Edição VII (Revista Terça Livre 97, Revista A Verdade 37, e mais)

Resumo semanal de conteúdo com artigos selecionados, de foco na área cultural (mas não necessariamente apenas), publicados na Revista Terça Livre, da qual sou assinante, com autorização pública dos próprios autores da revista digital. Nenhum texto aqui pertence a mim, todos são de autoria dos citados abaixo, porém, tudo que eu postar aqui reflete naturalmente a minha opinião pessoal sobre o mundo. Assinem o conteúdo da revista pelo link e vejam muito mais conteúdo.



(ANTES DE COMEÇARMOS: semana passada tive algumas tribulações. A barca estremeceu, mas todos estão bem, graças a Deus! Resolvi então fazer essa edição um pouco maior, tirando o atraso da semana passada na medida do possível! Bora!...)

COMPORTAMENTO

O vírus é apenas a bala...
(por Alberto Alves)


Na pandemia, a esquerda continuou a defender entidades abstratas para promover seus interesses, não importando quem seriam os atingidos.

Quem não se deixou seduzir pelas propagandas em favor das instituições em detrimento das ações heroicas de pessoas nessa crise sanitária está agora em condições de perceber o alto preço pago que esse tipo de atitude provocou, cujas marcas ficarão gravadas na memória daqueles que sofreram diretamente com isso, seja pela perda do emprego, crises depressivas ou pela morte de entes queridos que poderiam ter sido evitadas, não fosse tanta intervenção política em nome da “Ciência”, travestidas em confiança no que as instituições científicas e governamentais diziam. É a velha prática da esquerda em defender entidades abstratas para promover seus interesses, não importando quem ou quantos serão atingidos com isso.

A instituição virou o símbolo sagrado para promover os mais nefastos casos de desumanidade, em que seus crimes não tardarão em ser revelados. Como bem disse certa vez a infectologista membro da Associação Médica do Rio Grande do Norte, Dra. Roberta Lacerda: “Eu não cerceei o meu direito ao pensamento nem à fosforilação das minhas sinapses a nenhuma sociedade científica nacional, quer seja internacional (…), eles são representantes e eles são falíveis”. Não só são falíveis, como criminosas e poderão responder por isso se a sociedade não se furtar de buscar por fazer justiça.

Sempre somos taxados de fascistas e negacionistas da Ciência, mas foi justamente quem tentou se promover em nome dela que cometeu as maiores atrocidades da humanidade. Aqueles que citam as crueldades nazistas, especialmente as cometidas pelo Dr. Josef Mengele – mais conhecido como o Anjo da Morte de Auschwitz – simplesmente omitem que o médico nazista fazia experimentos médicos, ou seja, era um exímio cientista que trabalhava em “nome da Ciência”. Aliás, a própria propaganda nazista se fundamentava no Darwinismo Social em favor da preservação da pureza da raça ariana.

Infelizmente, engana-se quem acha que esse foi um fato extraordinário. Entre 1932 e 1972, durante o estudo da Sífilis não Tratada de Tuskegee – que ficou conhecido como “O Caso Tuskegee” – foi realizado um experimento médico pelo Serviço Público de Saúde dos Estados Unidos em Tuskegee, Alabama. Usaram 600 homens negros como cobaias em um experimento científico quando já se sabia que existia tratamento com a Penicilina e não informaram aos pacientes sobre o diagnóstico nem solicitaram seu consentimento para participar da experiência. Apenas lhes disseram que eles eram portadores de “sangue ruim”, e que se participassem do programa receberiam auxílio alimentação e todas as despesas durante o tratamento, bem como funeral, tudo “gratuito”. Assim, 399 pacientes foram usados como cobaias para observar a progressão natural da sífilis sem tratamento e outros 201 indivíduos saudáveis, o grupo controle, que serviu como base de comparação em relação aos infectados. Vale observar que em 1929 já havia sido publicado um estudo norueguês relatando mais de 2000 casos de sífilis não tratado a partir de dados históricos, ou seja, o experimento não era nem essencial nem muito menos inédito para a medicina. 

Mais de 100 participantes morreram direta ou indiretamente da doença e a instituição responsável pela condução do projeto em suas últimas etapas foi o Centro de Controle de Doenças (CDC) de Atlanta. Em 1997, o governo norte-americano pediu formalmente desculpas pelo projeto.

A exemplo do que aconteceu nos campos de concentração alemães durante a Segunda Guerra Mundial, o caso Tuskegee não foi idealizado por fanáticos partidários nazistas, mas por pesquisadores que estavam sob a supervisão e respaldo de organismos governamentais  oficiais de prestígio internacional. Fica o lembrete para aqueles que querem colocar a instituição como ícone de credibilidade e respeito científico.

