Edição LXXXII (Terça Livre, Revista Esmeril 45, opinião e mais)

 Tempo de Leitura LXXXII

(Opinião, artigos e cultura para pessoas livres)


Resumo semanal de conteúdo com artigos selecionados, de foco nas áreas majoritariamente cultural e comportamental, publicados na Revista Esmeril e outras publicações de outras fontes à minha escolha. Nenhum texto aqui pertence a mim (exceto onde menciono), todos são de autoria dos citados abaixo, porém, tudo que eu postar aqui reflete naturalmente a minha opinião pessoal sobre o mundo.


ACOMPANHE
 


ANTES DE MAIS NADA, ESSA É A BANDEIRA QUE EU DEFENDO:
ESSE É O PAÍS QUE EU QUERO!

REVISTA ESMERIL 45

Observação exploratória dos domesticados (Israel Simões)

João (Leônidas Pellegrini)





Onde quer ir primeiro?



LEITURA RECOMENDADA


Minhas redes:
    


10 de Julho de 2023
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👆 MEMÓRIA: REVISTA TERÇA LIVRE
(matérias de edições antigas da revista que ainda são atuais)


Hoje voltaremos no tempo para a edição 51 da Revista Terça Livre, de 30 de Junho de 2020.


O novo site do Terça Livre está de volta, e com ele, todos os cursos e todas as edições da Revista Terça Livre desde o seu início. acessem:
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CULTURAL


👆 TEORIA DA CONSPIRAÇÃO OU REVELAÇÃO? – PARTE 10
(por Alexandre Costa)



Neste texto encerraremos a sequência de artigos abordando o espinhoso, porém necessário, assunto que costuma ser desprezado devido a uma espécie de preconceito enraizado naqueles que analisam a geopolítica.

Apesar da sua influência na política, o ocultismo não tem recebido a atenção merecida desde pelo menos o Iluminismo. A ideia equivocada de que a racionalidade absoluta pode abarcar todo conteúdo envolvido nas relações humanas que compõem a sociedade, além de ser um erro de interpretação causando incompreensão do verdadeiro pensamento dos principais expoentes iluministas, também provocou uma ruptura entre o imanente e o transcendente, os dois elementos cuja tensão formou a essência da nossa civilização.

Decisões governamentais ou responsáveis pelas modificações sociais mais profundas dependem do ambiente e das mentalidades individuais ou coletivas que moldam o debate público. Portanto, estão diretamente atreladas às crenças professadas por aqueles cujas ações determinam os rumos das transformações.

Desta forma, fica claro e evidente que entender os pensamentos e desejos daqueles que possuem a capacidade de interferir no andamento dessas mudanças sociais é uma necessidade inescapável para compreender a sociedade em seus mais variados aspectos.

Abrimos esta série mostrando como o rótulo de “teórico da conspiração”, colado em todo aquele que estuda ou denuncia questões pouco abordadas pela mídia mainstream e pelas teorias hegemônicas, corresponde a uma estratégia de evitar o debate por antecipação. E, como consequência, constranger, calar e até mesmo criminalizar toda e qualquer opinião divergente.

Ao longo dos demais artigos foram apresentadas algumas questões que, embora presentes no desenrolar de toda História, hoje estão ausentes das discussões públicas e só são apresentadas com nítido desprezo ou ridicularização.

Questões como a influência do gnosticismo e do panteísmo, cujos elementos compõem a chamada Nova Era, atualmente são relegadas a um segundo plano da discussão. Mesmo tendo transformado o ambiente cultural, e apesar de ter formado o imaginário gerador das modificações sociais, esse movimento permanece na sombra, manifestando sua característica essencial: a discrição. Ao parecer parte da paisagem, algo espontâneo e natural, pode agir ao longo das últimas décadas sem enfrentar resistências.

Essa influência dos elementos da Nova Era no imaginário, principalmente na sociedade ocidental, causou uma série de desdobramentos perversos que não param de se multiplicar. O panteísmo e o gnosticismo, essas duas vias que agem de maneira dialética, de grande alcance e sem muito alarde, transformaram a sociedade ao diluir, destruir e substituir os valores e princípios que estruturam a nossa civilização. A troca destes valores, de forma deliberada e sistemática, tem provocado o caos ao obscurecer o pensamento e perverter a moral, tornando-a um acessório, um penduricalho que serve apenas para julgar comportamentos que destoam do “ideal” construído por um establishment corrompido e corruptor.

As consequências desse processo destrutivo podem ser observadas no avanço de pautas inimagináveis há meio século. E também podem ser notadas no destaque dado a personalidades que em outras épocas só poderiam servir de mau exemplo.

Da observação destes terríveis desdobramentos, das revelações que denunciam membros da elite como criminosos da pior espécie, ao prestígio alcançado por uma agenda diabólica, percebemos que o ocultismo representado de forma generalista pela Nova Era, apesar de seu discurso aparentemente isento, ecumenista e pacificador, funcionou e continua funcionando, indubitavelmente, como etapa de um percurso que leva ao luciferianismo e ao satanismo. A proliferação dessas duas vertentes malignas, que apesar de diferenças semânticas terminam no mesmo inferno, alcançou o ápice da sua história nos últimos anos e podem ser facilmente identificadas como consequências diretas ou indiretas da Nova Era, sua antessala.

