Edição XXXVIII - Extraordinária de Fim de Ano (A Verdade 68, Esmeril 27, e mais)

Resumo semanal de conteúdo com artigos selecionados, de foco na área cultural (mas não necessariamente apenas), publicados na Revista A Verdade, da qual sou assinante, e outras publicações de outras fontes à minha escolha. Nenhum texto aqui pertence a mim (exceto onde menciono), todos são de autoria dos citados abaixo, porém, tudo que eu postar aqui reflete naturalmente a minha opinião pessoal sobre o mundo. Assinem o conteúdo da revista pelo link e vejam muito mais conteúdo.
      


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TdL: Edição extraordinária. Feliz passagem de ano, e muita força para suportar as provações que virão em 2022! Fiquem com Deus! Nos vemos em duas semanas!

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ÍNDICE

REVISTA A VERDADE

    O Natal dos anticristãos (Gustavo Victorino)

REVISTA ESMERIL

    - Padre Bernardo Maria (Leônidas Pellegrini)

BRASIL SEM MEDO

    - Quatro poemas de Natal para ler com as crianças (Letícia Alves)

ALLAN DOS SANTOS

    - Alvos do Foro de SP são alvos do narcotráfico (23/12/21)

MEMÓRIA TERÇA LIVRE

    - Porque o congelamento de preços é uma alternativa imbecil (Ernesto Araújo, Rev. TL ed. 7)

PALAVRA DE OLAVO DE CARVALHO

ESPAÇO DO AUTOR
    - 
Você é muito radical! (um poema para o fim de ano)

HUMOR 

LEITURA RECOMENDADA

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Boa leitura, e uma boa Terça Livre pra você!!

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👆 Com a palavra, Terça Livre!

 
Terça Livre jamais pode ser esquecido. Por essa razão, esta seção aqui buscará cobrir o buraco que ficou no meu blog após o fim da empresa, dando a vocês links e caminhos fáceis para saberem o que os seus ex-membros estão pensando e onde encontrá-los sempre e com facilidade.

ALLAN DOS SANTOS: Allandossantos.com || Gettr || Clouthub || Telegram || Bom Perfil || Clubhouse.

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OPINIÃO



👆 O Natal dos anticristãos
(por Gustavo Victorino)


Historicamente algumas ideologias sempre atacaram a fé quando não conseguiam conquistar pelas promessas vãs ou benesses a seus líderes religiosos.

Por suas posturas basilares na generosidade, sacrifício e entrega, o cristianismo sempre foi o alvo principal dessas ideologias totalitárias.

Uma simples olhada ao redor e veremos que as piores e mais sanguinárias ditaduras do planeta oprimem e em alguns casos até proíbem o cristianismo. Países com significativa influência econômica e poderio bélico chegam a fuzilar católicos como exemplo de censura e opressão.

No Brasil, ao longo do tempo, uma esquerda oportunista e pragmática seduziu alguns clérigos e a eles fez o que melhor sabe ... oferecer um falso céu em troca de suas almas.

Ao ver seguidores cristãos de tal ideologia, fico chocado com a extrema ambiguidade e contradição em tal conduta.

Como pode alguém defender um conceito tão volátil e oportunista usando o nome de Deus?

Acreditar em candidato de esquerda indo à igreja é como imaginar um longo e demorado abraço carinhoso entre um gato e um rato.

O comunismo e o socialismo são historicamente predadores da fé cristã e desconhecer essa faceta leva a constrangimentos extremados como algumas falas do atual papa que conseguiu uma façanha inédita no Brasil, qual seja, ter uma rejeição significativa entre os próprios católicos.

Religiosos em busca de “lacração” ou holofotes também viraram um modismo preocupante quando se fala em atacar liberdades ou criar cenários aterradores para fins políticos.

Nessa esteira, as igrejas pentecostais acabaram encontrando um caminho fértil para crescer e se desenvolver em nosso país.

Usando de um discurso objetivo e pragmático de bem-estar e boa aventurança, o segmento cresceu sob críticas e hoje se consolidou mesmo sob recorrentes desconfianças sobre o seu real propósito.

Enquanto um lado monolítico ataca cristãos de todas as vertentes e prega laicidade como forma de ser o próprio deus da sociedade, o cristianismo luta contra o inimigo de uma forma cada vez mais dividida e permitindo inclusive o surgimento de verdadeiras aberrações ideológicas em seu próprio seio.