Agora compare isso com o que estamos vivenciado atualmente com a pandemia do vírus chinês. A grande Organização Mundial da Saúde, que tinha os mecanismos necessários para o controle da doença quando ela ainda tinha condições de fazê-lo, disseminou desinformação e só foi tomar uma atitude realmente válida quando já era tarde demais.

E o que dizer das revistas científicas especializadas? As publicações realizadas nas famosas revista The Lancet e The New England Journal of Medicine, que aceitaram cada uma um artigo escrito por um mesmo grupo de autores, negando a eficácia da hidroxicloroquina e que teve grande repercussão mundial a ponto de fazer com que a OMS barrasse pesquisas envolvendo a droga e só retomasse depois que os artigos foram retirados por denúncias de “inconsistências de dados”, para não dizer falsificações nas informações obtidas.

Junte a isso o estudo brasileiro realizado no Amazonas e publicados no MedRxiv em abril do ano passado, que dizia que altas doses de hidroxicloroquina poderiam matar, fato já amplamente conhecido por utilizar dosagens que não são recomendadas nem em tratamento contra doenças em que a droga é tradicionalmente indicada.

Finalmente, comparte todos esses eventos citados aqui com o fato de que os médicos que realizam o tratamento precoce, ou tratamento imediato, com já amplo conhecimento ambulatorial de que, de fato, funciona e salva vidas, e que é o responsável por praticamente zerar os casos de mortes nas cidades onde o tratamento é aplicado, como, por exemplo, o da cidade de Porto Seguro – BA.

Não há nenhuma razão para acreditar que o tratamento precoce, que funciona em Porto Seguro, não funcione no resto do país, se for aplicado da mesma maneira. O tratamento é barato e não demanda grandes recursos. Assim, já era para estarmos com a vida normal, a exemplo de como está a China atualmente, onde nem máscaras se utiliza.

Isso acontece aqui porque, como bem sabemos, há fortes interesses políticos e econômicos que impedem que isso aconteça, e estes se valem do medo generalizado, da desinformação para sustentar essas medidas que está destruindo a economia e a saúde do nosso país.

Napoleão Bonaparte já dizia: “O erro está nos meios, bem mais do que nos princípios”. Ou seja, por trás das “boas intenções” de quem se diz defensor da Ciência e da Vida, escondem-se nefastas e hediondas atitudes que trazem o efeito inverso do que eles abertamente declaram defender.

Que essa pandemia sirva, ao menos, de exemplo para mostrar que nenhuma instituição, por mais ilibada que seja a sua história, está isenta de interesses econômicos, principalmente quando são propagados por ativistas de esquerda. Nenhuma instituição deve ter crédito apenas por ser uma instituição, e esta deve ser vigiada e cobrada sempre que qualquer suspeita lhe sobrevier.

Pregam-nos uma atitude que para muitos soa como prudente, mas que nada tem a ver com a prática médica. Como bem escreveu certa vez o primeiro-ministro britânico Winston Churchill, “É preferível ser irresponsável e estar com a verdade do que ser responsável e no erro”. Em se tratando de medicina, os médicos que estão aceitando o tratamento precoce em detrimento de se deixar levar pela conduta das instituições científicas estabelecidas são os “irresponsáveis” que não se deixam calar por tais organismos poderosos quando estes acreditam no que fazem e veem seus resultados sendo traduzidos em vidas salvas ao invés do ficar em casa e “só ir para o hospital quando sentir falta de ar”.

O vírus é perigoso e tem o potencial de matar, mas estão matando mais as instituições que insistem em negar o tratamento precoce e cerceiam a liberdade de quem quer fazê-lo, perseguindo e destruindo a reputação de quem está apenas interessado em salvar vidas. Que estas instituições sejam duramente punidas e que, a exemplo do que aconteceu em outros episódios na História, sejam condenadas e lembradas para nunca mais serem seguidos.

O vírus mata, mas ele é apenas a bala desse longa cadeia de estrutura, cujos autores se dividem entre ser a mente que comanda o dedo para puxar o gatilho e a arma que efetua o disparo.

__________________________

GERAL

Cor Inquietum e o negacionismo teológico
(por Robson Oliveira)


Santo Agostinho de Hipona (+ 430) talhou para a posteridade a frase magistral, que põe às claras o anseio mais fundamental do ser humano: o coração do homem busca avidamente por Deus e não descansará enquanto não encontrar Aquele capaz de saciar plenamente esta sede ancestral de Perfeição, Beleza e Verdade. Em sua obra autobiográfica, Confissões, escreve o jurista brilhante: “Fizeste-nos para Ti e inquieto está nosso coração, enquanto não repousa em Ti”. O Doutor da Graça indica Deus mesmo como fonte e a foz que sacia o coração humano. Ele é a causa eficiente e final da busca incessante e irrequieta da humanidade pelo bem que sacia, pela verdade que ilumina, pela beleza que plenifica. 