E os escândalos como Lolita Express e Pizzagate, as práticas “artísticas” como Spirit Cooking, além de outras revelações do Q-Anon e The Storm, demonstram a chegada destas vertentes diabólicas à elite cultural, política e financeira mundial, o que tende a tornar essas doutrinas ainda mais influentes, o que leva à inescapável conclusão do que aquilo que chamamos de Nova Ordem Mundial. Ou seja, a criação de uma nova civilização, com poder centralizado e totalitário, composta de valores e princípios completamente opostos àqueles que estruturaram a sociedade durante os últimos milênios. Em outras palavras, uma nova ordem absolutamente anticristã.


Alexandre Costa

Site: www.escritoralexandrecosta.com.br 

Canal: www.youtube.com/c/AlexandreCosta


Autor de “Introdução à Nova Ordem Mundial”, “Bem-vindo ao Hospício”, “O Brasil e a Nova Ordem Mundial”, “Fazendo Livros” e “O Novato”.

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Terça Livre / Artigo 220 / Notícia Sem Máscara - 10 de Julho de 2023





LIBERDADE
















👆 O que aconteceu com os 56 homens que assinaram a Declaração de Independência dos EUA?

(por Terça Livre - 06/07/23)

Eles pagaram caro pela liberdade

Você já se perguntou o que aconteceu com os 56 homens que assinaram a Declaração de Independência?

Cinco signatários foram capturados pelos britânicos como traidores e torturados até a morte. Doze tiveram suas casas saqueadas e queimadas. Dois perderam seus filhos no exército revolucionário, enquanto outro teve dois filhos capturados. Nove dos 56 lutaram e morreram devido a ferimentos ou dificuldades da guerra revolucionária.


Eles assinaram e comprometeram suas vidas, suas fortunas e sua honra sagrada.


Que tipo de homens eram eles? Vinte e quatro eram advogados e juristas. Onze eram comerciantes, nove eram agricultores e grandes proprietários de plantações, homens abastados e bem-educados. Mas eles assinaram a Declaração de Independência sabendo muito bem que a pena seria a morte se fossem capturados.


Carter Braxton, da Virgínia, um rico fazendeiro e comerciante, viu seus navios serem varridos dos mares pela Marinha Britânica. Ele vendeu sua casa e propriedades para pagar suas dívidas e morreu em trapos.


Thomas McKeam foi tão perseguido pelos britânicos que foi forçado a mudar constantemente sua família de lugar. Ele serviu no Congresso sem receber salário, e sua família era mantida escondida. Seus bens foram confiscados e a pobreza foi sua recompensa.


Vândalos ou soldados, ou ambos, saquearam as propriedades de Ellery, Clymer, Hall, Walton, Gwinnett, Heyward, Ruttledge e Middleton.


Na batalha de Yorktown, Thomas Nelson Jr. observou que o General Cornwallis havia ocupado a casa de Nelson como quartel-general. O proprietário silenciosamente instigou o General George Washington a abrir fogo. A casa foi destruída, e Nelson faleceu falido.


Francis Lewis teve sua casa e propriedades destruídas. O inimigo aprisionou sua esposa, e ela morreu alguns meses depois.


John Hart foi expulso do lado de sua esposa enquanto ela estava morrendo. Seus 13 filhos fugiram para salvar suas vidas. Seus campos e seu moinho foram devastados. Por mais de um ano, ele viveu em florestas e cavernas, retornando para casa e encontrando sua esposa morta e seus filhos desaparecidos. Poucas semanas depois, ele morreu de exaustão e coração partido. Norris e Livingston sofreram destinos semelhantes.


Essas foram as histórias e sacrifícios da Revolução Americana. Eles não eram arruaceiros descontrolados. Eram homens de posses e educação, de fala mansa. Eles tinham segurança, mas valorizavam a liberdade acima de tudo. Mantendo-se altos, retos e firmes, eles prometeram: 'Pelo apoio a esta declaração, com firme confiança na proteção da providência divina, mutuamente nos comprometemos, nossas vidas, nossas fortunas e nossa sagrada honra.


Texto originalmente publicado no LOCALS de Paulo Figueiredo.

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REVISTA ESMERIL - Ed. 45, de 26/06/2023 (Uma publicação cultural digital e mensal de Bruna Torlay. Assinar a revista


COLUNAS SEMANAIS

👆 Observação exploratória dos domesticados
(por Israel Simões - 01/06/2023)


O dia começou com as observações mais vulgares e inspiradoras. Depois de um treino de boxe e duas tapiocas com ovos mexidos, fui até o campus universitário da minha cidade realizar uma prova de proficiência em inglês. Há três anos não pisava em uma sala de aula, o que me despertou memórias, sensações e esta curiosidade sobre gente que marca a minha passagem neste mundo.

Logo ao entrar na sala me deparei com o fiscal de prova, um moço bastante magro, de pele desbotada, movimentos delicados e voz nasalada. Era gentil, me recebendo com um sorriso e indicando onde eu deveria me assentar. Na maior parte do tempo olhava para baixo, exceto quando falava, buscando um ponto fixo no fundo da sala onde pudesse se manter estável. Enquanto passava as orientações à classe, com muita calma e constância, notei que seu braço esquerdo perpassava suas costas, a mão esquerda em busca do braço direito, em claro sinal de retração, como se quisesse compensar o gesto dominador de se colocar à frente, atento e vigilante sobre a turma, com o recolhimento daqueles membros que, como a boca, nos projetam.

