Edição VIII (Revista Terça Livre 98, Revista A Verdade 38, e mais)

Resumo semanal de conteúdo com artigos selecionados, de foco na área cultural (mas não necessariamente apenas), publicados na Revista Terça Livre, da qual sou assinante, com autorização pública dos próprios autores da revista digital. Nenhum texto aqui pertence a mim, todos são de autoria dos citados abaixo, porém, tudo que eu postar aqui reflete naturalmente a minha opinião pessoal sobre o mundo. Assinem o conteúdo da revista pelo link e vejam muito mais conteúdo.




CULTURAL


Entrevista com Romildo Santos
(por Leônidas Pellegrini)


O vício ideológico de idealização da figura do bandido, do criminoso, é algo que alimenta o imaginário ocidental pelo menos desde a literatura romântica, e chega a nós hoje por meio de uma enxurrada de obras, entre romances, filmes, seriados, novelas, HQs etc. Nessa mesma toada, vem a demonização da figura do policial.

Ora, se eu perguntasse a você, leitor, quantas obras conhece - ficcionais ou não, mas de grande sucesso - sobre o sistema prisional, em que há uma clara idealização e romantização dos detentos e, em sentido contrário, uma demonização da polícia, sobretudo entre os agentes de segurança prisional, certamente você lembrará de várias. Se, no entanto, eu perguntar pelo mesmo tipo de obras, mas que sejam sob a ótica da polícia, dos agentes de segurança que trabalham diariamente sob uma dupla pressão – dos criminosos encarcerados e do Estado negligente ou cúmplice com a criminalidade –, qual seria sua resposta? Provavelmente, você não deve conhecer nenhuma. O próprio Drauzio Varella, no final de Estação Carandiru, uma das obras mais badaladas desse “gênero”, deixa bem claro que a escreveu com base na versão da história contada pelos bandidos, deixando evidente que sequer se interessou por saber ou mesmo procurar ouvir a contraparte, o outro lado da história. 

Essa história, no entanto, pode mudar, caso comecem a ser produzidas mais obras que possam alimentar o imaginário das pessoas com uma visão menos distorcida da realidade, menos estereotipada, da “polícia malvadona, fascista” e do “bandido bonzinho, vítima da sociedade”. A boa notícia é que, na literatura, isso já começou, e aqui no Brasil, com Salve Geral, romance de estreia do policial penal cearense Romildo W. F. Santos. 

Escrito a partir da experiência de quase uma década no sistema prisional cearense, Salve Geral apresenta de maneira bastante realista - e, eu ousaria dizer, didática - a situação política daquele estado e a profunda penetração, até a simbiose, do crime organizado em todas as esferas do poder local, com evidentes referências a conhecidos figurões da política brasileira em personagens como o governador “Cássio Santana”, ou os caciques da família “Pereira Gomos”. Santos não idealiza nem bandidos, nem policiais. Entre estes, o autor não se furta de mostrar os corruptos e vendidos, que trabalham para o crime e perseguem seus próprios pares – estes sim, verdadeiros heróis na ficção e na realidade. Entre aqueles, Santos revela e denuncia, sem rodeios, a natureza de alguns dos piores seres humanos existentes neste mundo, nas ações terroristas e sanguinárias de membros atuantes nas facções do crime organizado. 

Confira, agora, a entrevista exclusiva que o autor concedeu à Revista Terça Livre.

Terça Livre: Em primeiro, lugar, gostaria que falasse para nossos leitores quem é Romildo Santos. Sua formação, sua trajetória profissional etc. 

Romildo Santos: Sou formado em Administração de Empresas (FEPAM – Faculdade Europeia de Administração em Marketing) e atualmente estou cursando Filosofia (UNIVIRTUS). Trabalho no sistema prisional do estado do Ceará, há um pouco mais de oito anos, como Policial Penal. Também quero tocar a minha carreira de escritor, por motivo de propósito, vocação e amor.

Terça Livre: Gostaria que expusesse para nossos leitores qual é, hoje, a situação política do Ceará, seu estado, e como isso influencia no trabalho e na situação dos policiais penais. 

Romildo Santos: A situação do Policial Penal do CE é muito delicada, trabalhamos na atividade mais perigosa do Brasil e a 2° mais perigosa do mundo, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), e de fato o risco de vida é eminente, apenas por representar para o crime como sendo o Estado “Opressor”. Sendo assim, não apenas pelo lado paralelo da sociedade, mas também pelo regime implantado atualmente pelo Estado, tem-se desgastado e prejudicado bastante o Policial Penal, porque em pleno século vinte e um somos vistos apenas como uma matrícula, falta um diálogo com o plantonista, que é a ponta da lança da lei de execuções penais, falta o reconhecimento! Portanto, a situação é bem complexa e difícil, gerando inclusive muita desistência da carreira e afastamento por motivo psicológico. 

