(por Leônidas Pellegrini)

Primeira e mais importante colaboradora da obra de Dom Bosco, Mamãe Margarida, co-fundadora dos Salesianos, revela a importância dos pais no direcionamento dos filhos à santidade

Na edição anterior deste revista, o colega Roberto Lacerda nos presenteou com uma bela Dose de Fé sobre São João Bosco, um dos santos mais populares da Igreja, em seu texto “Quando o bem atrai os ódios”. Em sua matéria, Roberto faz uma referência especial à mãe de Dom Bosco, Margarida Occhiena, a Mamãe Margarida, que foi elevada a Venerável por sua incansável dedicação às crianças atendidas pela obra de seu filho. Inspirado pela matéria do colega, e principalmente em uma palestra de duas mães de minha cidade sobre A Venerável Margarida Occhiena, nesta edição dedicada à família é sobre ela que resolvi escrever.

Nascida em 1º de abril de 1788, em Capriglio, província de Asti, na Itália, Margarida era a sexta de dez filhos dos piedosos camponeses Melquior Marcos Occhiena e Domingas Bossone. Como era comum às crianças camponesas de então, não frequentou a escola, e trabalhou no campo, junto com a família, até se casar com Francisco Bosco em 1812.

Francisco era um camponês viúvo de 27 anos cuja esposa e filha caçula haviam morrido durante o parto. Margaria, então com 24 anos, assumiu seu filho Antônio como seu, e também teve com o marido dois filhos: José e João (o futuro Dom Bosco). Além disso, também assumiu os cuidados com a mãe de Francisco, sua sogra, que vivia muito adoentada.

Em 1817, Francisco morreu vitimado por uma pneumonia e Margarida se viu sozinha com a casa, a lida no campo, a criação dos três meninos e a sogra entrevada. Mulher de grande fé, ela abraçou sua Cruz diária e conseguiu lidar com todos esses desafios com espírito de fortaleza, caridade e confiança em Deus.

Quando o caçula João, aos 9 anos, tem o famoso sonho em que sua vocação é revelada, e conta à sua mãe sobre o desejo de tornar-se religioso, Margarida passa a padecer em casa com a revolta de Antônio, que não aceitava que o irmão mais novo deixasse de trabalhar no campo para prosseguir os estudos. Mulher de sabedoria infusa, apesar de analfabeta, Margarida acreditou no sonho do filho, e, seguindo sua intuição inspirada pelo Espirito Santo, após anos de conflitos familiares, liberou João para os estudos visando a carreira eclesiástica. Nesse processo, enfrentou também a dor da separação do caçula, quando ele saiu de casa aos 12 anos devido ao clima insustentável com o irmão mais velho.

Em 1846, quando Dom Bosco, que já exercia seu santo apostolado em Turim, ficou doente e Margarida foi dar-lhe assistência, ficou impressionada com a obra do filho junto aos meninos abandonados. Um colega de João, Padre Cinzano, sugeriu a ele que convidasse sua mãe para ajudá-lo em seu apostolado, pois teria “um Anjo ao seu lado”. Assim, aos 58 anos de idade, Margarida Occhiena voltou a unir-se ao seu amado caçula.

Por dez anos Mamãe Margarida, como ficou carinhosamente conhecida entre os meninos atendidos por Dom Bosco, tornou-se a primeira e mais importante colaboradora na missão do filho. No Oratório São Francisco de Sales, que ele fundara em 1844 para atender os meninos abandonados de Turim, ela tornou-se a mãe de muitas gerações, sacrificando a si própria para o alívio dos sofrimentos daqueles garotos e a salvação de suas almas. Mamãe Margarida lavava, limpava, costurava, cozinhava, fazia reparos, desdobrava-se em muitas para resolver as tantas demandas que a missão exigia. Nada guardava para si, e tudo o que ganhava empenhava para atender as necessidades dos alunos do Oratório.

Mas não era apenas em questões práticas que Mamãe Margarida atuava. Dotada de diversas virtudes, sobretudo a da Caridade, ela era também um esteio emocional e sobretudo espiritual aos meninos do Oratório, além de ter constituído para eles, junto de Dom Bosco, seu principal modelo moral a ser imitado. Foi uma educadora nata.