Mas com a proximidade do natal, as máscaras caem e veremos belas árvores, presentes e comemorações de políticos de esquerda e ideólogos fundamentalistas raivosos, enfim todos ... Mesmo entre os que o querem destruir essa sagrada data cristã.

E assim os hipócritas deverão sublimar ou esquecer o mais importante... Os conceitos e ensinamentos do aniversariante do dia!

Feliz Natal !!!

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REVISTA ESMERIL - Ed. 27, de 25/12/2021 (Uma publicação cultural digital e mensal de Bruna Torlay. Assinar a revista


PERFIL


👆 Padre Bernardo Maria



(por Leônidas Pellegrini)



histeria programada do biênio 2020/2021, que muito tem ajudado para impulsionar a agenda da Nova Ordem Mundial, atingiu em cheio as consciências de grande parte das pessoas em todo o planeta – afinal, como ensina a história, nenhuma ditatura é implementada sem firme adesão de boa parte da população a ela sujeita.

Um sintoma visível deste cenário pode ser verificado em um certo esfriamento do amor a Deus e ao próximo, que, em nome das mais absurdas leis sanitárias e da “ciência”, tem caído no esquecimento.
Em um “mondo bizarro” como este, ainda é possível viver o verdadeiro amor cristão? Para responder a esta e outras perguntas acerca do amor, conversei com o Padre Bernardo Maria, do Mosteiro Cisterciense Nossa Senhora de Nazaré de Rio Pardo (RS).

De sua perspectiva monástica, e demonstrando grande sabedoria e muito estudo, Padre Bernardo nos aponta para Jesus como o caminho de restauração do amor em um mundo cada vez mais adoecido pela mentalidade revolucionária e seus frutos. Confira a seguir a entrevista com este alegre e sábio monge.


Revista Esmeril. Padre, fale um pouco sobre as acepções da expressão “amor” segundo a fé católica.

A fé católica guia-se primordialmente pela Revelação – contida na Sagrada Escritura, à qual se unem sempre a Tradição e o Magistério. Segundo alguns cálculos, a palavra “amor” aparece em 335 versículos da Bíblia, o que torna esse estudo, ainda que só em nível escriturístico, bastante amplo e estendido no tempo.

Poderíamos passar uma vida inteira estudando esse tema, sempre fazendo descobertas animadoras. “Amor” pode indicar, quando o Novo Testamento usa a palavra grega “ágape”, o próprio Deus [“Deus é amor.” (1Jo 4,8); ainda que possamos falar de Deus também como “Luz” – “Deus é Luz e n’Ele não há treva alguma.” (1Jo 1,5)]; pode significar, ainda como “ágape”, o “amor matrimonial” (“E vós, maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.” – Ef 5,25), e também “amor para com o próximo” (“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” – Mt 22,39; Lv 19,18), ou até mesmo indicar algo reprovável, como o “amor às trevas” (“mas os homens amaram mais as trevas do que a luz” – Jo 3,19).

Revista Esmeril. Como podemos nos esforçar para que se faça cada vez mais presente o ágape em nossas vidas?

A expressão “ágape” significa justamente o amor que se doa, o amor incondicional, o amor que se entrega. Ágape foi um termo muito utilizado pelos escritores cristãos, e aparece bastante nos textos do Novo Testamento. O Papa Bento XVI utilizou o termo “amor” – que no texto de 1Jo 4,8 originalmente está em grego (“ágape”) – no título de sua Encíclica “Deus caritas est” (do latim: “Deus é amor”), e nos ensina que:

“essas palavras da Primeira Carta de João exprimem, com singular clareza, o centro da fé cristã: a imagem cristã de Deus e também a consequente imagem do homem e de seu caminho. Além disso, no mesmo versículo, João oferece-nos, por assim dizer, uma fórmula sintética da existência cristã: ‘Nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem’.”
Bento XVI, Deus caritas est, nº 1

Consequentemente, para que o ágape torne-se mais presente em nossas vidas, é fundamental que abramos as portas de nossa existência para que Jesus Cristo, o amor encarnado de Deus, torne-se mais presente.

Revista Esmeril. Como pode ser entendido o amor a partir da perspectiva de vida monástica?