Eis a razão pela qual a contemporaneidade agoniza, como que em dores de parto, pois de princípio e sem sequer analisar, nega Deus como resposta primeira aos próprios anseios de beleza e bondade que habitam o coração dos homens, perdendo o que há de mais essencial na natureza humana. O homem deste século é um negacionista teológico, pois rejeita a todo custo refletir seriamente acerca da questão mais importante de todas: sobre a existência ou não de vida após a morte. Contudo, apesar deste negacionismo particular, cada ser humano que pisa o chão desta terra permanece irrequieto, à procura de um deus que ocupe o trono de seu coração. E nesta aventura, alguns candidatos se apresentam.

A crise fabricada pelo vírus chinês e potencializada pelo jornalismo “profissional” expôs o profundo materialismo do homem contemporâneo, revelando o tipo de divindade atualmente ocupante da cátedra da alma do homem. O pavor inexplicável da morte, testemunhado todos dos dias desde 2020, escancarou a doença de nosso tempo: o apego desmedido a este mundo e a esta vida. O vírus da China desmascarou a face do homem contemporâneo. Deixou em carne viva a doença que escraviza o ânimo e a alma deste século: o apego às coisas. Não se fala apenas da família, da saúde, do próprio lar, todos bens lícitos e, de per se, neutros. Mas o que se teme perder hoje é o luxo, o abuso, o excesso, o prazer material, o dinheiro. E há uma lição a se aprender aqui.

A crise pandêmica é tão assustadora para o homem do século, nem tanto porque faz com que tema perder os bens materiais de que tanto gosta, mas porque a morte que se avizinha põe às claras uma lição dura para um coração autocentrado: que o homem não é dono da própria vida. A busca incessante por segurança material, a confiança absoluta nos bens terrenos e no dinheiro, o apego ao mundo e aos bens são só mais um modo de urrar o antigo brado luciférico: non serviam! Não servirei a Deus, diz o homem deste século, mas aos bens que escolherei durante a minha vida, deitando no altar do trabalho todos os segundos que puder; não servirei a Deus, mas consagrarei ao altar do poder minha inteligência e saúde; não servirei a Deus, mas transformarei minha vida numa busca incessante por dar contornos divinos a taras pessoais ou mesmo perversões libidinosas. E quando algo ameaça este mundinho, feito à minha medida e antecipadamente programado para dar a felicidade que escolhi para mim, é razoável que o medo esmurre as portas deste século anêmico filosoficamente e negacionista teologicamente; é razoável que o pavor transfigure os olhos deste homúnculo, incapaz de transcender sua visão para um horizonte menos mesquinho. 

A pandemia só atemoriza quem possui a alma do tamanho deste mundo, mundo agrilhoado pelo vírus, mundo ajoelhado diante de um ente microscópico. Para quem não tem esperanças nesta vida, para quem já morreu para este mundo, esta pandemia, qualquer pandemia é incapaz de causar o mínimo temor. Pois só se fica de joelhos diante de um bem realmente incomensurável, realmente único, realmente portentoso. A vida material é importante, sim, mas para o homem esta vida não é o maior bem de todos. O coração do homem, inquieto pelos bens que realmente importam, permanece em busca do único bem capaz de saciá-lo plenamente. E diante de tal Bem, pandemia alguma é capaz de nos fazer ajoelhar.

__________________________

CULTURAL
Procissão
(por Leônidas Pellegrini)


A prefeita proíbe a procissão,
sob o pretexto de risco iminente 
de se alastrar a praga do Oriente
na “irresponsável” aglomeração.

No entanto, segue a santa devoção
o povo, alegre e desobediente.
O padre, na picape, vai à frente,
seguido pelo povo em oração,

levando a Padroeira. Uma viatura
festiva passa buzinando ao lado,
e enfim, benditos são nesta ventura

PM, padre e povo aglomerado,
triunfando sobre a odiosa ditadura
Maria e seu exército abençoado.

__________________________


RECORTES DA SEMANA PASSADA (Ed. 96 - 11/05/21)

"Operação da Polícia no Rio de Janeiro para caçar criminosos é criticada pela esquerda, que silencia sobre a chacina de crianças em creche de Santa Catarina." (A criminalização da polícia pela esquerda, por Bruno Rodrigues - Matéria de capa)
===

"São duas guerras que estão sendo travadas em nosso país: uma contra o crime organizado e a outra contra a desinformação." (Duas Guerras, por Alberto Alves - Brasil)
===

"E eis que surge uma mocinha no interior de São Paulo, em Sorocaba, que resolve fazer diferente. Ela se esqueceu do diploma e simplesmente foi atrás do conhecimento. E daí a história ficou conhecida: ela não apenas conseguiu praticamente a pontuação máxima no Enem, como ainda foi aprovada em um dos cursos mais concorridos da USP.