Em 25 de novembro de 1856 houve festa entre os Anjos, pois Margarida Occhiena juntava-se às hostes celestes. Vitimou-a uma pneumonia. Entre os meninos do Oratório e todos que conheciam a Mamãe Margarida, em Turim, houve imenso pesar. Aquelas pessoas, inclusive, aclamaram-na como santa logo após sua morte. Formalmente, a causa para sua beatificação, movida pela Congregação Salesiana (que carinhosamente a tem por “co-fundadora”), começou em 7 de março de 1995, quando São João Paulo II declarou-a Serva de Deus. Em 23 de outubro de 2006, Bento XVI proclamou-a Venerável por sua vida de heroica virtude.

Olhando para a biografia da Venerável Margarida Occhiena, podemos notar como é importante o papel da família, e sobretudo dos pais no encaminhamento dos filhos à santidade. De fato, orientar os filhos na direção dos caminhos que levam ao Céu constitui a primeira e mais importante tarefa da família junto às crianças. É fato que Dom Bosco, já desde muito pequeno, era um querido de Deus, e foi por Seus Anjos chamado à sua missão, mas o modelo humano em quem o pequeno João se inspirou estava ali em casa, na figura de sua piedosa e incansável mãe. Isso se verifica, aliás, nas biografias de muitos santos, como Santa Teresinha do Menino Jesus (filha dos Santos Luís e Zélia Martin), São Gregório Magno (criado pelas tias Santa Tarsila e Santa Emiliana), os irmãos São Vilibaldo, São Vinebaldo e Santa Valburga (filhos de São Ricardo), Santo Agostinho (convertido pelo exemplo e as incessantes orações de sua mãe, Santa Mônica), São Luís IX (filho de Santa Branca de Castela), entre outros. Isso sem considerar as incontáveis crianças e adolescentes que voluntariamente acompanharam seus pais em martírios diversos, sobretudo durante as perseguições anticristãs do Império Romano.

Para a santificação de nossas crianças e de nossos jovens, e para a nossa própria, por consequência, sigamos o exemplo desses santos homens e mulheres de Deus, e em especial nesta edição, peçamos:

Venerável Margarida Occhiena, rogai por nós!


Esmeril Editora e Cultura. Todos os direitos reservados. 2023

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Esmeril, coluna semanal de 03 de Janeiro



COLUNAS SEMANAIS | INTELECTUAIS & SOCIEDADE




👆 O moralismo intelectual e a consciência moral
(por Nati Jaremko - 03/01/2023)

O CÓDIGO POLITICAMENTE CORRETO ESMAGA AS NORMAS BASEADAS NA TRADIÇÃO RELIGIOSA E NO HÁBITO CONSAGRADO, COLOCANDO EM SEU LUGAR, COM A BRUTALIDADE DOS DECRETOS INEXORÁVEIS, UM SISTEMA DE COBRANÇAS ARTIFICIOSAS INSPIRADAS EM VALORES PARADOXAIS COMO A EMPÁFIA FEMINISTA, O EXIBICIONISMO GAY, O ÓDIO RACIAL E POLÍTICO, A REJEIÇÃO PUERIL DAS RESPONSABILIDADES DA GRAVIDEZ — TUDO ISSO IMPINGIDO COMO ALTA E IRRECORRÍVEL OBRIGAÇÃO MORAL. “A GUERRA DAS VESTAIS“. OLAVO DE CARVALHO

Ao longo de meus anos em contato com a comunidade acadêmica, pude observar vários de seus grupos assumindo postura de torcida organizada perante o cenário político do país. Intelectuais declarados apresentando análises simplistas com uma retórica rebuscada, com aquele vocabulário truncado próprio da bolha – muitas vezes não compreendido pelos próprios integrantes, apenas ecoado –, cuja finalidade é a afetação de profundidade. Não acontece diferente no contexto atual. Nem tinha como ser, dado o simbolismo todo desse processo de troca de governo.

intelligentsia tem abandonado o caminho mais elementar de investigação da realidade, que partiria, como propõe Aristóteles, de um exame aprofundado dos lugares-comuns. Estes deveriam ser submetidos à questionamentos que colocassem em xeque as certezas neles incutidas, por vezes ancoradas na realidade, mas podendo deixar de fora aspectos dela.