Recuar braços e mãos nos leva a retroceder com todo o corpo, a ceder, consentir, silenciar. Por trás dos óculos de armação grossa e do corte de cabelo com alguma pretensão de estilo, havia naquele rapaz medo. (E não caiamos no erro de pensar que a simples compleição física em desvantagem seja a causa de sua fraqueza. Especialmente nas periferias, os moleques franzinos apresentam uma audácia de movimentos, um senso de poder e dominação territorial dignos de um lutador profissional. Porque crescem correndo riscos, adquirem logo um certo eixo corporal, que denota força e capacidade de defesa).

Também notei algumas pessoas que ocupavam as carteiras. Havia um rapaz bastante forte, mas de aparência não tão masculina assim: é que ele usava uma blusa pólo pelo menos um número abaixo do seu tamanho por dentro de uma calça de sarja bege dobrada na canela. Também portava um tênis com solado de enorme espessura, como quem quer ficar mais alto. Enquanto aguardava a prova começar, observei que ele apoiava a mão esquerda sobre o seu próprio bíceps direito, eventualmente contraindo o músculo.

Narcisista? Provavelmente não. Apenas um ex-magro deslumbrado com os efeitos transformadores da testosterona.

Um tanto atrasado e afoito, outro rapaz entrou pela sala andando rápido, fazendo barulho, sacodindo um pacotinho de biscoitos salgados (apesar da proibição de levar alimentos para a prova). Tirou a blusa de frio, ajeitou a camisa social sem passar e começou a comer. Não pude deixar de notar, de canto de olho, que ele meteu a mão na embalagem, catou metade dos biscoitos e enfiou todos na boca. Claramente não parecia estar no estado de espírito que a prova requeria.

Uma moça de franja curtinha bocejou tão alto que tive que girar o pescoço para vê-la melhor. Ela estava tão pálida que parecia ter acordado de uma longa hibernação. Os cabelos cacheados com pontas amarelas (não loiras, amarelas) eram ressecados e bagunçados, mas a calça jeans parecia de marca, bem estruturada. Também usava uma dessas sandálias de plástico que estão na moda, enormes e tratoradas. Definitivamente não era uma menina pobre, mas gostava de parecer como tal.

Outras moças estavam sentadas mais atrás, mas como eu queria realizar um pequeno exercício de respiração para me concentrar na prova, não pude exercer plenamente a minha exploração bisbilhoteira. Vi que duas ou três estavam bem acima do peso ideal, com dificuldade para se ajustar à pequena cadeira. Havia também uma moça jovem com jeito de certinha, talvez evangélica, de olhos estatelados, parecendo muito engajada em realizar a prova com o máximo esmero. Por fim reparei em uma senhora com ar professoral, que inclusive respondeu uma pergunta minha dirigida objetivamente ao fiscal. Ela usava uma calça preta e sapatos fechados, aparentemente pouco confortáveis para uma prova com três horas de duração. Talvez fosse professora mesmo e experimentava algum estranhamento naquela posição telespectadora.

E então começou a prova.

***

Logo de cara me deparo com uma matéria do NY Times sobre os incêndios na Austrália, desses que ocorrem todos os anos por uma combinação de altas temperaturas, fortes ventos e clima seco. Pelo título do artigo (Enquanto a Austrália queima, seus líderes trocam insultos, traduzido), o leitor poderia pensar que o jornalista estava cobrando dos governos locais medidas de gestão da segurança, da logística e de contenção das chamas durante o verão de 2020, mas não: o texto era uma crítica a tudo que se oponha à agenda progressista, atacando políticos conservadores, empresários, até mesmo os costumes do povo australiano.

Intercalando profecias apocalípticas com fotos escuras e acinzentadas das chamas se alastrando pelas áreas rurais, Damian Cave cria uma narrativa colegial simplória, digna de revistinha infantil, para convencer o leitor de que os morcegos e coalas importam mais que os mineradores, siderúrgicos, metalurgistas e milhares de outros trabalhadores da indústria australiana.

Por que justamente este texto foi escolhido para uma prova de proficiência em inglês? Não haveria algo mais científico, minimamente isento, que suscitasse menos emoções, facilitando o desempenho técnico dos que intentavam apenas medir sua fluência no idioma?

Obviamente a academia não perde uma oportunidade de doutrinar o seu público, vendida que está aos interesses corporativistas e sindicais, cujo financiamento vem de gente que lucra com o discurso anti-sistema. Para espalhar esta mensagem digna de Xou da Xuxa, “vamos salvar o planeta”, nada como um corpo de estudantes universitários apáticos, inertes, enfermos, ou pelo menos imaturos, sem identidade, prontos para se entregar a qualquer seitazinha pseudointelectual que sirva como abrigo afetivo e referência moral.

Os estudantes universitários brasileiros se rendem à superficialidade fofa dos discursos públicos porque ela espelha a sua própria estrutura pessoal infantilizada.

E na fraqueza de seus corpos, aparências e consciências é que se estabelece o reino do relativismo e da amoralidade.

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CONTEÚDO LIBERADO | SANTO CONTO




👆 João




(por Leônidas Pellegrini - 24/06/2023)


Aqueles três últimos meses dentro do útero foram especialmente felizes para o menino. O pai, ainda que mudo, estava sempre por perto, uma presença amorosa que lhe dava segurança. Também lhe agradava a companhia da jovem tia Maria, querida e cuja voz sempre soava para ele como a mais linda das melodias. E havia, claro, o primo, seis meses mais novo, lá no ventre da tia. O primo querido, que o fazia pular de alegria e volta e meia dar sustos na mãe; o primo que ele podia ver dali de dentro e que era pura luz; o primo que lhe concedera a maior das graças quando se conheceram; o primo que era o próprio Deus. Não havia como desejar melhores companhias. Foram meses abençoados.