Terça Livre: Você lançou recentemente o romance Salve Geral. Diga-nos como foi a gênese e o desenvolvimento dessa obra, suas inspirações, motivações, assim como o processo de criação dos personagens que integram a trama. 

Romildo Santos: Sim. Lancei o meu 1° Livro, Salve Geral, é um livro no gênero romance, baseado em fatos reais. Essa obra foi construída durante um ano, no decorrer do ano de 2020, sendo lançada recentemente em 2021. Para a construção dos personagens e da trama, construo inicialmente o roteiro, a ficha dos personagens e posteriormente vou me debruçando diariamente para escrever a trama. Particularmente, gosto de escrever pela noite, tem mais silêncio e consigo ter um foco maior. Um bom escritor tem que ser observador, questionador e ter a sensibilidade para escrever e sentir os personagens, eu particularmente me emociono na minha história, ora estou sorrindo junto com o personagem, ora estou apreensivo ou chorando, não é fácil. 

Para o processo de criação e inspiração, busco todos os dias ler livros, assistir filmes, visitar museus, escutar boas músicas, principalmente as clássicas. Em relação aos livros, gosto muito dos policiais, com bastante ação e sem uma descrição de cena e de personagem cansativa. 

Salve Geral, sem dúvidas essa é uma obra que a sociedade deverá gostar, pois o mundo intramuros é muito bem escondido e poucas coisas são reveladas. Assim, o livro tem despertado o interesse das pessoas de modo geral, e não apenas dos operadores de segurança pública. 

Terça Livre: Seu romance, em diversos momentos, me lembrou os filmes da franquia Tropa de Elite, no sentido de que ele expõe, assim como nos filmes do José Padilha, desde a corrupção se infiltrando no sistema até ela praticamente se tornar o próprio sistema, que vai cada vez mais desenvolvendo uma relação visceral com o crime organizado. Como você analisa essa percepção, levando-se em conta a situação política do Ceará?

Romildo Santos: Sem dúvidas, o meu livro levantou algumas questões dos sete pecados capitais, a ganância e o ego, chega a ser uma doença no homem, por isso o filosofo Nicolau de Maquiavel defendia que “os fins justificam os meios”, pois o homem é lobo do homem. E essa relação da criminalidade expõe bastante essa questão. Infelizmente, a criminalidade é bem rentável para o governo local, gera emprego, construção de novos presídios... gera renda. Logo, a criminalidade não é combatida como deveria ser. Temos muitos “cases de sucesso” pelo mundo, por que não adequamos a nossa realidade para combatermos? A oligarquia política no estado do Ceará é muito forte, e essa força se posterga por ter os três principais pilares: Força Militar (do Estado), Força Econômica (Capital e bens) e Força Ideológica (Cultura de Gado, conhecida como “Pão e Circo”). No fim, o povo é quem sofre!

Terça Livre: Uma outra coisa bem marcante em seu livro é o realismo na descrição das ações policiais, que não são com “flores e poemas”, pois sabemos que vocês enfrentam alguns dos piores tipos humanos que existem, mas que são romantizados e idealizados sobretudo pela lente da imprensa e da intelectualidade universitária. Eu li seu romance, inclusive, justo quando ocorriam as repercussões da ação policial na comunidade do Jacarezinho, no Rio – portanto, não teve como não associar a realidade à literatura naquele momento, diante de tantas narrativas falaciosas da imprensa contra os policiais. E você deixa bem claro, em mais de um momento, em seu livro, que, nesse contexto da vida policial, “ou você é caça, ou é caçador”. Gostaria que falasse um pouco sobre essa questão.

Romildo Santos: Policial é treinado para não morrer. Na guerra, ele morre e deixa os seus familiares desamparados, ou simplesmente sobrevive. Para isso, muitas vezes o policial tem que matar. Se um bandido armado atirar em mim, meu instinto é me proteger e revidar à altura, realmente não tem flores. 

O Judiciário tem que evoluir, as facções cada vez mais crescem e tomam conta das comunidades carentes porque o Estado é fraco, e as leis são brandas, as investigações não evoluem, mas se a pessoa faccionada fosse vista como terrorista, porque os seus meios operantes de fato são bem dolosos e repugnantes, muitos jovens pensariam duas vezes antes de entrar. Porém, sabemos que a questão é bem complexa, tendo que investir na educação, saúde, geração de emprego, mobilidade, qualidade de vida, são vários fatores. 

Mas para quem está no crime há muito tempo, muitos desses jovens não têm mais ressocialização, mais cedo ou mais tarde, o combate é inevitável. Costumo dizer que um homem mal armado, apenas um homem bom poderá resolver. E infelizmente, a mídia tem distorcido bastante a imagem da segurança pública, não tratando esses heróis com o devido respeito. 