Ao contrário disso, o que se vê nas universidades é justamente a divulgação e validação dos chavões e dos diagnósticos mais reducionistas, baseados em percepções emotivas e em associações instantâneas, fundadas em preconceitos. Enquanto fazem isso, arrogam-se o papel oposto. Identificam-se na sociedade como guardiões de um conhecimento sem par. Como os verdadeiros arautos do senso crítico. São esclarecidos, estão atualizados! Não se deixam levar por velharias e zombam das tradições pouco questionadas, dos hábitos instintivos, dos moralismos.

É assim que se apresentam. O que fazem, contudo, é apenas trocar os princípios espontaneamente consolidados por normas inegociáveis e centralizadoras pelas quais nutrem simpatia pessoal. Eles colocam, no lugar das consequências naturais de uma eventual escolha ruim, talvez até imoral – sustentam, inclusive, que estas devem ser remediadas por uma entidade com poderes descomunais –, uma repressão brutal e arbitrária em retaliação à recusa a se submeter a esse sistema de “cobranças artificiosas inspiradas em valores paradoxais” legitimado por eles.

Como resultado dessa dinâmica de embotamento da mente, surgem as acusações falsas, até absurdas. Enquadram qualquer fenômeno em uma cosmovisão ideológica, binária, que nega a complexidade da realidade, que seleciona os aspectos dela a serem ignorados. Quando fica evidente que a análise proposta não deu conta do objeto, direcionam suas frustrações para fora. Culpam algum elemento que não pertence ao sistema, num processo que esmaga qualquer pensamento diferente, por sua vez associado ao inimigo, responsabilizado pelas falhas da esquematização.  

O horror dos intelectuais da atualidade à moral, aos princípios que os antecedem, que transcendem seu tempo, transformou-os em moralistas. Eles estipulam as regras!  A confusão que fizeram entre responsabilidade e tirania subverte o valor da liberdade. Nunca estiveram tão distantes da proposta vanguardista, respaldada na ânsia criativa e questionadora, que sempre pairou sobre a vocação intelectual. E dado que a culpa é sempre dos outros, não reverão seus métodos tão cedo.

Pelo contrário, agora é hora de comemorar uma vitória figurativa. Afinal é isso que a torcida faz, comemora! Enquanto isso, continuamos sem ler Aristóteles, mesmo nos cursos de humanas. E quando algo der errado, é só recriminar o outro time. Nada de reestruturar sua visão da realidade, seu paradigma investigativo. Afinal, esse negócio de honestidade intelectual, sobriedade e rigor é coisa de retrógrado ignorante!


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Padre Paulo Ricardo - 06 de Janeiro


ESPIRITUALIDADE

👆Como brinquedos nas mãos do Menino Jesus
(por Equipe Christo Nihil Præponere)


Na Epifania, os Três Reis Magos que visitam o Menino Jesus trazem-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. E nós, o que daremos de presente ao divino Infante? Que tal um brinquedo, já que as crianças gostam tanto deles?



Na festa da Epifania, os Três Reis Magos que visitam o Menino Jesus trazem-lhe presentes: ouro, incenso e mirra — dádivas um tanto incomuns para se dar a uma criança, observou certa vez o Papa Bento XVI. Mas aquele infante era diferente: Deus feito carne (daí o incenso), que viria a reinar pelo lenho da Cruz (daí o ouro), na qual morreria por todos os homens (daí a mirra).

Não obstante a peculiaridade dos dons trazidos por essas personagens do Oriente, sua dimensão gratuita permanece. “O povo de Tiro vos traz seus presentes, os grandes do povo vos pedem favores”, diz o Salmo 44 (v. 13). Nossos chás de berço também demonstram: nós gostamos de presentear as crianças. E não existe melhor forma de celebrar essa Epifania senão oferecendo também nós algum presente ao Menino que nasceu em Belém.

E por que não brinquedos, se as crianças gostam tanto deles?

Nossos leitores talvez achem jocosa a sugestão, mas foi o próprio Jesus quem a deu a Santa Margarida Maria Alacoque, no dia de sua admissão à vida religiosa, 6 de novembro de 1672. O fato, ela mesma no-lo conta em sua Autobiografia

No dia em que consegui o tão almejado bem da admissão, meu divino Mestre quis receber-me por esposa, mas de um modo que não consigo exprimir. Direi somente que se apresentou a mim, e tratou-me como uma esposa do Tabor, o que era, para mim, mais duro que a morte, pois percebia estar em desacordo com meu Esposo, a quem via, diante de mim, todo desfigurado e dilacerado sobre o Calvário. Mas me disse: “Deixa que Eu faço cada coisa a seu tempo, pois quero que tu sejas um joguete nas mãos de Meu amor, o qual anseia divertir-se contigo como as crianças o fazem com seus brinquedos, a seu bel-prazer. Cumpre que tu te abandones, sem que resistas ou fiques com o pé atrás, e deixa-me contentar-me às tuas custas. Mas tu não perderás nada”. Prometeu-me não me deixar jamais, dizendo-me: “Esteja (sic) sempre prestes e solícita a receber-me, pois desejo fazer de ti Minha morada, para conversar e entreter-me contigo” [i].