Existe um sem-número de autores monásticos que escreveram sobre o amor, abordando-o tanto em sua forma meramente sentimental, quanto em sua forma de união mística com Deus. O caminho monástico não é outra coisa que, mediante uma vocação (chamamento), dedicar toda a vida à vivência radical do Evangelho, à entrega perseverante e total de si mesmo a Cristo. Tudo o mais na vida monástica são facilitadores para bem atender a esse chamamento divino.

Já que sou monge cisterciense, penso que não seria problema puxar um pouquinho a “brasa para o meu assado” e aproveitar a oportunidade para oferecer aos leitores a visão sobre o amor presente nos escritos de um outro monge cisterciense, ele que é Doutor da Igreja:

“O amor basta-se a si mesmo, em si e por sua causa encontra satisfação. É seu mérito, seu próprio prêmio. Além de si mesmo, o amor não exige motivo nem fruto: seu fruto é o próprio ato de amar. Amo porque amo, amo para amar. Grande coisa é o amor, contanto que vá a seu princípio, volte à sua origem, mergulhe em sua fonte, sempre beba donde corre sem cessar. De todos os movimentos da alma, sentidos e afeições, o amor é o único com que pode a criatura, embora não condignamente, responder ao Criador e, por sua vez, dar-lhe outro tanto. Pois quando Deus ama, não quer outra coisa senão ser amado, já que ama para ser amado; porque bem sabe que serão felizes pelo amor aqueles que o amarem” 
São Bernardo de Claraval – Dos Sermões sobre o Cântico dos Cânticos - Sermão 83, 4.

Revista Esmeril. Falemos agora sobre os maus amores, que são o amor a si próprio, o amor ao mundo e o amor ao dinheiro, presentes entre nós desde há muito. Como eles interferem não apenas em nossas vidas pessoais, mas também na história humana, e como nós cristãos podemos batalhar contra eles?

Se usarmos a palavra “amor” para designar um sentimento, um pensamento, uma escolha, uma atitude, etc., que não agrada a Deus, que nos afasta de Deus, então não estamos mais falando em virtude, mas em vício, em pecado, em deformação, e isso sempre trará à nossa vida pessoal tristeza, sofrimento, ódio e, enfim, todo tipo de infelicidade e mal-estar.

São Paulo nos diz que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6,23), ou seja, a Humanidade só perde e nada ganha com a deformação do amor. Não podemos ceder às tentações que os inimigos de nossa alma nos oferecem, é preciso buscar com insistência e ardentemente a verdade, a realidade, a eternidade, sem desperdiçar o precioso tempo de nossas vidas com a mentira, a ilusão, a superfluidade.

Estamos no Tempo do Advento, à espera da grande festa do nascimento de Jesus, o Verbo Divino feito carne. Na liturgia da Santa Missa, a Oração pós-comunhão do 1º Domingo do Advento traz, a meu ver, uma síntese do que devemos pedir a Deus em vista da batalha contra os maus amores: “Aproveite-nos, ó Deus, a participação nos vossos mistérios. Fazei que eles nos ajudem a amar desde agora o que é do céu e, caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam”.

Revista Esmeril. Por falar em maus amores, ou antes, desamores, e aproveitando que estamos no tempo do Advento, como o senhor entende os ataques ao Natal, cada anos mais intensos – presépios politizados, ataques a imagens natalinas, atentados contra desfiles de Natal etc.?

Esse elenco de situações que citaste nada mais são do que frutos da falta de fé em Jesus Cristo. Para quem não crê, o Natal e seus ritos são comparáveis a lendas, mitos, alguma espécie de alienação, ou mesmo um gênero de cultura inútil e até nociva. As hostilidades ao Natal obviamente ferem os corações cristãos, mas é preciso lembrar que não são novidade, são fruto de um processo que o próprio Jesus, enquanto caminhava sobre esta Terra, já pôde observar: “O Filho do Homem, porém, quando vier, encontrará fé sobre a terra?” (Lc 18,6).

Os corações frios e incrédulos sempre existiram, mas o que atualmente assombra é que o seu número alcançou uma dimensão planetária. o Evangelho já foi anunciado ao mundo inteiro, e, ao mesmo tempo, no mundo inteiro, há quem o renegue, e cada vez de forma mais agressiva, inclemente e sufocante. A reação ao anúncio do Evangelho não é mais simplesmente indiferença ou discordância, está se tornando uma espécie de guerra anticrística e mercenária, contra a qual os cristãos precisam preparar-se bem para que não pereçam, nem se extingam.