Terça Livre: Outro aspecto interessante de seu romance é que ele é ficção, mas fortemente baseado na situação política do Ceará. Alguns personagens são bastante evidentes, como o governador “Cássio Santana” e a família “Pereira Gomos”, cujo cacique é um certo “Cirilo Gomos”. Considerando quem são esses personagens na vida real, você sofreu ou sofre algum tipo de perseguição em decorrência da publicação de seu romance?   

Romildo Santos: Há uma perseguição velada, mas como todos os dias meus joelhos estão no chão orando a Deus, não tenho receio do mal. E também não quero me tornar um mártir, só defendo a liberdade de expressão e o debate de ideias. Meu objetivo é contar histórias e mostrar a realidade sob alguns pontos de vista diferentes. 

Terça Livre: Te acompanhando nas redes sociais, já vi que você está preparando um novo romance, e sobre fatos que foram decisivos para a história política do Brasil. Poderia falar um pouco sobre essa obra para nós?

Romildo Santos: Sim, esse meu novo romance, também será ficção baseada em fatos reais, será o meu segundo livro, “Sem Limite – IPPS”. Contará uma trama que se passa nos anos 70, auge da ditadura militar, do milagre econômico, da crise do petróleo, do movimento cultural muito forte e também sobre o conflito da Guerra Fria, tendo como palco o IPPS (Instituto Penal Paulo Sarasate).

Esse presídio já foi desativado no Ceará, e na época foi construído para abrigar os presos políticos. Realizei uma investigação jornalística, coletei depoimentos, arquivos e periódicos da época e comecei a fazer a história. Acredito que no primeiro semestre de 2022 estarei lançando esse livro, e claro que estarei com mais bagagem e com menos ansiedade. Acredito que meus livros sempre serão bem impactantes.

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O romance Salve Geral pode ser adquirido diretamente com o autor em seus perfis nas redes sociais:



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COMPORTAMENTO
A batalha silenciosa
(por Bruno Dornelles)

Na literatura, as obras que trazem cenários apocalípticos mostram o Anticristo reinando sobre uma falsa paz. Hoje elas beiram a profecia.

O século XX foi quando o homem se deparou com a possibilidade real de seu fim. Na literatura, diversas obras traziam cenários que recordavam o final dos tempos, algumas mais sofisticadas e que chamam a atenção para detalhes que beiram a profecia. Desde formas mais indiretas, que traziam os resultados de um governo centralizado, como o “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley, até formas mais pontuais como o “Breve Conto do Anticristo” de Vladmir Soloviev ou “A história do Padre Elias” de Michael D. O’Brien, fato indubitável para qualquer autor que leve a sério a escatologia é de que o Anticristo reinará perante uma falsa paz.

A Arte da Guerra, de Sun Tzu, obra que deu ares estratégicos para as situações que exigissem a ação bélica entre as nações, antes se via ordinariamente executada nas manobras surpreendentes, como foi o caso das invasões germânicas ou japonesas na Segunda Guerra Mundial. Porém, agora, a aplicação deste tratado de guerra se resume tão somente à vitória pela manutenção da paz e da subordinação do inimigo, tudo de forma inteiramente pacífica, através da política, das correntes ideológicas na religião, do domínio cultural, do domínio biológico, das ambientações psicológicas e na esperança de ressurgimentos simbólicos (como de um Ocidente cristão ou de uma Nova Ordem Mundial).

Desde o final da Segunda Guerra Mundial, o mundo foi tomado por correntes que se autodenominam pacificadoras. Com escusas de humanismos de toda a sorte, essas correntes encontraram terreno fértil na frágil inteligência moderna, desconstruindo o ser humano de forma acelerada.

A publicação do Catecismo de 1992 chegou tarde. Apesar da geração de resistência católica do Papa João Paulo II, que resultou em movimentos pró-vida e de homeschoolers na América do Norte, a Igreja Católica, a mais importante instituição de manutenção do perfil civilizacional, já havia dado diretrizes, após o seu último concílio, da possibilidade de Deus se encontrar não somente na salvação eucarística (que justificou toda a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo), mas na unidade de todos os povos, na comunhão de cultos e na participação eclesiástica na vida moderna. O resultado foi absolutamente desastroso.

A crise que acompanha a Igreja Católica é a mesma crise que acompanha o desastre civilizacional no mundo. A animalização do homem é uma realidade, e sua coisificação também. De um mundo que saiu de um processo de industrialização no final do século XIX, que causou a desumanização do homem e sua conversão em uma máquina da produção, chegamos ao período em que o comum é justamente a sua dominação cerebral e sua quantificação.