Enfim, chegou o seu dia. Um parto tranquilo, apesar da idade avançada de sua mãe. Em torno, criados, vizinhos, amigos, conhecidos, a tia e seu pai, ainda mudo. Muitos felicitações, muita alegria, muitos sorrisos. Quando o puseram no colo da tia, ele pôde sentir bem perto seu coração, e também o do primo amado. Aquilo o enlevava, e ele sorria como a criança mais feliz do mundo. E também sentiu um conforto todo especial quando o puseram no colo do tio José, quase tão calado como seu pai, e cujo coração inspirava uma profunda piedade. Ficou triste quando aqueles tios e o primo foram embora, mas cada um tinha seu caminho a seguir, e o deles, naquele momento, era de volta para casa.

Oito dias depois foi sua circuncisão, e aconteceu de quererem dar a ele o nome de seu pai, Zacarias, que continuava sem conseguir falar. Mas sua mãe interveio, enérgica:

– De modo algum. Ele será chamado João!

Perguntaram então ao pai do menino, por gestos, como ele queria que se chamasse. Ele, pedindo uma tabuinha, escreveu assim: “O seu nome é João”. Todos acederam, admirados. E ainda mais espantados ficaram porque, naquele momento, a língua de Zacarias se desprendeu e, depois de meses, ele pôde falar novamente. Inspirado pelo Espírito Santo, o velho pai tomou João no colo, bendisse a Deus e profetizou o futuro do filho:

– Tu, menino, serás chamado filho do Altíssimo, porque irás diante da face do Senhor, a preparar os Seus caminhos; para dar ao Seu povo o conhecimento da Salvação, pela remissão dos seus pecados, graças à terna misericórdia do nosso Deus, que nos trará do alto a vista do sol nascente, para alumiar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte; para dirigir os nosso pés no caminho a paz.

E assim foi. João, assim como o primo, cresceu em graça e sabedoria, e se fortificou no espírito. Quando deixou a casa dos pais, foi morar no deserto, até o dia de sua manifestação a Israel. Mas essa é uma outra história.

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Padre Paulo Ricardo - 07 de Julho de 2023

SANTOS & MÁRTIRES

👆A história dos Mártires de Gorcum
(por Gregory Dipippo)


Conheça os 19 homens, que, “por terem defendido a presença real de Cristo na Eucaristia e a autoridade da Igreja Romana, foram submetidos pelos calvinistas a numerosas torturas e humilhações e, finalmente, suspensos na forca, consumaram o seu combate”.



O Martirológio Romano registra neste dia 9 de julho a festa de um grupo de santos conhecidos como Mártires de Gorcum. Sua festa nunca esteve no calendário [romano] geral, mas é celebrada em muitos lugares e pelas várias Ordens religiosas às quais eles pertenciam: os franciscanos, que eram a maioria do grupo, os dominicanos, os premonstratenses [i.e., da Ordem de São Norberto] e os cônegos agostinianos. Eles foram solenemente canonizados em 1867 pelo Beato Pio IX, como parte das celebrações para o 18.º centenário do martírio de São Pedro e São Paulo — que teria ocorrido em 67 d.C., segundo o parecer geral sustentado até então.

   “A Apoteose dos Mártires de Gorcum”: gravura datada de 1675, tomando por base uma pintura de Johan Zieneels.

Em 1572, calvinistas holandeses, contrários ao domínio hispano-católico sobre os “Países Baixos dos Habsburgos” (como então eram chamados), tomaram o controle da cidade de Gorcum. Onze membros do convento franciscano local, três padres diocesanos (incluindo o pároco local) e um cônego agostiniano foram capturados pelos soldados; quando um membro da comunidade dominicana local veio para lhes ministrar os sacramentos, também ele foi capturado e encarcerado com os outros. Pouco tempo depois, dois premonstratenses e outro padre secular foram adicionados ao grupo, chegando a um número total de dezenove homens. 

No decorrer de vários dias, começando com 26 de junho, os soldados os submeteram a terríveis crueldades, em parte por ódio à religião católica, em parte na esperança de tomar posse dos tesouros da igreja, que eles acreditavam ter sido escondidos pelos religiosos. Na manhã de 7 de julho, eles foram transferidos para outra cidade, chamada Brielle, e na presença do líder calvinista, o Barão de La Marck, e de vários ministros calvinistas, receberam a notícia de que seriam libertados se abjurassem a doutrina católica sobre o Santíssimo Sacramento — coisa que eles se recusaram a fazer.

O barão então recebeu uma carta do líder da rebelião, o Príncipe de Orange (conhecido como Guilherme, o Taciturno), ordenando que todos fossem libertados. Ele concordou em fazê-lo, desde que os prisioneiros repudiassem publicamente a primazia do Papa — o que eles também se recusaram a fazer. Na manhã de 9 de julho, eles foram levados para um mosteiro abandonado no campo, perto de Brielle, e enforcados nas vigas de uma das dependências, com as cordas amarrados em suas bocas. Nem mesmo essa morte incrivelmente lenta e dolorosa satisfez a barbárie dos calvinistas, que também mutilaram os corpos — alguns deles enquanto estavam ainda vivos. 