Revista Esmeril. Neste último biênio, com toda a engenharia psicológica e comportamental por trás da pandemia da Covid-19, o senhor pôde notar algum tipo de modificação no mundo? O amor pode ter “esfriado” neste contexto?

O contexto da pandemia parece ter dividido a sociedade ocidental ao meio: uma metade acredita que estamos em um chamado “estado de novo normal”, e que não há nada a fazer quanto a isso, a não ser submeter-se cegamente àquilo que os “especialistas” prescrevem, e/ou àquilo que os políticos ordenam; a outra metade percebe com muita clareza que nem os “especialistas” nem os políticos são semideuses, e que, se há entre nós mais cérebros capazes de resolver problemas, “bóra” fazê-los trabalhar também, para sairmos logo desse “atoleiro”.

Mas, desafortunadamente, há mais do que uma mera divisão: basta ser bem informado para notar que há por aí muita narrativa pré-programada, muito amor ao poder, ao dinheiro e à abundância nos governos e nas economias mundo afora, e tudo isso tentando eclipsar o amor à justiça, à verdade e à paz. Os perversos, porém, hão de se frustrar, pois “quem ama o dinheiro, dele não se fartará; quem ama a riqueza, dela não tirará proveito: e isso também é vaidade. Onde os bens são muitos, muitos são também os que os devoram: que vantagem tem o dono, a não ser ficar olhando a riqueza com seus olhos?” (Ecl 5,9-10).

Revista Esmeril. Quais conselhos o senhor tem a dar aos cristãos que, sabemos, viverão tempos de cada vez menos amor e mais perseguições contra Jesus?

Mantenham acesa a chama da esperança, porque foi o Cristo quem disse: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque grande é a vossa recompensa nos céus; pois deste modo perseguiram os profetas que vos precederam.” (Mt 5,12).

Assim como Noé, apesar do escárnio de muitos dos que o rodeavam, seguia pacientemente construindo a arca que Deus lhe encomendara, sigamos nós também, pacientemente e com perseverança, construindo a arca de nossas virtudes, de nossas boas ações, de nosso bom testemunho, de nossas orações, de nossa confiança na Providência divina, de nosso amor a Deus e ao próximo, porque ela nos fará sobreviver ao dilúvio de oposição e de maldade que já há algum tempo vem inundando o mundo em que vivemos.

Esmeril Editora e Cultura. Todos os direitos reservados. 2021

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Brasil Sem Medo - 25 de Dezembro





NATAL EM FAMÍLIA


👆Quatro poemas de Natal para ler com as crianças
(por Letícia Alves)


Ainda dá tempo de ensinar às crianças que o Natal é muito mais do que uma ceia farta e uma árvore cheia de presentes


Ao contrário do que muitos pensam, o Natal não se encerra neste dia 25. Na liturgia católica, o Tempo de Natal vai desde a Missa da noite do dia 24 de dezembro até a festa do Batismo do Senhor, que em 2022 cairá no dia 9 de janeiro. Dessa forma, ainda dá tempo de ensinar às crianças o real sentido dessa festa, que é muito mais do que uma ceia farta e uma árvore cheia de presentes, pois relembra o acontecimento mais importante da história da humanidade: o dia em que Deus se fez Menino e nasceu entre nós. 

O BSM separou cinco poemas sobre o nascimento de Jesus para você ler às crianças.


Canto de Natal (Manuel Bandeira)
O nosso menino
Nasceu em Belém.
Nasceu tão-somente
Para querer bem.

Nasceu sobre as palhas
O nosso menino.
Mas a mãe sabia
Que ele era divino.

Vem para sofrer
A morte na cruz,
O nosso menino.
Seu nome é Jesus.

Por nós ele aceita
O humano destino:
Louvemos a glória
De Jesus menino.

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Cantiga dos Pastores (Adélia Prado)
À meia noite no pasto,
guardando nossas vaquinhas,
um grande clarão no céu
guiou-nos a esta lapinha.

Achamos este Menino
entre Maria e José,
um menino tão formoso,
precisa dizer quem é?

Seu nome santo é Jesus,
Filho de Deus muito amado,
em sua caminha de cocho
dormia bem sossegado.

Adoramos o Menino
nascido em tanta pobreza
e lhe oferecemos presentes
de nossa pobre riqueza:

a nossa manta de pele,
o nosso gorro de lã,
nossa faquinha amolada,
o nosso chá de hortelã.