Havia, porém, uma pedra no meio do caminho. Digamos que ela se esqueceu de “pagar o pedágio”: faltava o diploma do ensino médio, ainda um ano e meio por completar. A USP, como um bom órgão público, não dispensou o requisito e impediu a matrícula da moça. O caso fica ainda maus notório e ela ganha uma bolsa para estudar nos EUA, um país um tanto menos burocrático que o Brasil. Segunda-feira, 10 de maio, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a matrícula dela. E a história ainda deve se prolongar.

Enfim, o maior câncer da educação brasileira não é o método de Paulo Freire, ou mesmo a doutrinação ideológica nas escolas. Esses são fatos graves, gravíssimos, mas se tornam um quase nada perto da nossa grande chaga: o desprezo pela verdadeira educação." (A “menina de Sorocaba” contra o câncer da educação, por Alexandre Magno - Brasil)
===

"Sem uma personalidade forte, capaz de absorver e solucionar problemas, tensões e as próprias circunstâncias, criamos o nosso escape da realidade em coisas que nos apaixonam, enquanto permanecemos ignorando o quão somos pessoas dependentes, frágeis, emocionalmente imprevisíveis, desconfiadas e julgadoras. Nos tornamos o país que aprendeu a se divertir e amar a lama, que finge que resolve problemas na mesa de um bar, enquanto não admite que o mover da alegria de conviver socialmente e ter suas opiniões aceitas em outras searas que não a realidade, não é o filtro adequado para as verdadeiras soluções. 

Essa é a verdadeira contribuição da filosofia do professor Olavo de Carvalho, conhecido no Brasil por suas opiniões políticas, enquanto ainda se desdenha o tesouro que se encontra debaixo destas opiniões. Em um país que deixa a “vida me levar”, Olavo enxergou a realidade na qual o brasileiro se perdia, e entregou elementos para que vidas fossem solucionadas, resolvidas e fortificadas. Tudo começa pela personalidade, e, com o amadurecimento dela, até aparecerem as primeiras noções de ideal.
[...]
A partir da aquisição de experiência, o trabalho humano passa em forjar o próprio ideal, amadurecer a personalidade, lidar com as dores e encontrar o seu lugar no mundo. Quando isso acontece, a capacidade de enfrentar a realidade e suas dificuldades se elevam, a pessoa se consola, se torna pacífica, e o próprio sucesso humano é inevitável. Os ideais o movem, a vontade foca apenas no essencial, e forças humanas desabrocham. É o momento em que surgem os líderes, os bons políticos, os bons profissionais, os pais e mães de família fortes e seguros, nos levando a outra noção da filosofia do professor Olavo: a da biografia. Ganhamos biografias reais, histórias que podem ser contadas e honradas para a eternidade. Presenças que se tornam insubstituíveis, e que calam sabichões, espertalhões e amantes daquela lama que aprendemos a amar.
[...]
Por isso, para recriar as noções de vida, de presença, de pessoa e de biografia, a filosofia da realidade do professor Olavo de Carvalho mais do que urge para nosso país. Nunca é tarde para descobrir onde está a sua verdadeira contribuição para seus filhos, para seu cônjuge, para sua comunidade e para seu país." (O Brasil precisa da filosofia de Olavo de Carvalho, por Bruno Dornelles - Brasil)
===

"O segredo da importância e da difusão de sua mensagem está exatamente na sua abrangência de praticamente todos os problemas da atualidade. Aquelas três simples crianças foram os portadores do “recado” da Mãe de Deus para o Papa, governantes, cristãos e não cristãos do mundo inteiro.

Aos pastorinhos, em Fátima, Nossa Senhora revelou três segredos, mais tarde divulgados. O primeiro segredo diz respeito a cada um de nós, individualmente, e é sobre a nossa salvação eterna. Foi a visão do inferno, que assustou saudavelmente as crianças: “Vistes o inferno para onde vão as almas dos pobres pecadores...” E recomendou-lhes a oração e o sacrifício pelos que estão longe de Deus: “muitas almas se perdem porque ninguém oferece sacrifícios por elas.” “Não ofendam mais a Deus, Nosso Senhor, que já está muito ofendido.”

O segundo segredo diz respeito ao mundo, à sociedade em geral: a difusão do comunismo: “A Rússia espalhará os seus erros pelo mundo.” A Rússia tinha acabado de adotar o comunismo, aplicação prática da doutrina marxista, ateia e materialista.  Nossa Senhora nos alerta contra esse perigo, o esquecimento dos bens espirituais e eternos, erro que, conforme sua predição, vai cada vez mais se espalhando na sociedade moderna, vivendo os homens como se Deus não existisse: o ateísmo prático, o secularismo.  Se o comunismo, como sistema econômico, fracassou, suas ideias continuam vivas e penetrando na sociedade atual.
[...]
O terceiro segredo diz respeito à Igreja: a visão de um homem de branco, na praça de São Pedro, andando sobre os cadáveres de bispos e padres, sendo depois abatido, simbolizando a perseguição à Igreja, a cristofobia (ou cristianofobia), a decadência religiosa, a perda da fé, a perda da influência do cristianismo na civilização atual." (Os segredos de Fátima, por Dom Fernando Arêas Rifan - Geral)
===