O que antes era apenas uma peça do maquinário de produção, hoje é uma estatística geradora de algoritmos de uso dos smartphones, provavelmente enquanto você lê este texto. A realidade foi reduzida e o processo de “gamificação”, antes uma exceção dos que se deixam levar pelo vício dos videogames, agora chega ao consumo comum, à interação em tempo real de redes sociais e no embasamento de conteúdo. Se os processos de lamentação da Revolução Industrial envolviam questões como a exploração da força do trabalho e a dor desumana do trabalho produtivo, agora a pergunta a ser feita é: por que nos roubaram a realidade e a contemplação humana?

A infantilização humana é só um sintoma de algo muito maior do que o simples óbice à formação da personalidade individual. Estamos vivendo a era do furto da realidade a um nível propriamente semelhante aos shows de mágicas iluministas. A diferença é que, no show iluminista, aplaudimos e nos alegramos quando o objeto se revela, enquanto aqui terminamos frustrados, destruídos, perdidos, desanimados e em busca de um salvador que empenhe seus esforços em saciar esses vícios consentidos. 

Completamente confusos por essa realidade, pelos novos valores e pelos novos hábitos, mais fáceis e mais propensos a gerar uma maior fraqueza humana e o desapego gerador das verdadeiras vitórias da alma, que só surgem com o compromisso, com a renúncia ou com o voto perpétuo, chegamos a aquela seara de batalha na qual realmente é o alvo de todo esse maquinário de tons quânticos e virtuais: a família. O que irá sobrar diante de um mundo acostumado aos prazeres imediatos, concedidos e oferecidos por um mundo high-tech, quando o núcleo civilizacional familiar estiver inteiramente destruído?

Irmã Lúcia, uma das três videntes da aparição de Nossa Senhora em Fátima, afirmava que a batalha final entre Deus e o reino de Satanás será sobre o matrimônio e a família. Ainda que seja inevitável o escândalo, a rapidez e a normalização que o meio virtual contribui com o poder de noticiar e socialmente aceitar desconstruções à família, o processo de destruição não pára na desconstrução do gênero para o matrimônio, mas também no processo de confusão dos papéis dos dois gêneros naturais, homem e mulher.

A ideia civilizacional de um casamento no qual homem e mulher se unem, formam uma aliança perpétua em vida e lidam com as adversidades ocasionais, agora tem de se submeter a um mínimo de outros bens que mantêm a vida desejosa e reflexiva do sucesso material e das vontades humanas, bem como a capacidade de sustento a um nível alto, ou o que a palpitagem da autoajuda ou conselhos imaturos advindos do Instagram possam possibilitar. Com a modernidade, a busca da “justiça incessante”, própria às ideologias políticas, chega às famílias, condicionando a fortaleza matrimonial a níveis humanamente preocupantes.

O número galopante de famílias destruídas durante a pandemia não deixa dúvidas, há uma guerra silenciosa em ocorrência, e ela está afetando a capacidade humana de amar. Em tempos que aparentam muito aqueles tons escatológicos que pintaram O’Brien, Huxley ou Soloviev, fica bastante claro que os novos hábitos modernos apenas estão nos preparando para uma personalidade à qual muitos já renunciaram e a hábitos e caprichos que serão devidamente saciados. Nesse contexto, dá para entender claramente por que o Anticristo será realmente adorado por esta geração high-tech.

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GERAL
Como destruir a alma de seu filho: enlameie o herói
(por Robson Oliveira)

Em sua obra magistral, Dez modos de destruir a imaginação de seu filho, Anthony Esolen descreve o método atual de demolição do espírito e dos ideais de nossos filhos. São 10 capítulos geniais, nos quais o autor demonstra a estratégia de instituições eivadas de socialistas (desde o cinema até a escola) para minar a autoridade dos pais e o sentimento de respeito a figuras tradicionalmente veneráveis na sociedade. No capítulo 5 deste livro, o autor alerta-nos para o tratamento venal e irreverente que a figura do herói é tratada pelo mainstream. Na verdade, tentam vilipendiar o heroísmo, pretendem minorar as virtudes, barateá-las ou mesmo falsificá-las, a fim de torná-las inúteis ou irrelevantes para nossos filhos. Compare o caso do policial André Leonardo Frias e do fotógrafo Thiago Freitas de Souza.

A ação policial que causou o assassinato brutal do policial André Leonardo Frias foi tratada pela extrema-imprensa como ato violento, desumanizador, reprovável. Alguns jornalistas “profissionais” quase disseram bem-feito para a morte de André, enquanto lamentavam a morte dos marginais, que aterrorizam e oprimem a comunidade. Tudo isto está totalmente de acordo com a tese de Esolen: desmontar o espírito do herói, daquele que possui virtudes louváveis, ignorando-as ou lançando sombra sobre elas, sempre que possível. Neste caso, como houve mortes do lado dos traficantes e malfeitores, o jornalismo “profissional” rapidamente lançou suspeitas sobre a idoneidade da operação, enlameando assim a honra e a coragem dos policiais que arriscam suas vidas para defender a minha e a sua família. Em outros casos, onde não é possível louvar o malfeitor e criminoso, a estratégia é outra.