Os anjos cantavam hinos
cheios de vivas e améns.
A alegria era tão grande
e nós cantamos também:

Que noite bonita é esta
em que a vida fica mansa,
em que tudo vira festa
e o mundo inteiro descansa?

Esta é uma noite encantada,
nunca assim aconteceu,
os galos todos saudando:
O Menino Jesus nasceu!

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Os Reis (Odylo Costa)
Eram três reis magos
vindos do Oriente
atrás de uma estrela
que espantava a gente
 
pela claridade.
Parecia uma asa
feita só de luz.
Parou numa casa

humilde, em Belém,
lá onde Maria
entre o boi e o burro
no colo trazia

Jesus. Mas, sabendo
quem era o Menino,
eles o adoraram
com o rei divino.

Um lhe trouxe mirra:
era homem, sofria.
Outro deu-lhe ouro:
era rei, podia.
E o terceiro incenso
que a Deus se devia.

Gaspar, Melchior, Baltasar,
reis magos de vária raça,
neles o mundo se une
numa divina argamassa

no sonho da paz eterna.
E no colo de Maria
Jesus dorme. O ar que respira
varre o chão da estrebaria.

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Natal (Olavo Bilac)
Jesus nasceu. Na abóbada infinita
Soam cânticos vivos de alegria;
E toda a vida universal palpita
Dentro daquela pobre estrebaria...

Não houve sedas, nem cetins, nem rendas
No berço humilde em que nasceu Jesus...
Mas os pobres trouxeram oferendas
Para quem tinha de morrer na cruz.

Sobre a palha, risonho, e iluminado
Pelo luar dos olhos de Maria,
Vede o Menino-Deus, que está cercado
Dos animais da pobre estrebaria.

Nasceu entre pompas reluzentes;
Na humildade e na paz deste lugar,
Assim que abriu os olhos inocentes
Foi para os pobres seu primeiro olhar.

No entanto, os reis da terra, pecadores,
Seguindo a estrela que ao presepe os guia,
Vem cobrir de perfumes e de flores
O chão daquela pobre estrebaria.

Sobem hinos de amor ao céu profundo;
Homens, Jesus nasceu! Natal! Natal!
Sobre esta palha está quem salva o mundo,
Quem ama os fracos, quem perdoa o mal,

Natal! Natal! Em toda a natureza
Há sorrisos e cantos, neste dia...
Salve Deus da humildade e da pobreza
Nascido numa pobre estrebaria.

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Allan dos Santos
 - 23 de Dezembro




NARCOTRÁFICO / FORO DE SÃO PAULO




👆 Alvos do Foro de SP são alvos do narcotráfico
(23/12/2021)



O vídeo abaixo é do deputado Tomas Monasterio do partido Movimiento Democrata Social da Bolívia. A série de denúncias do jornalista Ricardo Roveran, que à época estava no Terça Livre, desencadeou a derrocada de Evo Morales, mas infelizmente o Foro de São Paulo retornou por inúmeros motivos, mas um precisa ser descrito com ênfase: não prenderam Evo e seus comparsas.

As denúncias do Terça Livre consistiam na ligação entre uma juíza da Suprema Corte que frequentava a casa do narcotraficante Pedro Montenegro, preso no Brasil em 2019. Outra denúncia era um ministro de Evo tinha relações com o avião usado pelo tráfico e interceptado no Paraguai.

O ódio do STF com o Terça Livre não foi uma surpresa para mim. Como muitos parecem perder a memória no Brasil, faço questão de recordar essa denúncia do excelente jornalista Ricardo Roveran.

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MEMÓRIA TERÇA LIVRE
(matérias de edições antigas da revista que ainda são atuais)

Hoje voltaremos no tempo para a edição 7 da Revista Terça Livre, de 27 de Agosto de 2019.

Infelizmente não é mais possível acessá-la porque o site TL TV saiu do ar, portanto agora uso do meu acervo de pdfs para publicar artigos da revista. Porém, a área de cursos do Terça Livre se encontra disponível novamente através da plataforma do Canal Hipócritas.