Um dos franciscanos, um dinamarquês chamado Vileado, tinha 90 anos; outros três estavam na casa dos setenta. Quando os corpos foram retirados, seus restos mortais foram deixados em uma vala e só foram recuperados em 1616, durante uma trégua na Guerra dos Oitenta Anos, entre a Espanha e os Países Baixos. Agora, eles repousam na igreja franciscana de São Nicolau, em Bruxelas. Há também uma igreja de peregrinação dedicada a eles no local de seu martírio, em Brielle.

 “Os Mártires de Gorcum”, por Cesare Fracassini: pintura feita especialmente para a cerimônia de canonização deles, em 1867.

Talvez a doutrina mais escandalosa, entre as muitas de Calvino, seja a da dupla predestinação, [ou seja,] a crença de que somos todos predestinados ou à salvação eterna ou à condenação. (Calvino também ensinava que, talvez, salvar-se-iam [só] cem almas de toda a raça humana, embora ele ainda fosse humano o suficiente para ao menos reconhecer que essa era uma “conclusão terrível”.) Inevitavelmente, isso leva as pessoas a procurar, em sua vida, sinais de que estão entre os eleitos de Deus; daí a ideia de que a prosperidade material nesta vida seja um sinal de predestinação na próxima — doutrina que, com igual inevitabilidade, agora se degenerou em níveis verdadeiramente paródicos [i]. Mas, como viram de imediato os apologistas católicos, essa doutrina é pastoralmente desastrosa, pois encoraja não só os pecadores, mas também aqueles que deixaram o pecado, a verem suas faltas passadas ou presentes como um sinal de que estão entre os réprobos e, assim, desesperarem de sua própria emenda e salvação. (Um amigo meu, que cresceu no calvinismo e agora é sacerdote católico, exprimiu[-me] assim, certa vez, a atitude que advém [desta ideia]: “Se eu vou para o Inferno de qualquer maneira, posso muito bem aproveitar o voo com champanhe”.)

Contra isso, podemos aduzir, como testemunhas (primeiro significado da palavra grega “mártir”) particularmente notáveis, as vidas e mortes de dois dos Mártires de Gorcum: elas demonstram que a porta da conversão não está fechada para ninguém nesta vida, nem mesmo para o mais empedernido dos pecadores.

Um dos dois premonstratenses, Tiago Lacops, havia renunciado anteriormente tanto a seus votos quanto à fé católica, depois que seus superiores lhe repreenderam a vida irregular e declararam-no contumaz [i.e., reincidente no desprezo para com as leis da Igreja]. Tendo se reconciliado com a Igreja, ele e Santo Adriano de Hilvarenbeek foram capturados em Gorcum ao abrir a porta de seu presbitério para um homem supostamente desejoso de receber os últimos sacramentos. Embora a cidade estivesse ocupada e eles soubessem que aquilo podia ser uma armadilha (como de fato era), eles preferiram não correr o risco de permitir que alguém morresse sem a assistência de um sacerdote; por isso, foram conduzidos à tortura e à morte. É claro: que um filho de São Norberto morresse pela doutrina católica sobre o Santíssimo Sacramento, é especialmente apropriado — já que o santo mesmo fôra um clérigo negligente quando jovem (embora não tanto quanto esse seu filho) [e depois se converteu em um grande propagador do culto eucarístico].

Ainda mais interessante é o caso de um dos padres diocesanos, Santo André Wouters, bem conhecido como mulherengo e pai de mais de um filho ilegítimo: mesmo em desgraça, ele se associou livremente aos outros. Os soldados calvinistas o ridicularizaram devido aos pecados pelos quais ele era tão notório e seguramente esperavam, segundo as conclusões lógicas de sua doutrina, que um padre de má vida apostataria e salvaria a própria pele. [Mas] ele não fez isso, e suas últimas palavras registradas foram: “Fornicador eu sempre fui, mas herege nunca. Vou para a morte junto com os outros”. Como afirma sabiamente o texto sobre eles, escrito na “Vida dos Santos” de Alban Butler [Butler’s Lives of the Saints]: 

Eis uma significativa advertência contra [o ato de] julgar o caráter do nosso próximo, ou [de] pretensamente ler o seu coração: enquanto um sacerdote de vida irrepreensível desertou num momento de fraqueza, dois que haviam sido causa de escândalo entregaram sem hesitar as suas vidas.

Não obstante o desprezo dos calvinistas pelos votos religiosos e pelo celibato sacerdotal, eles não duvidavam, é claro, de que fornicação fosse pecado; por isso, [certamente] viram, na vida pecaminosa de André Wouters, um claro sinal de sua predestinação eterna ao Inferno. Para nós, católicos, o martírio e canonização dele constituem um lembrete: sempre que nos depararmos com uma vida pecaminosa, inclusive a nossa própria, não devemos ver nada mais que um chamado à oração pela conversão — conversão esta que pode acontecer até mesmo nos últimos instantes de [nossa] vida

                              Relicário dos Mártires de Gorcum na Igreja Franciscana de São Nicolau, em Bruxelas (Bélgica).