É o caso do brutal assassinato de Thiago Freitas de Souza, morador da favela Santo Cristo dos Milagres, em Fonseca (Niterói-RJ), no dia 15/05. Após reclamar do barulho produzido por traficantes em frente à sua casa, o que impedia sua filha de 5 anos de dormir, foi assassinato com um tiro na cabeça pelos criminosos. Como neste caso não é possível lançar sombras sobre policiais ou agentes públicos, o jornalismo “profissional” ou usa de construções linguísticas hipotéticas (quase dizendo que não se sabe quem matou Thiago), ou apenas relatam o fato, sem pintá-lo com as cores fortes e com a linguagem dura com que acusam os policiais em suas ações cotidianas.

Dois cidadãos mortos, duas posturas diferentes: um mesmo objetivo. Louvar o crime, salvaguardar o criminoso e lançar lama sobre a família e os heróis sociais, sempre que possível, nem que seja mentindo. No caso do fotógrafo assassinado por traficantes no sábado de manhã, pode-se ler na matéria que o jornalista “engajado” faz menção a uma ação policial (dia 14), deixando no ar que a morte de Thiago poderia ter sido em retaliação à ação policial da véspera. E novamente tenta-se macular a honra e o heroísmo da polícia do Rio, limpando as mãos ensanguentadas dos traficantes no uniforme da PM carioca.

Este é o jornalismo que vemos todos os dias. Os pais precisam prestar atenção a esta estratégia. Passou da hora de termos jornalistas mais corajosos e comprometidos com a verdade.

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REVISTA "A VERDADE" - Ed. 38, de 24/05/2021
(Uma publicação digital semanal do Jornal da Cidade Online)

OPINIÃO

A desumanização da cultura: Um gradual extermínio daquilo que nos torna humanos
(por Carlos Adriano Ferraz)

Nos mais recentes textos que publiquei no JCO e na revista ‘A Verdade’ foquei em uma questão que, a meu ver, é crucial para resgatarmos não apenas nossa cultura, mas, sobretudo, nossa humanidade (natureza humana), a qual se expressa mediante suas obras culturais. Com efeito, nos textos anteriores teci comentários especialmente sobre a questão de nossa degenerescência cultural, a qual é, hoje, indubitável e, talvez, inconversível.

Não obstante, tendo em mente que nossa cultura é uma exteriorização daquilo que brota desde nossa natureza, quanto mais elevada uma cultura (‘alta cultura’), mais plenamente será realizada a natureza humana em seu entorno, constituindo aquilo que poderíamos chamar, para contrapô-lo ao mundo natural, de “mundo do espírito”. Tal mundo seria o nosso “lar” enquanto humanos. O “mundo natural”, apesar de sua mutabilidade, já existia antes de agirmos sobre ele. Diferentemente do “mundo do espírito”, o “mundo natural” não é criação nossa e existiria ainda que fôssemos extintos. A cultura humana, por seu turno, precisa ser protegida, preservada e fomentada pela comunidade humana. Do contrário, ela pode desaparecer sem deixar vestígios (como deve ter ocorrido com diversas sociedades ancestrais).

Desse modo, se, por exemplo, uma doença nos exterminasse, o “mundo do espírito” seria, gradualmente, “apagado”, enquanto a natureza avançaria (evoluiria) e tomaria conta do planeta, submetida a mudanças que independem de nós. Muitas civilizações passadas, grandiosas em suas épocas, hoje são conhecidas apenas por alguns artefatos deteriorados pelo tempo, os quais ainda existem porque outras civilizações as protegem e preservam.

Sem embargo, aqui entendo cultura em um sentido amplo, abarcando as artes (arquitetura, escultura, pintura, música, etc), a filosofia, as ciências, a política e suas instituições, etc. Em suma, entendo cultura como o cultivo de nossa humanidade, tendo em vista nosso “florescimento humano”. Não apenas isso, entendo que a “alta cultura” expressa, como diria o filósofo Roger Scruton, nossa “autoconsciência” (“A alta cultura é a autoconsciência de uma sociedade. Ela contém as obras de arte, a literatura, a sabedoria e a filosofia que estabelecem uma estrutura comum de referência entre as pessoas educadas”. ‘High Culture is being corrupted by a culture of fakes’. 2012).

Dessa maneira, entendo que a degenerescência humana ocorre paralelamente à corrupção cultural. Afinal, algumas culturas são, sim, melhores do que outras, pois expressam uma mais complexa realização humana. Culturas, tal como indivíduos, prosperam. Ou decaem. Façamos a seguinte analogia com o aperfeiçoamento individual. Todo pai tem aqueles desenhos e rabiscos feitos pelos seus filhos quando esses ainda estavam aprendendo a desenhar. Os mantemos seja por uma questão afetiva, seja para preservarmos registros de sua puerícia. Com o tempo acompanhamos, encantados, seu florescimento. Todo sujeito genial foi infante: Botticelli, Michelangelo, Renoir, Shakespeare, Cervantes, Dostoiévski, et al, não começaram realizando grandes obras. Nem as civilizações. Algumas, claro, não saíram de sua infância, sendo que muitas delas se extinguiram. A civilização ocidental representa, por seu turno, a plena realização civilizacional presente.