Percebam, no entanto: o presente que Jesus queria era ela mesma; o nível de entrega que era o de um brinquedo. Jesus se compara a uma criança, que anseia divertir-se conosco como se fôssemos peças de lego, bonecos, carrinhos em suas mãos. O curioso é que, na Epifania (e em todo este Tempo do Natal, na verdade), nós contemplamos a Deus em faixas de recém-nascido, na manjedoura de Belém, nos braços de Maria: o Filho eterno de Deus não se comparou simplesmente a uma criança, Ele se fez de fato uma delas.

Basta observar como se desenrola a história da nossa vida para compreender o quão adequada é esta analogia. Às vezes, determinadas coisas que nos acontecem, seja para o bem seja para o mal — mas principalmente para o mal: perdas, acidentes, tragédias, “apertos” financeiros —, deixam-nos a impressão (especialmente a nós que cremos) de que estamos mesmo à mercê dos “caprichos” de uma criança, lá nos céus, que arranja e “desarranja” tudo aqui em baixo conforme seus desejos; que brinca com um de nós agora, se diverte um pouco e de repente nos “chacoalha” com violência, nos joga para um canto da sala e não quer mais saber de nós… (Mais ou menos como o menino Andy dos filmes Toy Story, que vai “enjoando” de alguns brinquedos à medida que vai ganhando outros.)

No entanto, o que nos parece ser os “desmandos” de um Deus caprichoso não passa do plano sapientíssimo e ordenadíssimo de sua Providência. Não estamos nas mãos de um tirano, mas de um Senhor amoroso, que se aproveita até de nossos pecados, e do que vemos como grandes “desgraças”, para derramar em nós as suas graças e fazer cumprir em nós a sua vontade.

No clássico da literatura italiana I Promessi Sposi (“Os Noivos”), de Alessandro Manzoni, o grande fio condutor de toda a história é justamente a Providência divina. Nem Renzo nem Lúcia, nem o heroico Frei Cristóforo nem o covarde Dom Abbondio: o protagonista do romance é o próprio Criador, que conduz as suas criaturas pelos caminhos e “descaminhos” que lhe aprazem. Aos personagens nem sempre as coisas fazem sentido (na verdade, muitas vezes elas não parecem fazer sentido algum), mas no final tudo se encaixa, como esclarece o narrador:

Depois de muito debaterem e procurarem juntos, [Renzo e Lúcia] concluíram que muitas vezes os problemas vêm porque se lhes deu ocasião, mas que a conduta mais cautelosa e mais inocente não basta para mantê-los distantes, e que quando vêm, com ou sem culpa, a confiança em Deus os suaviza e os torna úteis para uma vida melhor. Essa conclusão, apesar de tirada por gente humilde, nos pareceu tão sensata que pensamos em colocá-la aqui, como sentido de toda a história [ii].

Por exemplo: não fosse a recusa covarde de Dom Abbondio em unir Renzo e Lúcia, não se converteria l’Innominato — um homem cruel e misterioso, que se arrepende de seus pecados, se confessa com o Cardeal Frederico Borromeu e muda decididamente de vida, numa das páginas mais belas de todo o romance. O escritor Otto Maria Carpeaux diz, sobre a obra, que:

É um dos mundos mais completos que jamais um poeta criou: mantido em equilíbrio perfeito pela mão de Deus. Manzoni, católico de fé firme, acreditava na Providência divina; e por isso, não se duvida nunca do desfecho feliz da tragédia, e essa fé transforma o romance em símbolo da harmonia celeste [...]. Nos Promessi sposi estão presentes todos os sofrimentos infernais dos quais a humanidade é vítima: tirania, violência, paixões, injustiças e a peste e até aquele inimigo mais terrível da espécie, a burrice covarde, na pessoa de Don Abbondio, que é uma criação de espírito cervantino. Mas os horrores estão atenuados pela perspectiva histórica; e até a trivialidade da pequena gente é transfigurada pelo humorismo irônico e indulgente. De maneira cósmica, a Providência divina e os atos humanos estão entrelaçados [...]. É o maior romance histórico que jamais se escreveu [iii].
“A Adoração dos Reis Magos”, pelo Frei Juan Bautista Maíno.