A seguir, confira o elogio do atual Martirológio a esses mártires, juntamente com seus nomes completos:

Em Brielle, junto ao rio Mosa, na Holanda, a paixão dos santos mártires Nicolau Pieck, presbítero, e dez companheiros* da Ordem dos Frades Menores e oito do clero diocesano ou regular, que, por terem defendido a presença real de Cristo na Eucaristia e a autoridade da Igreja Romana, foram submetidos pelos calvinistas a numerosas torturas e humilhações e, finalmente, suspensos na forca, consumaram o seu combate.

[*] São estes os seus nomes: Jerônimo de Weert, Teodorico van der Eem, Nicásio van Heeze, Vileado da Dinamarca, Godefredo de Melveren Coart, Antônio de Hoornaert, Antônio de Werta e Francisco de Roye, presbíteros da Ordem dos Frades Menores; e ainda Pedro de Assche van der Slagmolen e Cornélio de Wijck Bij Duursteed, religiosos da mesma Ordem; João Lenaerts, cônego regular de Santo Agostinho; João de Colônia, presbítero da Ordem dos Pregadores; Adriano de Hilvarenbeek, Tiago Lacops, presbíteros da Ordem Premonstratense; Leonardo Vechel, Nicolau Poppel, Godefredo van Duynen e André Wouters, presbíteros.

Notas

  1. Aqui o autor faz uma referência, no texto original, a Joel Osteen, um autor americano de best-sellers e pastor protestante da Igreja Lakewood, no Texas. No Brasil, basta pensar em um autor qualquer que propague a tão famigerada “teologia da prosperidade”. (N.T.)
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👆 OLAVO DE CARVALHO

Inversão retórica e realidade invertida: Brasil-Mentira II

(Publicado originalmente no Diário do Comércio, em 15 de Abril de 2009, disponível no site do professor)

Enxergar nos criminosos a sombra da sociedade, portanto a projeção ampliada dos males latentes no próprio coração da maioria honesta, é tendência bem antiga da cultura ocidental. Quando François Villon, o poeta-assassino, vislumbra o seu próprio corpo de enforcado balançando no ar, não como testemunho de seus crimes, mas como um apelo à bondade das gerações futuras, sem lembrar-se de dizer uma palavra sequer em favor de suas vítimas, ele inaugura uma das inversões retóricas mais poderosas da modernidade: a relação de caridade estabelece-se agora como um vínculo direto entre a comunidade e o criminoso, fazendo-se abstração das vítimas. Estas não têm direito à caridade, nem do seu algoz, nem do futuro. Passando por cima dos assassinados, a Deusa História absolve os assassinos.


As Confissões de Jean-Jacques Rousseau, um dos livros mais populares de todos os tempos, consolidam a inversão, quando, da revelação de seus defeitos e pecados, o autor, em vez de inferir que não presta, tira a conclusão de que ninguém é melhor que ele. Pais e mães que sacrificaram vida e saúde por seus filhos são rebaixados ante a vaidade do ambicioso carreirista que preferiu remeter os seus cinco a um orfanato, para ter tempo de brilhar nos salões e ser paparicado por todos aqueles que depois ele acusaria de oprimi-lo. Rousseau gaba-se mesmo de ser o melhor homem da Europa, o mais humano, o mais bondoso, o mais sensível, incompreendido pela multidão de filisteus.


A literatura dos séculos XIX e XX esforçou-se tanto para humanizar a imagem do criminoso, que acabou por desumanizar o restante da espécie humana. A partir dos anos 60 do século XX, a superioridade ontológica dos criminosos sobre a sociedade normal havia se consolidado tão profundamente na imaginação das classes falantes, que foi possível fazer, daquilo que nascera como um mito literário, uma estratégia de ação política e o princípio de uma reforma cultural e moral de dimensões universais. A geração de universitários que hoje ocupa todas as posições de poder e influência no Brasil foi inteiramente formada nessa mentalidade, e já não pode distinguir entre uma figura de linguagem e a realidade da vida social. O que essa figura de linguagem expressa não é de todo irreal. Cada delinqüente, por definição, dá expressão física e manifesta às tendências malignas latentes na alma dos seres humanos em geral, inclusive os melhores deles. Nenhuma vítima de homicídio pode proclamar que o desejo de matar está totalmente ausente no seu coração. A diferença entre ela e o assassino não é de natureza, mas de proporção. É por isso que o assassino pode simbolizar o pecado oculto na alma do assassinado. Basta, porém, uma pequena ênfase retórica para que a diferença de proporções desapareça sob uma impressão contundente de que todos são culpados pelo homicídio, exceto o homicida. As figuras de linguagem servem precisamente para realçar certos aspectos da realidade, que o senso de proporcionalidade da experiência comum encobre. Mas quando o poder sugestivo de uma figura de linguagem começa, retroativamente, a encobrir a experiência comum, ela deixa de ser uma figura de linguagem, passa a ser uma afirmação literal, uma fé e até um dogma. Já não é nem mesmo uma ideologia política. É um valor pessoal, uma crença espontânea: não é que o sujeito “ache” que os criminosos são superiores, ele age como se eles o fossem, porque jamais lhe ocorreu que pudessem ser outra coisa. A ideologia, aí, incorporou-se à psique e já não é reconhecida como tal: é um sentimento pessoal e mesmo um reflexo incoercível. Quando na era Brizola as damas da sociedade começaram a achar lindo namorar com traficantes do morro, já não se podia dizer que faziam isso por ideologia: a ideologia se transformara em compulsão emotiva. Foi isso o que aconteceu na linguagem das classes falantes do Brasil nos últimos quarenta anos. Elas já não acreditam somente que o assassino “pode”, imaginariamente, refletir o mal latente no coração do inocente, mas enxergam realmente, literalmente, os inocentes como culpados. Fazer justiça, no seu entender, é libertar da prisão todos os assassinos, estupradores, seqüestradores e narcotraficantes, colocando em seu lugar aqueles que até ontem personificavam a sociedade “normal”. A busca de pretextos para justificar essa inversão consolida, por sua vez, uma lógica jurídica invertida. Ao mais mínimo sinal de que um cidadão conceituado não tenha uma conduta irrepreensível, santa, impecável, isto surge aos olhos desse novo modelo de justiceiro como a prova cabal de que tinha razão: os bons, se não são perfeitos, são maus; os maus, sendo um reflexo da maldade deles, são bons no fundo. Daí a inversão da pena: para os crimes de morte, mesmo em série, mesmo cometidos por motivos torpes, brandura e leniência. Para os delitos financeiros e administrativos das pessoas famosas, vingança implacável – exceto, é claro, se essas pessoas famosas forem por sua vez adeptas da nova justiça: aí seus crimes se tornam sacrifícios meritórios pelo bem da sociedade futura.