No entanto, como coloquei acima, por mais valiosos que sejam certos ‘bens’, eles carecem de proteção e fomento. Uma criança com capacidade cognitiva acima da média, mas que vive em situação de pobreza extrema, não avançará se não for devidamente educada. Sua inteligência não florescerá e ela estará condenada à miséria. Segundo vejo, algo similar ocorre com as culturas. Na medida em que não fomentamos e protegemos o que de mais elevado produzimos culturalmente, estamos fadados ao declínio, à miséria, à desumanização. E não se trata de uma previsão (que seria referente ao futuro), mas de uma constatação empírica (presente, pois).

Nos dias que correm, o vitupério de nossa cultura é algo que ocorre de forma escancarada. Por exemplo, vejam a situação da educação. Nas últimas décadas avançou um processo de emburrecimento mediante instituições de “ensino”, grande mídia, redes sociais, etc. Não se trata, por certo, de uma situação cuja causa é única. É multifactorial. Desde a decadência da unidade familiar, passando por escolas, universidades, etc, as instituições que tradicionalmente protegiam os valores perenes, como verdade, beleza, moral, etc, passaram a corromper tais valores. Resultado? Famílias já não protegem e tampouco assentam as bases daqueles valores sem os quais jamais teríamos prosperado, a beleza tem sido vulgarizada, a moral tem sido corrompida, instituições de ensino já não fomentam nem o aperfeiçoamento intelectual nem a busca pela verdade, etc. Sob a ideia de “multiculturalismo”, testemunhamos o avanço de um relativismo abjeto. Já não importa a verdade, mas tão somente a narrativa, a qual é relativa. Isso nos ajuda a compreender o atual estado de coisas, muitas vezes chamado de estado de “pós-verdade”. Vejam, por exemplo, o que ocorre no plano político, particularmente nos ataques sofridos pelo governo federal tanto por parte do judiciário quanto do legislativo, com apoio da mídia mainstream, dos supostos “intelectuais”, “artistas”, etc. Tais ataques se esquivam dos fatos, ignoram a realidade, apenas para tentar manter uma narrativa, tal como está sendo feito, agora, na infame CPI da Covid. Ou seja, os defensores da narrativa não querem a verdade, mas apenas forçar uma narrativa. Ao perdermos o foco na verdade, caímos em uma espécie de “estado de guerra de todos contra todos”. Afinal, se não há verdade, o conhecimento se torna algo irrelevante, importando apenas a violência na imposição de uma narrativa, a qual é motivada por idiossincrasias pessoais, hedonismo, narcisismo, niilismo e diversos vícios.

Aliás, ainda sobre a crise da verdade e do conhecimento, recentemente li notícias que revelavam algo que vem sendo evidenciado crescentemente nos últimos anos. Nelas eram citados alguns trabalhos acadêmicos recém apresentados em universidades, dos quais destaco os seguintes títulos:

- “Onde há viado não há sossego, prefiro os machos: construindo sentidos sobre masculinidades e hetero(homo)normatividade junto a usuários de app de pegação”.

- “Lute como uma gorda: gordofobia, resistências e ativismos”.

- “Cai de Boca no Meu B***tão”.

Acima selecionei apenas três deles, mas uma visita a repositórios de trabalhos acadêmicos e sites de universidades nos permite encontrar muitos títulos que nos levam a questionar: “que está acontecendo em nossas universidades? ” Será que esse é o tipo de pesquisa que vai nos colocar no caminho para a prosperidade?

Que falar, então, de eventos como aquele que ocorreria na cidade de Itajaí e se intitulava “Roda Bixa - live Criança Viada”, o qual, embora tenha sido suspenso em Itajaí (pelo potencial de violação do Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA), foi convidado para ser realizado no RS por seu governador?

Em todos os casos, o que me ocorre questionar é: não há, realmente, algo mais importante e, mesmo, necessário?

Mas vejam: estou me referindo a casos que apareceram na grande mídia nas últimas semanas. Há incontáveis exemplos do atual estado de coisas no plano educacional, o qual, aparentemente, unicamente se agrava com o passar do tempo.