Como dissemos, esse universo perfeitamente ordenado e harmônico não é uma criação literária de Manzoni; se olharmos para a nossa experiência pessoal, é assim mesmo que as coisas se dão na realidade. A nossa própria existência não é fruto de um sem-número de acasos e eventos fortuitos? Quantos de nós, por exemplo, não viemos ao mundo por um desejo único e exclusivo de Deus — “frustrando” os planejamentos de tanta gente? Quantos ainda não somos o aproveitamento dos pecados graves de outrem — a exemplo de Cristo, em cuja genealogia estão o adultério de Davi e a prostituta Raab (cf. Mt 1, 5-6)? A nível sobrenatural ainda, quantos encontros e “desencontros” não foram necessários para que nos convertêssemos e levássemos uma vida na graça?

Nesse sentido, o pedido de Jesus a Santa Margarida (e a cada um de nós) nada mais é que um chamado a que colaboremos pessoalmente com esta belíssima obra divina em nós. Poucas páginas antes dessa revelação do Senhor, a Mestra religiosa da santa lhe dissera: “Ide pôr-vos na presença de Nosso Senhor como um painel diante do pintor” [iv]. Outra imagem belíssima para nossa meditação: Deus como artista; e nós, uma tela em branco! E pouco depois, falando da obediência devida aos superiores, Cristo lhe diz: 

Eu me prezo de que preferiste a vontade de tuas superioras à minha, mormente em momentos onde elas te proibiram de seguir o que Eu te disse. Deixa-as fazer de ti o que quiserem: darei um jeito de cumprir meus planos, muito embora Me sirva de caminhos aparentemente antagônicos e opostos [v].

Não tenhamos medo, pois, de nos entregar ao divino Infante, como “joguetes”, “brinquedos” mesmo, nas suas mãos — eis um verdadeiro “programa” não só para esta Epifania, mas para toda a nossa vida.

Referências

  1. Santa Margarida Maria Alacoque, Autobiografia. Trad. de Lucas Ferreira. 1. ed. Dois Irmãos: Minha Biblioteca Católica, 2022, pp. 73-74.
  2. Alessandro Manzoni, Os Noivos. Trad. de Francisco Degani. São Paulo: Nova Alexandria, 2012, p. 669.
  3. Otto Maria Carpeaux, História da literatura ocidental. 3. ed. Brasília: Senado Federal, 2008, p. 1486.
  4. Santa Margarida Maria Alacoque, op. cit., p. 66.
  5. Ibid., p. 72.
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👆 OLAVO DE CARVALHO

Nacionalistas

(Publicado originalmente em 27 de Junho de 2018, disponível no site do professor)

"Com o cu na mão, presenciei o flerte dos militares ditos “nacionalistas” com a esquerda ascendente e entendi, já naquela época, que as Forças Armadas NADA fariam, ao menos em tempo, para deter a queda do país ladeira abaixo. Nada fariam e nada fizeram."

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👆OPINIÃO DO AUTOR

O touro, o toureiro e a multidão
(por Ricardo Pagliaro Thomaz)
09 de Janeiro de 2023

Seja um touro que esteja descontrolado. Ele está no centro da arena, olhando para os seus arredores, grunhindo e se movimentando de forma agressiva, passando a sensação inescapável de terror.

Seja um toureiro, inexperiente mas determinado a adentrar a arena para vencer esse touro.

Nesse contexto, a audiência olha estupefata a cena: o toureiro acaba de arranhar a couraça do animal. Ele está agora mais furioso e querendo beber o sangue de seu agressor.

O toureiro começa a ficar preocupado e desesperado. Sem um plano de ação para conter a ameaça iminente, ele resolve ir de encontro ao animal. Como naquele desenho clássico em que o Pica-Pau, feito uma locomotiva desgovernada, parte para cima do touro e os dois colidem, cabeça (ou crista) com cabeça (ou chifres). O Pica-Pau então sai vitorioso e monta uma barraquinha de lanches no meio da arena para vender sanduiches para a audiência estupefata.