Até um certo ponto, a inversão retórica é tolerável. Ela serve como um atenuante relativista da confiança que toda sociedade tem na sua própria bondade. Quando, porém, o atenuante da norma se transforma ele próprio em norma, é evidente que todo o senso das proporções se perdeu por completo, sendo substituído pela proclamação despótica da inocência dos culpados e da culpabilidade de todos os demais (exceto, naturalmente, o próprio autor da inversão e seus similares). Que isso se faça em nome da “justiça” é claramente uma ironia macabra, de vez que a justiça humana, não podendo jamais alcançar a perfeição absoluta do seu modelo divino (real ou imaginário), consiste precisamente, e exclusivamente, no senso das proporções. Suum cuique tribuere, “atribuir a cada um o que lhe cabe”, é a definição mesma da justiça. Daí deriva o princípio essencial do Direito moderno, que é a proporcionalidade dos delitos e das penas. Um código penal – qualquer código penal – não é outra coisa se não um sistema de proporcionalidades. Quando esta noção desaparece do horizonte de consciência não só dos fazedores de justiça, mas também daqueles que lhes dão suporte cultural na mídia e no sistema educacional, toda possibilidade de discussão racional da gravidade relativa dos crimes, e portanto das penas que lhes competem, está eliminada do panorama social. Em lugar dela, entra a vontade arbitrária dos novos agentes, inteiramente fundada no ódio e na inveja, disposta a aplicar, conforme suas conveniências grupais, a uns os rigores de um purismo inflexível, a outros os mais confortáveis atenuantes do relativismo cultural.

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👆OPINIÃO DO AUTOR

Ignorância culposa
(por Ricardo Pagliaro Thomaz)
10 de Julho de 2023




Breve comentário inspirado em uma charge de Giorgio Cappelli e Du Oliveira, e outros acontecimentos.

Certa feita, no ano de 2021, eu estava assistindo atento a uma aula do COF quando resolvi tirar uma dúvida com o professor Olavo: se existia alguma relação entre ignorância culposa e burrice criminosa. A resposta dele, em suas palavras, foi bem simples: "uma é consequência da outra".

A razão da minha pergunta foi porque eu sempre notava que apesar de certas pessoas receberem avisos, instrução sobre as coisas, a situação sempre permanecia a mesma coisa.

(True Oustrips - Julho/2023)


Semana passada, em uma aula do curso permanente "Studiositas", Padre Paulo Ricardo aprofundou este tema sob o aspecto da razão segundo Immanuel Kant. Pra quem não sabe, Kant foi um sem-vergonha que relativizou o conceito de razão e das coisas concretas para uma abordagem mais materialista e subjetivista. Digo sem-vergonha porque se ele quisesse ser minimamente honesto, teria visto e assimilado o erro dentro de suas premissas desde o começo e a gente estaria bem melhor como sociedade. Kant, assim como Voltaire e outros moderninhos pertenceu ao grupo desses "iluminados" que estragaram o mundo. A parte boa é que pessoas como Olavo e o Padre Paulo estão, ou estiveram aqui para nos alertar; a parte ruim é que o mundo já foi pras cucuias e a gente tem que ficar lendo as ideias malucas desses moleques moderninhos para poder entender e alertar mais pessoas do mal que eles e suas ideias malucas representam.

Bem, é aí que entra o que eu perguntei para o professor Olavo em 2021: a ignorância culposa é quando eu tenho os meios para poder vencer uma situação de ignorância mas por questões de orgulho ou malícia eu resolvo ficar indiferente a tudo para não arranjar problemas, ou seja, uma coisa que eu poderia vencer com algum esforço permanece sem ser vencida e eu passo a ser CULPADO da minha própria ignorância. Assim, minha burrice se torna CRIMINOSA, porque eu poderia lá atrás ter vencido a minha ignorância, mas eu resolvi levar em banho-maria, prejudicando assim várias pessoas que eu poderia ter alertado.