Apenas para que tenhamos uma ideia mais ampla acerca da gravidade do problema que enfrentamos, vejamos algumas informações relevantes acerca do estado de coisas no Brasil, como aquela oriunda do teste realizado em 2016 pelo IBOPE Inteligência. Nesse teste em particular se constatou que apenas 8% da população brasileira é capaz de entender de forma minimamente satisfatória (proficiente) textos. Ou seja, apenas esse percentual é capaz de interpretar e compreender um texto adequadamente. E esse é o mesmo percentual que sabe, segundo esse mesmo teste, interpretar questões numéricas (Indicador de Analfabetismo Funcional – INAF. ‘Estudo especial sobre alfabetismo e mundo do trabalho’. 2016). E para quem julga que no ensino chamado “superior” as coisas são diferentes, lamento revelar que estudos têm mostrado que, mesmo nesse plano, a situação é desalentadora: muitos indivíduos seguem sendo analfabetos funcionais mesmo após obtenção do diploma, como demonstrado em 2016 pelo ‘Indicador de analfabetismo funcional’/INAF, do Instituto Paulo Montenegro, segundo o qual “apenas 22% dos que estão para concluir ou concluíram a educação superior são proficientemente alfabetizados”. Imaginem, então, o que encontramos dentre os calouros. Em resumo, formamos pessimamente os jovens nos ensinos fundamental e médio e os “incluímos” nas Universidades, ainda que eles não estejam devidamente preparados para ingressar em um ensino supostamente “superior”. O analfabetismo funcional é um dos problemas que enfrentamos especialmente com jovens que estão ingressando na universidade, os quais muitas vezes sequer conseguem interpretar um texto simples ou expressar uma ideia. Tal como ocorre nas músicas que eles escutam, no que escrevem e leem em suas redes sociais, eles se limitam a praticamente grunhir. Se não bastasse isso, as instituições que deveriam proteger a vida inteligente e educar em acordo com ela, a vilipendiam de forma torpe, impondo ideias como as de “preconceito linguístico” e de “linguagem neutra”:


Como, então, eles “florescerão” humanamente?

Em suma, diversas pesquisas mensuram o quão fraco é o nosso ensino quanto à formação de indivíduos capazes de ler, interpretar e comunicar, funções básicas para o pleno exercício de sua humanidade, de sua liberdade de expressão e de seu desenvolvimento individual e social, problemas que seriam mitigados com uma formação, por exemplo, inspirada nas ‘artes liberais’ (Trivium e Quadrivium), as quais aperfeiçoam as capacidades cognitivas e morais humanas, mediante as quais poderíamos, então, ascender humanamente.

Então, o ponto é: uma vez que a alta cultura expressa o quanto nos elevamos como humanos, quando tal cultura declina essa queda revela a trágica degenerescência humana. Retomando a analogia que usei acima, um indivíduo pode ter sua capacidade mental desenvolvida e, então, decair (ou pode nunca a desenvolver, tal como ocorreu com os povos primitivos, os quais não saíram da infância). Ela não é desenvolvida quando ele não tem uma formação que promova seu progresso intelectual. Mas ele também pode decair em virtude de acidentes, vícios, etc. Todos sabemos de indivíduos que, outrora prósperos intelectualmente, hoje vivem nas ruas em virtude da degeneração causada por drogas. Algo similar ocorre na esfera cultural. Vícios também colocam nossa cultura na situação de “moradora de rua”, sequelada irreparavelmente. Nesse sentido, uma cultura degenerada como a nossa se assemelha ao sujeito imerso na drogadição, motivado pelo hedonismo, pelo niilismo, pelo narcisismo e, sobretudo, pela falta de sentido.

Sim, uma cultura que estimula a erotização de crianças, que fomenta a promiscuidade, que não promove a formação cognitiva e moral dos indivíduos, em que “músicas” como “Cai de Boca no meu B***tão” se tornam sucesso entre os jovens, ganhando destaque mesmo no ensino “superior”, o qual já deu destaque a Valeska Popozuda, considerada “filósofa” em trabalho acadêmico, é uma cultura agonizante e, segundo penso, sem sentido. A cultura não vem cumprindo uma de suas funções primordiais, a saber, aprimorar o indivíduo. E isso está ocorrendo em todas as instituições nas quais estamos imersos: famílias estão, cada vez mais, sendo dissolvidas, perdendo sua sacralidade, como podemos depreender dos altíssimos índices de crianças sendo criadas em um ambiente de monoparentalidade, em grande parte dos casos sem sequer saberem quem são seus pais. Esse é o resultado de modismos como a “tábua do sexo”, comum em bailes funk (nos mesmos em que fazem sucesso músicas como “Cai de Boca no meu B***tão”), nos quais meninas têm intercurso sexual com diversos homens desconhecidos. Na educação, a herança do patrono de nossa desgraça educacional, Paulo Freire, segue causando miséria e arruinando o futuro de nossos jovens. Na política temos figuras torpes atacando quem busca promover o bem comum. O judiciário tem simplesmente violentado a justiça, agindo em acordo com suas idiossincrasias.