Problema: na vida real, não funciona assim. O touro é mais forte do que você. Não só isso. Ele tem chifres e uma força descomunal, e sabe usar ambos como ninguém.

O toureiro que quiser vencer o touro terá que saber como domar esse animal. Só que para saber domá-lo, ele precisará passar por um grande treinamento, que envolve estratégia, planejamento, etc. Estudar o comportamento do touro, como ele se porta assim, como ele se porta assado.

A missão do toureiro é afastar o perigo da audiência cativa, que está assistindo o espetáculo. A audiência por conseguinte confia no seu herói de espada em punho que vai protegê-la do perigo. Só que se não se tem uma estratégia de contenção do touro por parte dos organizadores, o bicho vai atrás da audiência que clama pela sua derrota. Se não há igualmente um estudo cuidadoso e uma grande estratégia por parte do toureiro, essa audiência passará de estupefata para apavorada e vai meter o pé dali antes que alguém se machuque.

O touro não tem consciência de que não se pode machucar as pessoas. O touro só tem uma coisa: instinto de sobrevivência. Ele vai sair atropelando todo mundo e dando botes e chifradas se ele se sentir intimidado.

E se o toureiro bater cabeça com cabeça contra o touro, o que vai acontecer de diferente em relação ao Pica-Pau (que é um desenho, e por isso saiu ileso) é que o toureiro vai voar pra longe, completamente machucado, e talvez até morto.

Como vimos, enfrentar um touro forte e furioso batendo cabeça com cabeça no mundo real não me parece ser lá uma boa estratégia, e diferente de terminar como o Pica-Pau, vendendo lanches no meio da arena, você vai é terminar no hospital, ou então debaixo de uma lápide.

Mais feliz foi o Pernalonga, que percebeu isso, e ao invés de tentar enfrentar o touro frente a frente, enganou o bicho com uma bigorna, graxa, cola, um fósforo, um explosivo e muita graça e inteligência. E ainda mostrou o pano vermelho que deixa o bicho nervoso em sinal de deboche no fim de tudo!

Cansado de levar chifradas do touro? Cansado de ser atropelado por ele? Aprenda a voltar as armas do bicho contra ele mesmo.

A inteligência vence a brutalidade. Sempre. Tanto no mundo dos desenhos, quanto na vida real. Aprendam isso desde já.

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👆 HUMOR

E nas True Outstrips de hoje:

- A vigilância continua... vigilante! Só isso. Porém, o "bafo forte, mão nanica" tá querendo é outra coisa... acho que estão cansados de alisar borrachas todo dia... hahaha!;

- Aí o burraldo do aluno vai querer brincar com o referente. E o referente refere a cara dele! Hahaha! De volta ao COF 101;

- Prá cabá, o consolo de nosso mestre que não deixa o bom-humor sucumbir nas garras da canhota, mesmo em tempos difíceis.

Se nada acontecer comigo, a gente se vê de novo em 15 dias!
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- Ah, e quem puder, colabore com as True Outstrips! É você que as mantém funcionando sem dinheiro de Rouanet, Secom, e cia limitada!
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👆 LEITURA RECOMENDADA

Dada a atual situação de coisas que vivemos, recomendo hoje TRÊS leituras. Na verdade é uma trilogia dividida em 3 peças de teatro escritas por Sófocles, no século V AC, por volta dos anos de 442 AC, 427 AC e 406 AC. Essa série de peças de teatro do escritor grego é sempre abordada nas universidades com a profundidade de um pires, e dada a atual situação da burrice universitária, eu creio que isso não mudará. Para quem quiser então, eu fiz uma análise mais rebuscada da trilogia alguns anos atrás num velho blog que eu tinha, e quem quiser pode dar uma passadinha lá para ver o que eu disse em Fevereiro de 2019, tendo em consideração que eu atualizaria certas coisas hoje. Apenas uma consideração que eu faria a mais nesses textos: eles são sobre o erro, ciente ou não de tê-lo cometido, e como esse erro pode levar uma família ou grupo inteiro de pessoas à mais completa ruina uma vez perpetuado. Dá pra fazer diversos paralelos com o atual estado de coisas no país. Talvez eu faça no futuro, mas vamos deixar como está por enquanto. Leiam Sófocles, porque a sabedoria antiga nos mostra que mudam-se os tempos, mas a ignorância humana permanece inabalável.

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