A Nossa Senhora de Fátima (por Leônidas Pellegrini - Cultural)

"Quem rezar o Terço à Mãe
e por ela e Deus sofrer,
o Céu há de merecer

Três crianças se dirigem
para a Cova da Iria,
rezando o Ave Maria,
quando, entre assombro e vertigem,
no céu aparece a Virgem. 
Aquele que n’Ela crer,
o Céu há de merecer.

As três crianças acalma 
a compassiva Senhora:
“Não tenhais medo, e agora
ouvi com atenção e calma:
quem quiser salvar sua alma
e o meu conselho atender,
o Céu há de merecer.”

Lúcia, a mais velha, pergunta:
“Senhora, mãe piedosa,
que de toda a glória goza,
como uma alma a Vós se junta
para ao Céu estar assunta? 
Entre nós, qual proceder
o Céu há de merecer?” 

Responde a Compadecida:
“O Terço deveis rezar
diariamente, a reparar
toda ofensa cometida
a Deus, e ter restituída
a paz. Quem obedecer
o Céu há de merecer.”

Pergunta a Mãe da Bondade:
“Quereis vós renunciar
aos gozos da Terra e andar
comigo na Eternidade?
À Santíssima Trindade
muito havereis de sofrer,
e o Céu heis de merecer.”

Aceitam os pastorinhos
e alegram a Mãe Celeste,
que de bênçãos lhes reveste.
Jacinta e “Chico”, inda niños,
são elevados a anjinhos, 
mas Lúcia, em seu padecer,
o Céu há de merecer. 

Ensina-nos a Senhora
de Fátima, Mãe querida,
que ao lhe consagrar a vida,
mandamos a morte embora,
e quem o Terço bem ora
e por Ela e Deus sofrer,
o Céu há de merecer!"

__________________________
__________________________

REVISTA "A VERDADE" - Ed. 37, de 17/05/2021
(Uma publicação digital semanal do Jornal da Cidade Online)

CULTURA

O pós-modernismo e a desconstrução do Ocidente
(da Redação)

O livro “Guerra Cultural”, do filósofo canadense Stephen R.C Hicks, explica o pós-modernismo e como ele se infiltrou na mídia, na cultura, na educação, na política e em outras esferas sociais. Com base em uma detalhada análise filosófica, o autor explica como determinadas ideias - a reação cética ao Iluminismo, as premissas coletivistas e a consciência da crise do socialismo real - serviram de fundação para a emergência da nova esquerda pós-moderna.

Vale lembrar que o pós-modernismo é definido por uma atitude de ceticismo, ironia ou rejeição aos estudos consagrados de toda a trajetória humana. É também extremamente crítico da racionalidade do Iluminismo e concentra seus esforços no papel da ideologia para a manutenção do poder político ou econômico. E em grande parte, é nele que tem se baseado o discurso da esquerda moderna, e é preciso entender o porquê dessa mudança e como isso atinge diversas camadas sociais.

Mais informações sobre o livro no site da editora Faro.

__________________________

DESTAQUE DA EDIÇÃO 36, DE 10/05/21)

OPINIÃO

‘Transhumanismo’ e abolição da humanidade (por Carlos Adriano Ferraz)

Algumas questões são tão óbvias que, com o passar do tempo, simplesmente as esquecemos. Elas constituem parte do “senso comum”, da sabedoria assentada ao longo de milênios e consagrada, posteriormente, pelas ciências em particular e pela cultura de uma maneira mais abrangente. Ou seja, após sua consolidação pela experiência elas passam, então, a fazer parte de nossos valores, instituições, etc. E, às vezes, elas se tornam tão evidentes que são deixadas de lado, esquecidas, o que exige que voltemos continuamente a elas. Do contrário, enfrentaremos diversos flagelos. Família “natural”, propriedade privada, livre troca, especialização do trabalho, são parte daquilo que poderíamos chamar de “bens humanos fundamentais” percebidos pela “sabedoria” consolidada ao longo do tempo, a qual serviu como uma espécie de bússola para nossa prosperidade.

Mas há outra questão, talvez mais fundamental, a qual hoje poucos se colocam, a saber:

“O que nos torna humanos?”

Por mais ordinária que essa pergunta possa parecer, ela esconde uma complexidade típica de questões cujas respostas parecem simplesmente dadas. Mas elas não são nem simples nem “dadas”. Elas demandam reflexão.

Assim, “em que consiste a nossa humanidade”?