Entra a questão do Foro de São Paulo, por exemplo. Você tem meios e mais meios de verificar que nos anos 90, Olavo já alertava sobre a organização secreta, mas a mídia criminosa fez silêncio a tudo; e eles sabiam. Olavo então, em uma cruzada solitária, continuou, como São João Batista, bradando em meio ao deserto, sem ser ouvido. Se há uma coisa que o professor Olavo não pode ser acusado é de se eximir da obrigação de alertar sobre a coisa. E se há uma culpa que TODA CLASSE MIDIÁTICA não pode se inocentar é de ter ciência de que o Foro de SP existe, sempre existiu desde os anos 90 e nunca ter dito uma mísera palavra a respeito. Dessa forma, muitos ditos "jornalistas" se eximiram da preocupação de ir atrás para entender a coisa de forma a não ficarem com o "filme queimado" em relação a seus pares.

Recentemente, o papa Bergoglio elevou à condição de cardeais muitos prelados que são completamente contrários à doutrina de sempre da Igreja Católica. Ele, por si só não pode mais alegar ignorância de que não sabia dessas coisas. Tanto sabia, que tem fontes de dentro do Vaticano que afirmam peremptoriamente que Bergoglio faz as porcarias que faz de caso pensado, ele SABE O QUE ESTÁ FAZENDO muito bem. Ou seja, não combate o erro. Pelo contrário, valida-o. Ora, Cristo deixou bem claro: aquele que não está com Ele, está contra Ele. Cristo foi além: disse que para essas pessoas que desviam as ovelhas da pastagem segura, seria melhor que NUNCA TIVESSEM EXISTIDO. Como Católico, eu rezo pelo papa: pela sua CONVERSÃO, antes que seja tarde. Mas isso é outro assunto. Moral da coisa: Bergoglio jamais poderá alegar ignorância sobre as coisas que valida. Por IGNORAR o mal que está diante dele, sua postura é DIGNA DE CULPA, e sua burrice ao validar tais coisas é CRIMINOSA. Não preciso dizer pra onde isso leva.

Vou apenas terminar o meu comentário da seguinte forma: não seja você também vítima da sua própria ignorância. A ignorância invencível não é de natureza culposa, pois não há meios de vencê-la. A ignorância vencível sim. E como o professor Olavo me disse, ela tem como consequência a burrice criminosa que te leva a um caminho aonde você não quer ir. Pense sempre nisso e faça alguma coisa para não ter que trilhar esse caminho terrível.

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👆 HUMOR

Só antes de começarmos, um aviso: HOJE TEM NOVIDADES DE NOSSO GRANDE GIORGIO CAPPELLI! Estreia hoje a série de tiras ALEA TORIUM EST. Permaneçam em seus lugares e não tirem o cinto de segurança! Agora sim...
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E nas True Outstrips de hoje:

- Olavo reflete sobre o cinema nacional à luz da gnose... e no Brasil, isso é o que não falta!;

- Depois tem o Johnny Knoxville reclamando com o mestre e o nosso grande 'fessor quebra a quarta parede do coitado! Na cara não, Olavão! Hehehe!;

- Aí o mestre redpilla todo mundo sobre os cargos públicos no Brasir...;

- E tem até Vingadores, versão diploma de COF! Hehehe!;

- Aí um desiludido quebra a cara de ver o tamanho da abstração da picanha!...;

- E como foi avisado: OLAVO AVISOU, seus bando de pau no $@*$#@!!!;

- Por fim: um erro leva a uma pequena transferência... aaah, eu daria tudo hoje por um erro desses! São bem melhores do que as estratégias da direita! 
 

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- Ah, e quem puder, colabore com as True Outstrips! É você que as mantém funcionando sem dinheiro de Rouanet, Secom, e cia limitada!
https://campanhadobem.com.br/campanhas/true-outstrips-nao-pode-parar









(10/07/2023)

Hoje, na estreia da série nova, assuntos aleatórios, mas nada descontextualizados! E você leva de brinde aquela gracinha marota e bem aleatória pra cima de alguém...

- Na primeira, o sujeito não consegue parar de sorrir!;

- Já na segunda, imagina a turma da baixinha, dentuça e gorducha começando HOJE! Tá, não imagine, mas o Giorgio tem a resposta na ponta da língua!;

- Por fim, barangas, machões e homens de geléia... ou de mentirinha... heheheheh!




(10/07/2023)

E como sempre... 

Se nada acontecer comigo, a gente se vê de novo em 15 dias!
E não se esqueçam! VEM AÍ...


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LEITURAS RECOMENDADAS

Hoje vou recomendar um quadrinho e uma leitura curta, mas que achei divertida e importante, seguindo a atmosfera de Julho, mas sem perder o tom da formação do imaginário, tão importante. O quadrinho se trata do ótimo A Cruz e o Aço, do escritor Jon Del Arroz e desenhista Jesse White. É uma história de um cavaleiro cruzado em busca de redenção e sem temor em se sacrificar por uma causa maior do que ele. Vale a pena ler! O escritor e quadrinista Luciano Cunha (Destro, Doutrinador) fez todo um cuidadoso trabalho de tradução com a HQ para trazê-la até nós.
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E o livro de hoje é um da coleção O Mínimo, trazendo aqui o nosso amigo Rasta lá da Brasil Paralelo, em O Mínimo Sobre Bigodagem. É um termo (bigodagem) cunhado por ele mesmo para representar o que em inglês se chama de accountability. Ele vai te explicar melhor. Leia, é uma leitura curtíssima, diverte um pouco e vale a pena. No final do livro ele te deixa uma pergunta, mas não vou explicar aqui porque senão darei spoiler demais. E pense em comprar outros livros da coleção, porque vale muito a pena!

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