Em resumo, nossa cultura está esfrangalhada. As novas gerações nascem em um mundo cujas instituições não promovem o que há de mais essencial nelas: sua natureza inteligente.

O resultado é a evidente desumanização e extinção daquilo que nos torna humanos. Estamos, lamentavelmente, em um processo de bestialização que, em breve, eliminará qualquer resquício daquilo que erigiu a alta cultura ocidental.

Eis alguns textos em que teço comentários sobre o problema acima considerado:






Carlos Adriano Ferraz é graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com estágio doutoral na State University of New York (SUNY). Foi Professor Visitante na Universidade Harvard (2010). É professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).

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Enquanto isso, no THINKSPOT...
(texto traduzido do inglês)

Além da Ordem | Ensaios bônus | Sobre o poder - e outras fontes de motivação humana
(por Jordan Peterson)

Certamente é o caso que o poder motiva as pessoas - para repetir - no sentido de que todos os organismos sociais, incluindo os seres humanos, desejam alguma posição perto do topo de uma ou mais de suas hierarquias de dominação locais. Mas reduzir toda motivação humana a isso! E então, pior, postular que não é apenas aceitável, mas moralmente correto, demolir estruturas patriarcais (leia-se: hierarquias de dominação) por causa de sua natureza opressora? Existem muitas fontes de motivação. O amor é um motivador. A generosidade é um motivador. O desejo de criar é um motivador, assim como a raiva, ressentimento, ódio, medo, surpresa, nojo, culpa e dor. O desejo de deixar algo para trás para o mundo é um motivador. O desejo de jogar e desfrutar de relacionamentos íntimos e de desejar e desprezar e se arrepender e ser honesto e trapacear - esses são todos motivadores - e que hierarquias de realização e habilidade, bem como poder , podem ser construídas em torno de todos eles.

Sabemos que as pessoas têm uma natureza essencial, embora não saibamos sua abrangência. Temos circuitos biológicos parcialmente separáveis ​​para estados motivacionais fundamentais, como fome, sede, agressão defensiva, excitação sexual e preparação induzida pelo estresse para a ação; para comportamentos complexos, como brincar e cuidar da mãe; e para emoções básicas, como alegria, medo, nojo, raiva, surpresa e tristeza. Sabemos que somos basicamente sociais e vivemos, como nossos parentes primatas mais próximos, em hierarquias de dominação. Sabemos que muitas diferenças sexuais são inatas e que algumas delas se tornam mais manifestas, em vez de menos, à medida que os ambientes em que se manifestam se tornam mais semelhantes ou iguais. Nossos conceitos e nossas organizações sociais são motivados em sua construção e funcionamento por todas essas coisas e muito mais.

É errado assumir uma postura construcionista social radical (todas as ações e crenças humanas são consequência da socialização) e assumir que as explicações de uma única motivação são válidas. É ignorante ou irresponsável reduzir questões complexas a abstrações simples e reivindicar essa redução como conhecimento. Em vez disso, é o mais difícil dos desafios cognitivos escolher o nível certo de resolução para especificar um problema. Geralmente, o nível certo é aquele no qual a ação corretiva pode ser tomada, com cuidado, com um olhar cuidadoso para avaliar as consequências dessa ação. Isso requer conhecimento detalhado e específico da situação. Isso requer a especificação do problema a ser resolvido com muito cuidado (requer o diagnóstico adequado) e a disposição para analisar todos os níveis da hierarquia (1) para descobrir onde estão os problemas, por meio de exame cuidadoso e conversação e (2) para gerar e testar soluções incrementais (e às vezes radicais) na tentativa de reparar o problema. Isso impõe enormes demandas à capacidade de prestar atenção e aprender e mudar e negociar e mudar perspectivas (tudo o que constitui o oposto da certeza ideológica).

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HUMOR

(24/05/2021)


(25/05/2021)

"BURRÁCULA...." (@SalConservador)

(18/05/2021)


"Velha surda da praça, ôps da CPI..." (@SalConservador)
(21/05/2021)



(21/05/2021, ideia de Marcos Reuter)


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LEITURA RECOMENDADA

Esta semana vou recomendar a vocês uma ficção, mas com elementos do mundo real. O Conde de Chanteleine, do grande escritor Julio Verne (famoso por obras como Viagem ao Centro da Terra, 20 Mil Léguas Submarinas, Da Terra à Lua, A Volta ao Mundo em 80 Dias). Uma história que ficou sob censura durante 150 anos e teve agora, no começo de 2020, sua primeira publicação traduzida para o português brasileiro lançado pela Editora Centro Dom Bosco. A relevância da história está justamente naquilo que ela retrata, ou seja, a perseguição voraz aos Cristãos que muitos sabem que existe, mas ou se calam ou se acovardam em falar. Leia uma ótima história de um escritor clássico e reflita sobre essa narrativa de Verne de 1864, hoje ainda tão atual.



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