Essa questão importa por várias razões. Primeiramente, pelo atual estado de degenerescência moral e intelectual em que nos encontramos, no qual se tornou “comum” as pessoas se comportarem de forma bestial, como o revela a promiscuidade, a vulgaridade, a estupidez em todas suas formas, etc. Em segundo lugar, e esse é o ponto sobre o qual quero discorrer, essa questão importa em virtude de algo que está avançando rapidamente: o transhumanismo.

Já abordei o tema em outros textos aqui em ‘A Verdade’ e no JCO:



A ideia de transhumanismo, sobre a qual pouquíssimos falavam até 2020, subitamente começou a aparecer em noticiários, jornais, redes sociais, livros, etc. Por exemplo, cito aqui uma entrevista de Klaus Schwab para a Radio Telévision Suisse (RTS), em 2016, na qual ele já anunciava uma espécie de ‘chip’ para inserção no cérebro, o qual permitiria a “fusão” dos mundos físico, digital e biológico. No mesmo ano ele lançou, aliás, o livro “Quarta Revolução Industrial”, no qual ele nos permite entrever o “admirável mundo novo” no qual já adentramos. Recentemente (2020) ele lançou “Covid-19: The Great Reset”, dando continuidade às revelações sobre o que nos aguarda, especialmente ao longo dessa década, a qual será marcada pela coroação da ‘nova ordem mundial’, particularmente de seus objetivos, os quais já estão em desenvolvimento por décadas e envolvem, por exemplo: ‘destruição dos estados nação’, ‘desenraizamento das pessoas’, ‘divisão da população’, ‘destruição da coesão familiar e da família mesma’, ‘degeneração do nível educacional’, ‘fomento do medo’ (do terrorismo, da mudança climática, do coronavírus), ‘promoção da migração massiva’, ‘expropriação da propriedade privada’, ‘eliminação do dinheiro físico’, ‘dissolução das diferenças entre homens e mulheres’, ‘fragilização da saúde das pessoas’ e, claro, ‘redução da população global’.

Tais objetivos, no passado considerados parte de teorias conspiratórias, estão, hoje, escancarados, e isso não apenas pelos ditos “teóricos da conspiração”, mas, mesmo, pelos conspiradores, dentre os quais está o citado criador do 'Fórum Econômico Mundial’, Klaus Schwab, atualmente um dos artífices do chamado ‘Grande Reinício’ (“Great Reset”), o qual marcará a consolidação da ‘nova ordem mundial’. Não apenas de uma ‘nova ordem mundial’, aliás, mas de uma ‘nova humanidade’, “corrigida”, ou “reiniciada”, por seus novos criadores mediante a ideia de transhumanismo vinculada à tecnocracia. Aliás, Elon Musk, neto de Joshua Haldeman (um dos diretores da ‘Technocracy Inc’, precursora da tecnocracia no início do século XX), fundou a ‘Neuralink’ e anunciou, em 2020, a criação de um ‘chip’ com conectividade bluetooth e WiFi, o qual estava em fase de testes e próximo de ser implantado no cérebro humano para integra-lo a computadores.

Não obstante, é digno de nota que a ideia de transhumanismo não é nova e remonta à concepção de eugenia, a qual teve grande popularidade na primeira metade do século XX. Assim, de uma perspectiva histórica, nem a ideologia nem o termo “transhumanismo” são recentes. O conceito foi engendrado pelo biólogo Julian Huxley (primeiro secretário geral da Unesco, aliás), em 1958. Tomando como ponto de partida a teoria evolutiva, de Charles Darwin, Huxley propôs uma espécie de “artificialização” do princípio de seleção natural, tendo em vista o “aperfeiçoamento” (eugenia) da natureza humana. Desse ponto de vista, a natureza seria lenta e falha, de tal forma que caberia à tecnologia atuar para um aprimoramento mais eficiente e rápido (eficiente, obviamente, de acordo com a ideia dos artífices desse “aprimoramento” – pois o transhumanismo é planificador. Trata-se de “recriar” o ser humano de acordo com um projeto pensado pelo seu novo “criador”).


De qualquer forma, mais antigo do que o termo transhumanismo é seu propósito. Isso porque, no passado mais remoto, já encontramos propostas eugênicas (ainda que o termo “eugenia” ainda não fosse mencionado), seja na prática de muitas sociedades (que eliminavam aqueles que nasciam fora dos padrões desejados), seja em teorias elaboradas por mentes notáveis. Um bom exemplo de eugenia nós o encontramos na obra “A República”, do filósofo grego Platão. Nessa obra, um clássico da mentalidade planificadora (de uma sociedade fechada) e da filosofia, crianças nascidas com deformidades, doenças, etc, deveriam ser mortas pelo bem da comunidade (república). De acordo com essa ideia de sociedade, todas as crianças nascidas seriam levadas imediatamente para longe dos pais, para serem criadas em comum, cabendo ao estado determinar sua formação e seu lugar na sociedade (dentro da qual eles não teriam mobilidade social: um ferreiro, por exemplo, seria ferreiro por toda a vida).