COMPORTAMENTO


👆 Porque o congelamento de preços é uma alternativa imbecil
(por Ernesto Araújo)

CAPACIDADE DE ERRAR O ser humano é simplesmente brilhante quando o assunto é repetir erros. Nada mais próprio do ser humano, dizem, que ``errar é humano``. Se um único humano é capaz de todo tipo de erro, do que não seria capaz uma aglomeração de seres humanos dotada do poder de Leviatã? Ora, se todo o poder do Estado é cedido pelo povo, como dizia Hobbes, então o fortalecimento do Estado é o enfraquecimento do povo. E, de fato, o mundo funciona assim: quando o Estado cresce e intervém, a liberdade individual vai cessando, tal qual o apagar de uma chama de vela. O Estado é, indubitavelmente, esta aglomeração da capacidade humana de repetir erros. Se queres um ensinamento para a vida, ei-lo: nunca subestime a capacidade do governo de fazer besteira. E não é, evidentemente, diferente no campo econômico.

ARGENTINA

Recentemente, a Argentina anunciou um novo congelamento de preços no país. Para alguns, essa é uma grande notícia: parece ser a solução perfeita para a inflação avassaladora que vem destroçando o país. Por que não seria?

A resposta é simples: porque o Mercado não funciona assim. É preciso bradar aos cantos que a inflação é apenas um sintoma de uma doença mais complicada, aprofundada e agigantada pelo tempo. E uma doença, meus caros, não se cura pelos sintomas. É preciso ir além, na sua raiz, na bactéria que a causa, ainda que esta bactéria seja evidente: a mão estatal que intervém em tudo.

A DOENÇA CHAMADA ESTADO E SUA SOLUÇÃO AINDA MAIS DOENTIA

O paradoxo, portanto, é maior: a doença chama-se Estado; como poderia o próprio Estado ser a solução? A ideia do Estado resoluto assemelha-se ao alcoólatra que quer curar seu alcoolismo com cerveja, ou o viciado em drogas que quer curar-se usando cocaína. Que fique claro e ressoe aos cantos: o Estado é o problema, e sua solução é um problema maior.

COMO O MERCADO FUNCIONA

Ao que interessa: pense que você é um plantador de batata. A época de cultivo da batata se dá principalmente entre a primavera e o verão. Nessa época, há muita colheita e, portanto, muita oferta no mercado. Sendo assim, para conseguir vender a batata que é ofertada por muitos, você terá que baixar o preço. Em contrapartida, o inverno não é período de colheita de batatas. Como há pouca batata em oferta no inverno, você pensa: ``todos querem batata, mas há poucas batatas à venda, então vou subir o preço da batata``. Assim, só terão acesso à batata aqueles que estiverem dispostos a pagar mais. Sua atitude involuntária diante da escassez ou abundância da batata chama-se Lei da Oferta e da Procura, e é assim que o mercado funciona.

Na época de colheita você vende a batata por R$ 2,00/kg. No período de falta, você vende a R$ 6,00. Tudo funciona bem assim: como você venderá menos no inverno, o preço maior compensará.

Mas, o Governo quer solucionar o problema das pessoas que não conseguem comprar batata no inverno. Então, canetaço: batata a R$ 2,00 o ano todo. Nada melhor para os pobres: agora podem comer batata o ano todo. Que tal?

No inverno, suas despesas continuam, mas como tens menos batatas, vendes menos. Isso significa prejuízo. O que você faz? Resolve parar de plantar batatas. E o pobre e o rico param de comê-la.

UMA CHANCE AO GOVERNO

Mesmo assim, sejamos benevolentes com o Estado e suponhamos que não pares de plantar, mesmo não lucrando. Com os preços semelhantes e menos batatas no inverno, os mais ricos logo comprarão todo o estoque. Ou alguém pensa que os ricos não se apoderarão de ``mais do que convém conforme a justiça?`` Consequência: os pobres, que seriam os mais favorecidos pelo tabelamento de preços, acabam sem as
batatas. E sem comer.

NÃO CAIA NA CONVERSA FIADA DO ESTADO

Não é possível colocar 1000L em um tanque de 500L, nem colocar 3 carros em uma garagem para 2 carros. Da mesma forma, é impossível controlar preços quando o custo de produção inflaciona-se e, sobretudo, quando o próprio consumidor está disposto a precificar os produtos. No mundo real é assim: as pessoas pagam mais pelo que querem mais; e menos pelo que querem menos. O tabelamento de preços é, a priori, um desastre econômico e, a posteriori, uma afronta ao próprio consumidor, do seu direito de pagar o quanto e como quiser. O tabelamento de preços é uma alternativa imbecil. Não sejamos, pois, imbecis: a liberdade está para além do poder do Estado.