No entanto, não haveria espaço para todos. Aqueles nascidos com certas deficiências seriam eliminados para não causarem danos à sociedade. Nesse modelo social, de jaez coletivista, não haveria espaço para a individualidade. No século XX essa ideia ganha força com o avanço de sociedades como a ‘Sociedade Fabiana’, fundada em 1884 e que pretende instalar lentamente o socialismo no mundo. Um de seus mais célebres fundadores, o dramaturgo George Bernard Shaw, deixa claro os termos de sua perspectiva eugênica ao afirmar: “Há um número extraordinário de pessoas que quero matar (...) todos vocês devem conhecer pelo menos meia dúzia de pessoas que são inúteis neste mundo; que causam mais problemas do que valem. E eu acho que seria uma coisa boa fazer com que todos comparecessem a um conselho devidamente nomeado (...) e lhes dizer: senhor ou senhora, agora você será gentil o suficiente para justificar sua existência? (...) se você não está produzindo tanto quanto consome ou, talvez, um pouco mais, então é claro que não podemos usar a grande organização da sociedade com o propósito de mantê-lo vivo, porque sua vida não nos beneficia e não pode ser muito útil para você”.

Essa ideia, hoje uma clara aberração violadora dos direitos humanos, era explícita até o advento do nazismo. Após o julgamento de Nuremberg o tema passou a se revestir de termos mais edulcorados: saúde reprodutiva, eutanásia (morte misericordiosa) ... e, mais recentemente, transhumanismo.

Dessa forma, pelo que podemos perceber, a eugenia, “melhoramento da espécie”, não é uma ideia nova. Tampouco a ideia de “melhoramento” se restringe aos humanos: basta lembrarmos da revolução agrícola ocorrida em torno de 10.000 a.C, ainda no neolítico. Nesse período nossos ancestrais já estavam selecionando sementes para que houvesse um “aperfeiçoamento” da produção de grãos. Mudanças provocadas artificialmente também ocorriam com animais, como observa Darwin no início de sua “Origem das espécies”, especialmente quando ele relata suas observações junto a criadores de gado.

Mas, cabe questionar: podemos ser equiparados e, mesmo, reduzidos aos mundos vegetal e animal?

Por certos temos funções vegetativas e animais. Mas reduzimo-nos a elas?

Por essa razão importa, antes de qualquer questionamento, perguntarmos: o que nos torna humanos?

Essa é a questão central, deixada de lado quando se fala em “melhoramento” da humanidade. Ao nos colocarmos essa questão perceberemos que não estamos diante de um “melhoramento”, mas da aniquilação de nossa natureza, daquilo que nos torna humanos.

Não há dúvidas de que nossa cultura, especialmente desde os anos 60 do século XX, tem buscado nos reduzir à animalidade, à senciência. Ela tem fomentado, por exemplo, a busca desenfreada pelos prazeres imediatos, como aqueles obtidos na drogadição, na intemperança e na promiscuidade. São décadas de degenerescência de nossa natureza, de tal forma que atualmente é, inclusive, questionado o fato de nos distinguirmos moralmente das demais formas de vida. Isso passou a ser conhecido como “especismo”, termo que define, para muitos, uma forma de preconceito, que ocorreria quando nos consideramos moralmente superiores aos demais animais. Sim: quando eu considero que o status moral de alguém é superior ao de um cão estou incorrendo, para muitos, em “especismo”. Por essa razão não surpreende testemunharmos abortistas defendendo os supostos “direitos” dos animais, demandando que todos nos tornemos vegetarianos ou, na pior das hipóteses, veganos. Também é comum defenderem o fim de testes em animais, algo, aliás, atualmente em andamento com os testes das vacinas contra a Covid-19, os quais estão “pulando” a etapa de testes em animais e sendo feitos diretamente em humanos, de tal forma que nos tornamos cobaias desses medicamentos, similarmente ao que ocorria nos laboratórios de “pesquisadores” da estirpe de Joseph Mengele (“anjo da morte”) e de outros de seus pares menos conhecidos, como Carl Clauberg, Victor Brack, Herta Oberhauser, Waldemar Hoven, et al.

Com efeito, em minha opinião o transhumanismo se insere nesse contexto de desumanização planejada, pois ele nos retira algo fundamental, a saber, nossa peculiaridade, nossa identidade pessoal ... nossa individualidade e liberdade. Nesse ponto nos transformamos em mera commodity, sujeitos sem individualidade e totalmente controlados.

Por isso, segundo vejo, ao longo das últimas décadas fomos sendo esvaziados de nossa humanidade, de nossa peculiaridade e, claro, do sentido transcendente de nossas vidas. O transhumanismo oferece uma espécie de “transcendência secular”, pois aqui o “transcender” se restringe ao mundo físico. E o artífice humano, o tecnocrata que nos “remodela”, nos “reformula”, se tornará uma nova espécie de ‘deus’, sonho dos médicos nazistas citados acima.

Em verdade, perdemos nossa individualidade e liberdade na medida em que somos, cada vez mais, integrados à tecnologia. Seremos cada vez mais homogeneizados e, claro, controlados por uma “inteligência central”. Desse modo, o projeto é claro: reduzir a população a um número suficiente de sujeitos – tolhidos em sua individualidade - que assegurem a manutenção do conforto da elite que está por detrás desses “avanços”.

Quantos escravos, sujeitos “inumanizados”, serão necessários para trabalhar pelos artífices da ‘nova ordem mundial’?

__________________________
__________________________

Enquanto isso, no THINKSPOT...
(textos traduzidos do inglês)

Além da Ordem | Ensaios bônus | Sobre Catedrais e Beleza
(por Jordan Peterson)

Uma catedral gótica é um bosque, fundido em pedra. A luz que se derrama através dos vitrais é o sol brilhando através das folhas da floresta primordial. É o equilíbrio impossivelmente perfeito de estrutura e iluminação. Representa algo inefável sobre o equilíbrio adequado do Ser e do Não-Ser. Simultaneamente, retrata a sagrada tragédia da humanidade (entre a floresta salpicada de luz, digamos). É por isso que tem a forma de uma cruz. É uma floresta aberta para o céu. É por isso que tem uma cúpula. Está cheio de ouro, então reluz. Essa é a cidade de Deus. Esse é o aceno do sol e das estrelas e dos próprios céus. Você pode ver isso, se olhar. Se você não consegue encontrar outro caminho para a divindade, talvez a beleza seja suficiente.



Além da Ordem | Ensaios bônus | Sobre a Eternidade da Sociedade
(por Jordan Peterson)

Animais movidos pela necessidade de lutar com sua própria espécie se organizaram em hierarquias - estruturas sociais padronizadas e estratificadas - por centenas de milhões de anos. Há pouco mais permanente, necessário e natural do que a cultura e suas regras “arbitrárias”, uma vez que a vida consiste em mais do que uma única célula. Isso não torna a sociedade menos um jogo - sujeita a alguma escolha de regras; capaz de ser jogado com sucesso de maneiras diferentes - mas essa qualidade de jogo não torna a sociedade e suas regras triviais ou facilmente substituíveis. Em vez disso, indica a profundidade dos jogos. As crianças adoram jogos, porque os jogos são como a vida e as crianças querem estar preparadas para a vida. Quase tudo na vida é, em certo sentido, um jogo, no sentido de que poderia ser diferente (exceto que não pode deixar de ser um jogo). Assim, muitas das coisas que as pessoas fazem juntas podem ter regras diferentes. Mas eles ainda teriam que ter regras, ou ninguém saberia o que fazer. O filósofo Thomas Hobbes resumiu de forma incisiva: na ausência de ordem social e suas regras, a vida do indivíduo é “desagradável, brutal e curta”.

__________________________
__________________________


HUMOR

(14/05/21)

(17/05/21)


(11/05/21)

"O Remix, fica por conta da imaginação de vocês!!!" (@SalConservador)

(06/05/21)


"E a pista é: ..." (@SalConservador)
(05/05/21)


"Será que comer lagosta demais, dá pesadelo??" (@SalConservador)
(17/05/21)


"A Dama e o..." (@LaurinhaOpressora)


__________________________
__________________________

(UFA! Foi uma viagem mais longa, mas creio que valeu a pena. Seguiremos para a leitura que recomendarei hoje e que já me ajudou muito.)

LEITURA RECOMENDADA

Você se conhece? Ou acha que sim? Bom, verdade seja dita, NINGUÉM nos conhece melhor do que o próprio Deus, nosso arquiteto. Ele pode acessar partes de nós que talvez nem tenhamos acesso. No entanto, é bom que a gente possa buscar nos conhecermos o máximo possível, na medida do alcançável. Este livro aqui fala sobre os quatro tipos de temperamentos que podemos encontrar nas pessoas, e é uma das referências usada no curso sobre o tema do Padre Paulo Ricardo em seu endereço online. Saiba se você é uma pessoa cujo temperamento é do tipo Colérico, Sanguíneo, Fleumático ou Melancólico, e aprenda a lidar melhor com suas escolhas e a alcançar coisas mais elevadas com este conhecimento.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Edição XCI - Terça Livre, opinião do autor e mais

Edição XC - Extraordinária de fim de ano (Terça Livre, Revista Esmeril 51, Revista Exílio, espaço do autor e mais)

Edição LXXXV (Terça Livre, Revista Esmeril 47, opinião e mais)