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👆 PALAVRA DE OLAVO DE CARVALHO!


"Se em vez de comentários políticos os cultores do bolsomito escrevessem peças de teatro, shows e filmes, tudo estaria melhor. Só se vence aquilo que se substitui, ensinava Nietzsche. Sem nada para colocar no lugar da cultura popular comunista, falar mal dela é fazer buraco n'água. 
Não foi falando mal que consegui quebrar a hegemonia comunista no campo das idéias. Foi ampliando formidavelmente o horizonte das idéias disponíveis.
" (25/12/2021)

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"Basta ler os meus livros de filosofia para perceber o quanto é estreito o horizonte de consciência da classe universitária comunista. Dá dó dos "intelectuais de esquerda"." (25/12/2021)

"Na esfera da luta político-ideológica, basta o "trabalho do negativo". No campo cultural, ao contrário, é preciso preencher espaço com realizações positivas." (25/12/2021)

"O amor não é um sentimento. É uma decisão, um juramento, um compromisso de vida e morte. Quem entende isso é feliz no amor e em tudo o mais." (25/12/2021)

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👆ESPAÇO DO AUTOR

Você é muito radical! (um poema para o fim de ano)
(por Ricardo Pagliaro Thomaz)
26 de Dezembro de 2021


No princípio havia Adão e Eva.
Eles decidiram por não comer a maçã.
A cobra não concordou.
"Você é muito radical, Eva!"
Eva comeu.
E tudo se complicou.

Depois teve Caim e Abel.
Eles eram irmãos, mas Abel era mais querido.
Caim não concordou.
"Você é muito radical, Abel!"
Caim matou.
E tudo se complicou.

Depois teve Nimrod.
Ele quis construir uma torre muito alta.
Deus não concordou.
"Você é muito radical, Deus!"
Nimrod desafiou.
E tudo se complicou.

Aí teve Moisés.
Ele mandou o povo esperar enquanto ia no monte.
O povo não concordou.
"Você é muito radical, Moisés!"
Um ídolo o povo forjou.
E tudo se complicou.

Mas aí teve Jesus.
Ele quis vir aqui nos ensinar e nos salvar.
Os fariseus não concordaram.
"Você é muito, muito, muito radical, Jesus!"
Então a ele a gente crucificou.
Mas quando pensávamos que tudo se complicou.
A salvação a nós alcançou.

Mas não foi aí que parou!

Porque agora tem os cristãos.
Eles só querem viver na retidão e ao Céu chegar.
Mas o mundo não concordou.
"VOCÊ É MUITO RADICAL, CRISTÃO!!"
A perseguição perpetuou.
Jesus o fim anunciou.
O Cristão lutou.
Cruzadas, Inquisição.
A perseguição a santos provou.

Mas dessa vez... dessa vez...

Somente o ímpio se complicou.

A história não acabou.
Continuamos a ouvir a velha cantilena.
"Você é muito radical, família!"
"Você é muito radical, igreja!"
"Vocês são muito radicais, homem e mulher!"
"Você é muito radical, pensamento contrário!"
"Você é muito radical, Cristão!"
"Você é muito radical, Conservador!"

"VOCÊ É MUITO RADICAL!"

"VOCÊ É MUITO RADICAL!"

"VOCÊ É MUITO, MUITO, MUITO... RADICAL!"

Já sei, não precisa falar.
Uma coisa o mundo se esforçou em me ensinar:
é que por mais que você tente me avisar,
já deu pra notar,
e não adianta ocultar...
que no Céu só vai entrar,
quem MUITO RADICAL ficar.

Pena que o mundo não ficou!
Pois nessa, só ele se complicou.

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👆 HUMOR (agora com meus comentários!)

E na tira de hoje, yiipie-nho-cu-nhé, oraporra!! 😎💪...
(27/12/2021)


E na charge do Sal Conservador, uma valiosa reflexão de Natal e fim de ano!! 🙌
(24/12/2021)

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👆 LEITURA RECOMENDADA

Para este fim de ano, leia pela primeira vez, ou releia um clássico de Natal para se recordar de alguns dos maiores preceitos cristãos: a caridade, a generosidade e a entrega. Aproveitem! Bom fim de ano!

Comentários

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